terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O mistério oferecido em Maria

A liturgia da Igreja é muita rica em apresentar, ao longo do ano, festas e solenidades que nos ajudam a entrar sempre mais e mais no mistério de Deus que é amor e habita entre nós. E é justamente este mistério que somos convidados a vivenciar ao celebrar a solenidade da “Mãe de Deus”.

Os Pais e Mães da Igreja (século III até o inicio da Idade Média), pessoas estudiosas, de testemunho de vida e de profunda oração, foram atentos e sensíveis ao mistério de Cristo, desejosos de adentrar e viver sempre mais este mistério, que é um chamado de Deus a uma relação sempre mais profunda com Ele. Esta atenção ao mistério levou-os a compreender melhor a própria fé professada em Jesus Cristo, acolhendo Maria, a Mãe do Senhor (Lucas 1,43), como Mãe de Deus (Éfeso 431), contemplando-a como ícone do Mistério. Ou seja, nela contemplaram o mistério de Deus ser verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem.

É no ventre, na carne de Maria que Jesus recebe a sua humanidade. É nesta carne que Ele entra no tempo e na história, assumindo e participando da natureza e condição humana, sendo verdadeiramente um homem nascido de uma mulher (Gl 4,4). Por isso, a experiência bíblica nos apresenta Maria como a Mãe do Senhor. (Lucas 1, 47), isto é, como uma mulher que traz em si traços de uma maternidade de nível físico, psicológico e espiritual, como ternura, cuidado, atenção e solicitude (Mt 2,11; Mt 1,18-25; Lc 2,7.12.16; Lc 2,52 e 41-50; Mc 3,20-21 e 31-35) vivida profundamente com o seu filho.

Jesus que é Filho de Maria é também Filho de Deus porque foi gerado desde toda a eternidade no seio do Pai. (Jo 13, 3). A Tradição da Igreja nos transmitiu essa fé pela oração do credo: “[...] Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E, por nós, homens, e para a nossa salvação, desceu dos céus: e encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. [...]. Segundo Bruno Forte “Maria é Mãe de Deus enquanto seu Filho foi gerado desde a eternidade no seio do Pai e, por livre e gratuita escolha de amor salvífico, é gerado no tempo pelo seio virginal na plena humanidade assumida por ele (FORTE, 1991, p. 187). Assim, a partir da experiência bíblica, a Tradição nos apresenta Maria como a Mãe de Deus.

A relação do encontro entre Deus e o homem, que é relação de amor, tecida em Maria, nos aproxima do mistério de Jesus Cristo - verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem -, nos fazendo crer e sentir com a inteligência e com o coração sua Presença divina em nós.

Celebrar a solenidade da “Mãe de Deus” é acolher e gerar em nós a Palavra de Deus expressando a nossa maternidade para e com os outros.
Em Maria nos é oferecido um mistério para viver e contemplar: Jesus que é Filho de Deus é também Filho de Maria, gente como nós! Que Maria nos ajude a acolher e a gerar com amor, criatividade e responsabilidade a Palavra da Vida: Jesus!

Rosana de Jesus Coelho
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe


Fontes:
 

- Bíblia de Jerusalém, 2002.
- FORTE, Bruno. Maria, a mulher ícone do mistério: ensaio de mariologia simbólica-narrativa. Trad. Benôni Lemos. São Paulo: Paulinas, 1991 (Coleção Teologia sistemática).
- MARITANO M. Alcune linee portanti della mariologia patristica. Tkeotokos-Ricerche interdisciplinari di Mariologia. Roma, VXI, n.1, p. 3-19, 2008.
- http://www.ecclesia.com.br/biblioteca/fe_crista_ortodoxa/ o_credo_niceno_constantinopolitano.html
-
http://vidapastoral.com.br/a-igreja-no-periodo-patristico.html

O Natal do Senhor é o Natal da paz

O estado de infância, que o Filho de Deus assumiu sem considerá-la indigna de sua grandeza, foi-se desenvolvendo com a idade até chegar ao estado de homem perfeito e, tendo-se consumado o triunfo de sua paixão e ressurreição, todas as ações próprias do seu estado de aniquilamento que aceitou por nós tiveram o seu fim e pertencem ao passado. Contudo, a festa de hoje renova para nós os primeiros instantes da vida sagrada de Jesus, nascido da Virgem Maria. E enquanto adoramos o nascimento de nosso Salvador, celebramos também o nosso nascimento.

Efetivamente, a geração de Cristo é a origem do povo cristão; o Natal da Cabeça é também o natal do Corpo.

Embora cada um tenha sido chamado num momento determinado para fazer parte do povo do Senhor, e todos os filhos da Igreja sejam diversos na sucessão dos tempos, a totalidade dos fiéis, saída da fonte batismal, crucificada com Cristo na sua Paixão, ressuscitada na sua Ressurreição e colocada à direita do Pai na sua Ascensão, também nasceu com ele neste Natal.

Todo homem que, em qualquer parte do mundo, acredita e é regenerado em Cristo, liberta-se do vínculo do pecado original e, renascendo, torna-se um homem novo. Já não pertence à descendência de seu pai segundo a carne, mas à linhagem do Salvador, que se fez Filho do homem para que nós pudéssemos ser filhos de Deus.

Se ele não tivesse descido até nós na humildade da natureza humana, ninguém poderia, por seus próprios méritos, chegar até ele.

Por isso, a grandeza desse dom exige de nós uma reverência digna de seu valor. Pois, como nos ensina o santo Apóstolo, nós não recebemos o espírito do mundo, mas recebemos o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos os dons da graça que Deus nos concedeu (1Cor 2,12). O único modo de honrar dignamente o Senhor é oferecer-lhe o que ele mesmo nos deu.

Ora, no tesouro das liberalidades de Deus, que podemos encontrar de mais próprio para celebrar esta festa do que a paz, que o canto dos anjos anunciou em primeiro lugar no nascimento do Senhor?

É a paz que gera os filhos de Deus e alimenta o amor; ela é a mãe da unidade, o repouso dos bem-aventurados e a morada da eternidade; sua função própria e seu benefício especial é unir a Deus os que ela separa do mundo.

Assim, aqueles que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus mesmo (Jo 1,13), ofereçam ao Pai a concórdia dos filhos que amam a paz, e todos os membros da família adotiva de Deus se encontrem naquele que é o Primogênito da nova criação, que não veio para fazer a sua vontade, mas a vontade daquele que o enviou. Pois a graça do Pai não adotou como herdeiros pessoas que vivem separadas pela discórdia ou oposição, mas unidas nos mesmos sentimentos e no mesmo amor. É preciso que tenham um coração unânime os que foram recriados segundo a mesma imagem.

O Natal do Senhor é o natal da paz. Como diz o Apóstolo, Cristo é a nossa paz, ele que de dois povos fez um só (cf. Ef 2,14); judeus ou gentios, em um só Espírito, temos acesso junto ao Pai (Ef 2,18).

Dos Sermões de São Leão Magno, papa
(Séc. V)

Fonte: Liturgia das horas

sábado, 28 de dezembro de 2013

As lições de Nazaré

Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho.

Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde e tão bela, do Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo.

Aqui se aprende o método que nos permitirá compreender quem é o Cristo. Aqui se descobre a necessidade de observar o quadro de sua permanência entre nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo de que Jesus se serviu para revelar-se ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem um sentido.

Aqui, nesta escola, compreende-se a necessidade de uma disciplina espiritual para quem quer seguir o ensinamento do Evangelho e ser discípulo do Cristo.

Ó como gostaríamos de voltar à infância e seguir essa humilde e sublime escola de Nazaré! Como gostaríamos, junto a Maria, de recomeçar a adquirir a verdadeira ciência e a elevada sabedoria das verdades divinas.

Mas estamos apenas de passagem. Temos de abandonar este desejo de continuar aqui o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. Não partiremos, porém, antes de colher às pressas e quase furtivamente algumas breves lições de Nazaré.

Primeiro, uma lição de silêncio. Que renasça em nós a estima pelo silêncio, essa admirável e indispensável condição do espírito; em nós, assediados por tantos clamores, ruídos e gritos em nossa vida moderna barulhenta e hipersensibilizada. O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor das preparações, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê no segredo.

Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é sua função primária no plano social.

Uma lição de trabalho. Ó Nazaré, ó casa do “filho do carpinteiro”! É aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei, severa e redentora, do trabalho humano; aqui, restabelecer a consciência da nobreza do trabalho; aqui, lembrar que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim. Finalmente, como gostaríamos de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor.

Papa Paulo VI
Séc. XX

Fonte: Liturgia das horas

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Ainda não falam e já proclamam Cristo

Nasceu um pequenino que é o grande Rei. Os magos chegam de longe e vêm adorar, ainda deitado no presépio, aquele que reina no céu e na terra. Ao anunciarem os magos o nascimento de um Rei, Herodes se perturba e, para não perder o seu reino, quer matar o recém-nascido. No entanto, se tivesse acreditado nele, poderia reinar com segurança nesta terra e para sempre na outra vida.

Por que temes, Herodes, ao ouvir que nasceu um Rei? Ele não veio para te destronar, mas para vencer o demônio. Como não compreendes isso, tu te perturbas e te enfureces; e, para que não escape o único menino que procuras, tens a crueldade de matar tantos outros.

Nem as lágrimas das mães nem o lamento dos pais pela morte de seus filhos, nem os gritos e gemidos das crianças te comovem. Matas o corpo das crianças porque o medo matou o teu coração; e julgas que, se conseguires teu propósito, poderás viver muito tempo, quando precisamente é a própria Vida que queres matar.

Aquele que é a fonte da graça, pequenino e grande ao mesmo tempo, reclinado num presépio, apavora o teu trono. Por meio de ti, e sem que saibas, realiza os seus desígnios e liberta as almas do cativeiro do demônio. Recebe como filhos adotivos os filhos dos que eram seus inimigos.

Essas crianças morrem pelo Cristo, sem saberem, enquanto seus pais choram os mártires que morrem. Cristo faz suas legítimas testemunhas aqueles que ainda não falam. Eis como reina aquele que veio para reinar. Eis como já começa a conceder a liberdade aquele que veio para libertar, e a dar a salvação aquele que veio para salvar.

Tu, porém, Herodes, ignorando tudo isto, te perturbas e te enfureces; e enquanto te enfureces contra o Menino, já lhe prestas homenagem, sem o saberes. Ó imenso dom da graça! Que méritos tinham aquelas crianças para obterem tal vitória? Ainda não falam e já proclamam o Cristo. Não podem ainda mover os membros para a luta e já ostentam a palma da vitória.

Dos Sermões de São Quodvultdeus, bispo
(Séc. V)


Fonte: Liturgia das horas

O primeiro presépio e a primeira missa de natal

Enquanto a noite da véspera do Natal baixa sobre aldeias e cidades e a primeira estrela começa a brilhar no céu, em quase todas as casas polonesas junto à árvore de Natal aparece também o presépio. Um pequeno grupo de meninos vestidos de pastores vai de casa em casa para representar a cena do nascimento, ou leva um presépio em miniatura e canta canções natalinas. Por volta de meia-noite, ao pálido clarão da lua, de todas as partes grupos de pessoas vão para a igreja: fazendo ranger a neve gelada sob os sapatos, dirigem-se à missa de meia-noite. E, na igreja, a santa missa celebra-se diante do presépio.

De onde vêm estes costumes?

Tanto o presépio como a missa de meia-noite remontam ao século XIII; seu iniciador foi São Francisco de Assis.

O dia de Natal era sempre para ele um dia de particular alegria. “Se conhecesse o Imperador – dizia frequentemente – rogar-lhe-ia que desse ordem para espalhar, naquele dia, trigo para todos os pássaros, especialmente para as andorinhas, e que ordenasse a todos os que têm animais nos estábulos que dessem a seus animais, em memória do nascimento de Cristo numa manjedoura, um alimento mais abundante. Desejaria também que naquele dia solene todos os ricos deste mundo acolhessem os pobres em sua mesa! (Celano, Vida segunda, 151; Speculum Perfectionis, 124).

Em Greccio, um amigo do Santo, João Velita, havia lhe oferecido como habitação um terreno alto recoberto de bosques. Enquanto São Francisco morava ali, por ocasião do Natal de 1223, chamou seu amigo e lhe disse: “Olhe, queria celebrar contigo o dia de Natal. Ocorreu-me esta ideia: no bosque, próximo a nossa ermida, encontrarás uma gruta: ali disporás uma manjedoura com feno e também um boi e um burro, tal como em Belém. Oxalá ao menos uma vez pudesse ver com meus olhos como o Divino Menino descansou no estábulo, como o Senhor se submeteu ao desprezo e à extrema pobreza por nosso amor!”.

João Velita acedeu com gosto a esse desejo, e S. Francisco, tendo já obtido a autorização da Santa Sé, erigiu um altar com a ajuda dos irmãos e convidou o povo dos arredores. Por volta de meia-noite, chegaram numerosos grupos de pessoas com tochas na mão, enquanto os frades rodeavam a gruta com velas acesas.
Iniciada a santa missa, “quando chegou o momento do canto do evangelho – conta uma testemunha, Tomás de Celano (Vida Primeira, 80) – Francisco se apresentou vestido de diácono. Com profundos suspiros, penetrado pelo ardor da devoção e radiante de alegria interior, o Santo se colocou diante do presépio e sua voz se elevou por cima da multidão para ensinar onde se deve buscar o sumo bem. Falou com inefável doçura do Menino Jesus, do Grande Rei que se dignou assumir a forma humana, do Cristo nascido na cidade de David. E a cada instante, quando pronunciava o nome de Jesus, a chama interior de seu coração punha em seus lábios as palavras: “O Menino de Belém”; e esta expressão adquiria em seus lábios uma fascinação extraordinária. Estava frente ao povo como ‘o Cordeiro de Deus’ em toda a santidade de seu sacrifício.

Terminado o rito, todos se foram com o coração cheio de gozo celestial”.

Foi esta a primeira missa de meia-noite frente ao primeiro “presépio de Belém”. Os filhos de São Francisco, imitando seu Pai Seráfico, difundiram por toda a terra este alegre modo de venerar ao Menino Jesus.

São Maximilinao Kolbe
Rycerz Niepokalanej, XII-1922, ps. 233-234

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Mensagem Urbi et Orbi do Papa Francisco

«Glória a Deus nas alturas
e paz na terra aos homens do seu agrado» (Lc 2, 14).

Queridos irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, bom dia e feliz Natal!

Faço meu o cântico dos anjos que apareceram aos pastores de Belém, na noite em que nasceu Jesus. Um cântico que une céu e terra, dirigindo ao céu o louvor e a glória e, à terra dos homens, votos de paz.

Convido todos a unirem-se a este cântico: este cântico é para todo o homem e mulher que vela na noite, que tem esperança num mundo melhor, que cuida dos outros procurando humildemente cumprir o seu dever.

Glória a Deus.

A primeira coisa que o Natal nos chama a fazer é isto: dar glória a Deus, porque Ele é bom, é fiel, é misericordioso. Neste dia, desejo a todos que possam reconhecer o verdadeiro rosto de Deus, o Pai que nos deu Jesus. Desejo a todos que possam sentir que Deus está perto, possam estar na sua presença, amá-Lo, adorá-Lo.

Possa cada um de nós dar glória a Deus sobretudo com a vida, com uma vida gasta por amor d’Ele e dos irmãos.

Paz aos homens.

A verdadeira paz – como sabemos – não é um equilíbrio entre forças contrárias; não é uma bela «fachada», por trás da qual há contrastes e divisões. A paz é um compromisso de todos os dias, mas a paz é artesanal, realiza-se a partir do dom de Deus, da graça que Ele nos deu em Jesus Cristo.

Vendo o Menino no presépio, Menino de paz, pensamos nas crianças que são as vítimas mais frágeis das guerras, mas pensamos também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes... As guerras dilaceram e ferem tantas vidas!

Muitas dilacerou, nos últimos tempos, o conflito na Síria, fomentando ódio e vingança. Continuemos a pedir ao Senhor que poupe novos sofrimentos ao amado povo sírio, e as partes em conflito ponham fim a toda a violência e assegurem o acesso à ajuda humanitária. Vimos como é poderosa a oração! E fico contente sabendo que hoje também se unem a esta nossa súplica pela paz na Síria crentes de diversas confissões religiosas. Nunca percamos a coragem da oração! A coragem de dizer: Senhor, dai a vossa paz à Síria e ao mundo inteiro. E convido também os não crentes a desejarem a paz, com o seu anelo, aquele anelo que alarga o coração: todos unidos, ou com a oração ou com o desejo. Mas todos, pela paz.

Ó Deus Menino, dai paz à República Centro-Africana, frequentemente esquecida dos homens. Mas Vós, Senhor, não esqueceis ninguém e quereis levar a paz também àquela terra, dilacerada por uma espiral de violência e miséria, onde muitas pessoas estão sem casa, sem água nem comida, sem o mínimo para viver. Favorecei a concórdia no Sudão do Sul, onde as tensões actuais já provocaram demasiadas vítimas e ameaçam a convivência pacífica naquele jovem Estado.

Vós, ó Príncipe da Paz, convertei por todo o lado o coração dos violentos, para que deponham as armas e se empreenda o caminho do diálogo. Olhai a Nigéria, dilacerada por contínuos ataques que não poupam inocentes nem indefesos. Abençoai a Terra que escolhestes para vir ao mundo e fazei chegar a um desfecho feliz as negociações de paz entre Israelitas e Palestinianos. Curai as chagas do amado Iraque, ferido ainda frequentemente por atentados.

Vós, Senhor da vida, protegei todos aqueles que são perseguidos por causa do vosso nome. Dai esperança e conforto aos deslocados e refugiados, especialmente no Corno de África e no leste da República Democrática do Congo. Fazei que os emigrantes em busca duma vida digna encontrem acolhimento e ajuda. Que nunca mais aconteçam tragédias como aquelas a que assistimos este ano, com numerosos mortos em Lampedusa.

Ó Menino de Belém, tocai o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que se dêem conta da gravidade deste crime contra a humanidade. Voltai o vosso olhar para as inúmeras crianças que são raptadas, feridas e mortas nos conflitos armados e para quantas são transformadas em soldados, privadas da sua infância.

Senhor do céu e da terra, olhai para este nosso planeta, que a ganância e a ambição dos homens exploram muitas vezes indiscriminadamente. Assisti e protegei quantos são vítimas de calamidades naturais, especialmente o querido povo filipino, gravemente atingido pelo recente tufão.

Queridos irmãos e irmãs, hoje, neste mundo, nesta humanidade, nasceu o Salvador, que é Cristo Senhor. Detenhamo-nos diante do Menino de Belém. Deixemos que o nosso coração se comova: não tenhamos medo disso. Não tenhamos medo que o nosso coração se comova! Precisamos que o nosso coração se comova. Deixemo-lo abrasar-se pela ternura de Deus; precisamos das suas carícias. As carícias de Deus não fazem feridas: as carícias de Deus dão-nos paz e força. Precisamos das suas carícias. Deus é grande no amor; a Ele, o louvor e a glória pelos séculos! Deus é paz: peçamos-Lhe que nos ajude a construí-la cada dia na nossa vida, nas nossas famílias, nas nossas cidades e nações, no mundo inteiro. Deixemo-nos comover pela bondade de Deus.

Votos de um Natal feliz no termo da Mensagem Urbi et Orbi do Santo Padre

A vós, queridos irmãos e irmãs, vindos de todo o mundo e reunidos nesta Praça, e a quantos estão em ligação connosco nos diversos países através dos meios de comunicação, dirijo os meus votos de um Natal Feliz!


Neste dia, iluminado pela esperança evangélica que provém da gruta humilde de Belém, invoco os dons natalícios da alegria e da paz para todos: para as crianças e os idosos, para os jovens e as famílias, para os pobres e os marginalizados. Nascido para nós, Jesus conforte quantos suportam a prova da doença e da tribulação; sustente aqueles que se dedicam ao serviço dos irmãos mais necessitados. Feliz Natal para todos!

(Papa Francisco - Natal 2013)

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Família em festa!

Os Voluntários da Imaculada-Padre Kolbe “estariam ao lado das Missionárias, vivendo a contemplação-ação, sob a guia da Mãe da Igreja, a exemplo de São Maximiliano Kolbe, participando plenamente do carisma mariano-missionário do Instituto”.

Com estas palavras, Padre Luigi Faccenda expressava o seu sonho para os Voluntários da Imaculada-Padre Kolbe e resumia, de forma muito singela, o compromisso que cada um de nós assumiu no dia 30 de novembro, no Rito de Agregação ao Instituto das Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe.

Iniciamos o período de formação, como Aspirantes, em 2011. Acompanhados pela missionária Lourdes, tivemos a oportunidade de entender o nosso papel como leigos na Igreja, aprofundar o conhecimento sobre Maria Santíssima, conhecer a vida e a espiritualidade de Padre Kolbe e conviver com as missionárias e voluntários do Instituto.

Estes foram, sem dúvida, momentos de muito crescimento! Momentos de reflexão, de dúvida, de ansiedade, de desejo, de certeza, de serenidade e de alegria. Uma caminhada intensa que culminou com uma decisão: fazer parte da grande família mariana e missionária do Instituto!

E com a certeza desse “Sim”, fomos ao Rito de Agregação!

O Rito de Agregação é bastante simples, convida-nos a expressar publicamente o nosso compromisso, oficializa a nossa pertença ao Instituto e é finalizado com um gesto concreto muito bonito e significativo: a entrega do crucifixo e do Estatuto dos Voluntários.

Toca o coração perceber como momentos tão importantes e significativos podem ser cheios de simplicidade. É na simplicidade que está a essência e, naquele momento, com a liberdade de família, vivemos um momento muito singelo e representativo.

Agora, é seguir a caminhada ao lado desta nova família, com a proteção de Maria e com a intercessão de São Maximiliano Kolbe!

Que Deus nos ajude!

Fernanda Sakamoto
Voluntária da Imaculada-Padre Kolbe

Nono dia da novena de natal: da escuta... à missão

G: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

CANTO

L:  Hoje descobrimos que a esperança és Tu, Senhor! És tu que iluminas as nossas escuridões, e nos dás a força para esperar sempre! Acendamos a "vela da missão", para lembrarmo-nos do nosso compromisso e para ser no mundo testemunhas daquela luz de novidade que Cristo acende no coração daquele que o acolhe. (se acende a vela)

G: Tu, filho de Davi.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, cumprimento das promessas de Deus.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, Filho de Deus, feito homem para a nossa salvação.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!

ORAÇÃO (todos):
Esperamos por Ti, Senhor Jesus! Esperamos pacientemente por tua chegada, por tua luz, por tua mensagem, por teu amor! Ajuda-nos a preparar o nosso coração para ti, e a reconhecer as luzes que chegam nos nossos cantos escuros. Senhor Jesus, queremos recebê-lo em nossos dias e com a tua ajuda seremos também nós os teus mensageiros para que aqueles que estão ao nosso redor possam reconhecer que tu és o broto de Deus que traz a esperança ao mundo. Amém.

ENTRE TANTAS PALAVRAS … A PALAVRA

Do Evangelho segundo Lucas (1, 39-45)
Naqueles dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!".

REFLEXÃO
Depois de ter escutado a Palavra que Deus havia revelado a Ela, Maria se coloca rapidamente em viagem, e permanece com a prima Isabel. Este trecho do Evangelho de Lucas nos leva à imagem da missão: Maria se torna missionária do anúncio que recebeu, e cuida da prima que está para dar à luz. Também nós somos chamados a colocarmo-nos em viagem depois de ter vivido estes dias de oração e de encontro com o Senhor. Somos convidados a visitar exatamente aqueles que não esperam, aqueles que estão tristes, aqueles que estão doentes. Somos convidados a anunciar a estas pessoas que Jesus é realmente a esperança de todos os homens! Que realmente ele pode dar sentido a nossa vida.

Breve silêncio

PAI NOSSO

ORAÇÃO CONCLUSIVA

G: Ó Deus de infinita bondade, que faz surgir o sol sobre os justos e injustos, enviando-nos o teu Filho nos faz saborear o teu amor infinito e ilimitado: concede-nos atingir à tua graça para que também em nós possa crescer e amadurecer frutos de santidade e de vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
T:  Amém.

Equipe de liturgia
Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe

FELIZ NATAL!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Oitavo dia da novena de natal: do medo... a coragem

G: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

CANTO 

L: Com  a esperança, queremos iluminar os nossos medos e acender a “vela da coragem”. Que o Senhor Jesus nos ajude a ter a coragem de confiar na sua Palavra, na obediência à sua vontade. (se acende a vela)

G: Tu, Emanuel, Deus-conosco, Senhor e irmão nosso.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, enviado pelo Pai para salvar todos os homens.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, que preparastes para nós uma morada no Reino dos céus.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!

ORAÇÃO (todos):
Esperamos por Ti, Senhor Jesus! Esperamos pacientemente por tua chegada, por tua luz, por tua mensagem, por teu amor! Ajuda-nos a preparar o nosso coração para ti, e a reconhecer as luzes que chegam nos nossos cantos escuros. Senhor Jesus, queremos recebê-lo em nossos dias e com a tua ajuda seremos também nós os teus mensageiros para que aqueles que estão ao nosso redor possam reconhecer que tu és o broto de Deus que traz a esperança ao mundo. Amém.

ENTRE TANTAS PALAVRAS … A PALAVRA

Do Evangelho segundo Lucas (1, 26-38)
No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo. Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação. O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem? Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela.

REFLEXÃO
Certamente Maria teve um pouco de medo ao ouvir do anjo que Deus a chamava para se tornar a Mãe do Filho de Deus. Realmente parecia algo muito maior do que ela. No entanto, depois de uma perturbação inicial, intuiu que Deus a estava chamando para algo grande, lindo, e depois do medo trilhou corajosamente pela estrada daquele "Sim, faça-se em mim segundo a tua palavra”. Também nós, em alguns momentos, temos medo de realizar aquilo que nos pede o Senhor.  Ficamos perdidos, não entendemos que realmente, com os nossos pequenos "sim" cotidianos, Deus pode demonstrar ao mundo o seu amor por todos os homens.

Breve silêncio

PAI NOSSO

ORAÇÃO CONCLUSIVA
G: Ó Pai, que nos dá a alegria para celebrar o Natal que está quase chegando, dai-nos a mesma coragem que teve Maria ao dizer o seu "sim", para que, vencendo as dificuldades cotidianas, possamos também nós oferecer-te com amor a nossa vida, na obediência da tua vontade. Por Cristo, nosso Senhor.
T:  Amém.

Equipe de liturgia
Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe

domingo, 22 de dezembro de 2013

Sétimo dia da novena de natal: da prisão... à liberdade

G: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

CANTO 

L: Com a esperança, queremos iluminar muitas situações de prisão e acender a "vela da liberdade". Ajuda-nos, Senhor Jesus, a quebrar as correntes que muitas vezes não nos deixam ser livres para te acolher em nossos irmãos.
(se acende a vela)

G: Tu, Rei dos povos que nos liberta do pecado e da morte.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, filho primogênito de uma multidão de irmãos.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, domingo sem fim.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!

ORAÇÃO (todos):
Esperamos por Ti, Senhor Jesus! Esperamos pacientemente por tua chegada, por tua luz, por tua mensagem, por teu amor! Ajuda-nos a preparar o nosso coração para ti, e a reconhecer as luzes que chegam nos nossos cantos escuros. Senhor Jesus, queremos recebê-lo em nossos dias e com a tua ajuda seremos também nós os teus mensageiros para que aqueles que estão ao nosso redor possam reconhecer que tu és o broto de Deus que traz a esperança ao mundo. Amém.

ENTRE TANTAS PALAVRAS … A PALAVRA

Dos Atos dos Apóstolos  (12, 5-9)
Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele. Herodes estava para apresentá-lo. Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes; e os guardas vigiavam a porta da prisão. Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes caíram-lhe das mãos. O anjo continuou: “Coloca o cinto e calça tuas sandálias!” Pedro obedeceu e o anjo lhe disse: “Põe tua capa e vem comigo!” Pedro acompanhou-o, e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão.

REFLEXÃO
Para levar a esperança no mundo, devemos ser livres de nossos laços. Muitas vezes presos por correntes que não nos fazem esperar, que não nos fazem olhar para a frente. Somente a liberdade nos faz ser capaz de esperar em um Deus que liberta, que nos orienta, que nos cura.

Breve silêncio

PAI NOSSO

ORAÇÃO CONCLUSIVA
G: Ó Pai, tu és o nosso libertador. Ajuda-nos, neste Natal, a quebrar as correntes que nos aprisiona e não nos permitem de correr ao teu encontro. Por Cristo, nosso Senhor.
T:  Amém.

Equipe de liturgia
Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe

sábado, 21 de dezembro de 2013

Sexto dia da novena de natal: do sonho do homem... ao projeto de Deus

G: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

CANTO

L: Com a esperança, queremos iluminar os nossos sonhos estéreis com a "vela da disponibilidade ao projeto de Deus". Ajuda-nos, Senhor Jesus, a despertar-nos do sono que muitas vezes nos encontramos, tornando-nos assim dóceis à tua vontade e ao teu projeto de salvação. (se acende a vela)


G: Tu, Astro que nasce para iluminar o mundo.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, acolhido com fé pela Virgem Maria.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, guardado com carinho por José, homem justo.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!

ORAÇÃO (todos):
Esperamos por Ti, Senhor Jesus! Esperamos pacientemente por tua chegada, por tua luz, por tua mensagem, por teu amor! Ajuda-nos a preparar o nosso coração para ti, e a reconhecer as luzes que chegam nos nossos cantos escuros. Senhor Jesus, queremos recebê-lo em nossos dias e com a tua ajuda seremos também nós os teus mensageiros para que aqueles que estão ao nosso redor possam reconhecer que tu és o broto de Deus que traz a esperança ao mundo. Amém.

ENTRE TANTAS PALAVRAS … A PALAVRA

Do Evangelho de São Mateus (1, 18-25)
Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel (Is 7, 14), que significa: Deus conosco. Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa. E, sem que ele a tivesse conhecido, ela deu à luz o seu filho, que recebeu o nome de Jesus.

REFLEXÃO
Devemos reconhecer que muitas vezes, na nossa vida cotidiana, somo um pouco preguiçosos. Em muitas situações preferimos manter a obstinação nos nossos projetos, não reconhecendo que o plano de Deus é mais surpreendente: feito para a nossa medida, e para o bem de todos.
Também José teve os seus sonhos. Mas, depois do sonho que revelou para ele o projeto de Deus, ele se levantou da cama e rapidamente "fez como o anjo lhe tinha ordenado". José  não perdeu tempo, confiou na palavra do anjo e o seu temor se transformou em um sereno colocar-se a disposição de Deus.

Breve silêncio

PAI NOSSO

ORAÇÃO CONCLUSIVA

G: Ó Deus nosso Pai, que fez de São José, homem justo, guardião do Cristo teu Filho e servo diligente do teu plano de salvação, faça que também nós possamos aderir humildemente o teu querer, para levar ao mundo os frutos de santidade e de paz. Por Cristo, nosso Senhor.
T: Amém.

Equipe de liturgia
Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Quinto dia da novena de natal: da desconfiança... à confiança

G: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

CANTO

L: Com a esperança, queremos iluminar a nossa desconfiança e acender a "vela da confiança". Ajuda-nos, Senhor Jesus, a confiar em ti, no teu projeto, assim como fez Maria, José, os Magos e os pequenos Santos da história. (se acende a vela)

G: Tu, Chave de Davi que nos abre as portas do Céu.

T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, que libertas o homem prisioneiro do pecado. T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, que és o caminho à comunhão com Deus Pai.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!

ORAÇÃO (todos):
Esperamos por Ti, Senhor Jesus! Esperamos pacientemente por tua chegada, por tua luz, por tua mensagem, por teu amor! Ajuda-nos a preparar o nosso coração para ti, e a reconhecer as luzes que chegam nos nossos cantos escuros. Senhor Jesus, queremos recebê-lo em nossos dias e com a tua ajuda seremos também nós os teus mensageiros para que aqueles que estão ao nosso redor possam reconhecer que tu és o broto de Deus que traz a esperança ao mundo. Amém.

ENTRE TANTAS PALAVRAS … A PALAVRA

Do Evangelho de São Mateus (2, 1b-2.9-11a)
Eis que vieram alguns Magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: 'Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo.' A essas palavras do rei, eles partiram. E eis que a estrela que tinham visto no seu surgir ia à frente deles até que parou sobre o lugar onde se encontrava  o menino. Eles, revendo a estrela, alegraram-se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam.

REFLEXÃO
Quantas vezes não confiamos naquilo que os outros nos dizem. Geralmente não pensamos que aquilo que dizem seja verdadeiro ou que realmente possa acontecer. Os Magos, pelo contrário, nos ensinam que a confiança é a primeira atitude de um cristão. Sobretudo se Aquele que nos pede para confiar é Deus. Como os Magos tiveram a confiança de seguir uma estrela apesar das nuvens e do mal tempo terem tentado algumas vezes ofuscá-la, também nós, neste natal, devemos confiar naquilo que Deus nos pede para seguir.

Breve silêncio

PAI NOSSO

ORAÇÃO CONCLUSIVA
G: Ó Pai, que na chegada do teu Filho nos ensina o caminho para te acolher, ilumina o nosso coração e orienta o nosso caminho, para que, confiando na tua Palavra, possamos alcançar renovados o natal do teu Filho. Por Cristo nosso Senhor.
T:  Amém.

Equipe de liturgia
Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Quarto dia da novena de natal: da indiferença... à acolhida

G: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

CANTO

L: Com a esperança, queremos iluminar a tentação da indiferença e acender a "vela da acolhida". Ajuda-nos, Senhor Jesus, a não ser indiferentes no nosso caminho em direção a ti, mas acolher a todos. (se acende a vela)

G: Tu, Broto da raiz de Jessé.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, esperado pelas pessoas.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, salvador dos homens.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!

ORAÇÃO (todos):
Esperamos por Ti, Senhor Jesus! Esperamos pacientemente por tua chegada, por tua luz, por tua mensagem, por teu amor! Ajuda-nos a preparar o nosso coração para ti, e a reconhecer as luzes que chegam nos nossos cantos escuros. Senhor Jesus, queremos recebê-lo em nossos dias e com a tua ajuda seremos também nós os teus mensageiros para que aqueles que estão ao nosso redor possam reconhecer que tu és o broto de Deus que traz a esperança ao mundo. Amém.

ENTRE TANTAS PALAVRAS … A PALAVRA

Do Evangelho de São Lucas (2,1.4-7)
Naqueles dias, apareceu um edito de César Augusto, ordenando o recenseamento de todo o mundo habitado. Também José subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, para a Judeia, na cidade de Davi, chamada Belém, por ser da casa e da família de Davi, para se inscrever com Maria, sua mulher, que estava grávida. Enquanto lá estavam, completaram-se os dias para o parto, e ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o com faixas e reclinou-o numa manjedoura, porque não havia um lugar para eles na sala.

REFLEXÃO
Como está nestes dias o nosso coração?  Está se abrindo para acolher ou está ainda fechado, tanto de não poder acolher nem mesmo as pessoas que estão ao nosso redor? Quantas vezes, durante o nosso dia, encontramos pessoas que nos pedem ajuda. Todos nos pedem para ser acolhidos, simplesmente escutados. E às vezes nós não reparamos nisto... fazemos de conta que não vemos e seguimos o nosso caminho. Acolher Jesus realmente significa saber acolher o irmão e a irmã que temos ao nosso lado, sobretudo aquele que precisa ser escutado e da nossa ajuda.

Breve silêncio

PAI NOSSO

ORAÇÃO CONCLUSIVA
G: Ó Pai, ajuda-nos a derrubar o muro da indiferença que geralmente levantamos em relação aos irmãos. Doa-nos a tua mesma disponibilidade para amar, para acolher Cristo nos irmãos que temos ao nosso lado. Tu que vive e reina pelos séculos dos séculos. 
T:  Amém.

CANTO FINAL

Equipe de liturgia
Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Terceiro dia da novena de natal: da desistência... à esperança

G: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

CANTO

G: Queremos iluminar a nossa desistência, acendendo a "vela da esperança".
Ajuda-nos, Senhor Jesus, a jamais desistir, a entender que,
com pequenos gestos diários, podemos fazer

florescer também as situações mais difíceis. (se acende a vela)

G: Tu, Senhor dos Senhores e Guia de Israel.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, anunciado pelos profetas.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, que te fizeste nosso irmão.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!

ORAÇÃO (todos):
Esperamos por Ti, Senhor Jesus! Esperamos pacientemente por tua chegada, por tua luz, por tua mensagem, por teu amor! Ajuda-nos a preparar o nosso coração para ti, e a reconhecer as luzes que chegam nos nossos cantos escuros. Senhor Jesus, queremos recebê-lo em nossos dias e com a tua ajuda seremos também nós os teus mensageiros para que aqueles que estão ao nosso redor possam reconhecer que tu és o broto de Deus que traz a esperança ao mundo. Amém.

ENTRE TANTAS PALAVRAS … A PALAVRA

Do livro do Profeta Isaías (11, 1-6)
Um ramo sairá do tronco de Jessé, um rebento brotará das suas raízes. Sobre ele repousará o espírito do Senhor, espírito de sabedoria e de inteligência, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de conhecimento e de temor do Senhor: no temor do Senhor estará a sua inspiração. Ele não julgará segundo a aparência. Ele não dará a sentença apenas por ouvir dizer. Antes julgará os fracos com justiça, com equidade pronunciará uma sentença em favor dos pobres da terra. Ele ferirá a terra com o bastão da sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio. A justiça será o cinto dos seus lombos e a fidelidade, o cinto dos seus rins. Então o lobo morará com o cordeiro, e o leopardo se deitará com o cabrito. O bezerro, o leãzinho e o gordo novilho andarão juntos e um menino pequeno os guiará.

REFLEXÃO

Quantas vezes colocamos "panos quentes" nas situações difíceis. Quantas vezes o desespero da escuridão que vemos ao nosso redor é mais forte do que o desejo de caminhar sempre em frente, de tentar novamente, de continuar a lutar para vencer o vontade de desistir. O Senhor que vem é a nossa esperança! É aquele que é capaz de florescer o deserto, de fazer brotar um tronco seco! Sim, confiar nele nos faz realizar coisas inesperadas, que jamais teríamos pensado. Não devemos desistir, porque nada é impossível a Deus! Então a nossa vida será uma vida de esperança, caso contrário nos sentiremos vencidos, e também as nossas fragilidades, os nossos pecados, se tornarão ramos verdejantes graça ao auxílio de Deus.

Breve silêncio

PAI NOSSO

ORAÇÃO CONCLUSIVA
G: Senhor Jesus, tu és capaz de florescer o deserto, de mudar o choro em dança, de fazer jorrar água da rocha. Faça que neste caminho em preparação ao natal não percamos jamais a esperança, que não paremos diante das dificuldades, mas que saibamos sempre pedir a tua ajuda! Tu que vive e reina pelos séculos dos séculos. 
T:  Amém.

Equipe de liturgia
Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Segundo dia da novena de natal: da escuridão… à luz

G: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

CANTO

L: Com a esperança, queremos iluminar a escuridão em nós e ao nosso redor, e acender a "vela da verdadeira luz". Ajuda-nos, Senhor Jesus, a reconhecer-te como luz que dissipa as trevas dos pecado. (se acende a vela)

G: Tu, Sabedoria que sai da boca de Deus.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, luz que ilumina toda escuridão.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!
G: Tu, sentido e beleza da nossa vida.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem rápido em nosso meio!

ORAÇÃO (todos):

Esperamos por Ti, Senhor Jesus! Esperamos pacientemente por tua chegada, por tua luz, por tua mensagem, por teu amor! Ajuda-nos a preparar o nosso coração para ti, e a reconhecer as luzes que chegam nos nossos cantos escuros. Senhor Jesus, queremos recebê-lo em nossos dias e com a tua ajuda seremos também nós os teus mensageiros para que aqueles que estão ao nosso redor possam reconhecer que tu és o broto de Deus que traz esperança ao mundo. Amém.

ENTRE TANTAS PALAVRAS … A PALAVRA

Do livro do Profeta Isaías (9, 1-2a.5-6)
O povo que andava nas trevas viu uma grande luz, uma luz raiou para os que habitavam  uma terra sombria  como a da morte. Multiplicaste  o povo, deste-lhe grande alegria; Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, ele recebeu o poder sobre seus ombros, e lhe foi dado este nome: Conselheiro-maravilhoso, Deus-forte, Pai-eterno, Príncipe-da-paz, para que se multiplique o poder, assegurando o estabelecimento de uma paz sem fim sobre o Trono de Davi e sobre o seu reino, firmando-o, consolidando-o sobre o direito e sobre a justiça. Desde agora e para sempre, o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.

REFLEXÃO
O natal é uma festa de luz. O povo de Israel esperou por séculos esta luz que se manifestou no Menino Jesus, o Messias. Apesar das trevas, devemos saber reconhecer a luz do Senhor que vem. Às vezes, a escuridão do desespero e dos sofrimentos é muito forte, e não nos permite enxergar a pequena luz que o Menino Jesus vem nos trazer. Talvez estamos distraídos, talvez somos um pouco superficiais incapazes de ver o brilho da aurora exatamente na escuridão mais escura.

Breve silêncio

PAI NOSSO

ORAÇÃO CONCLUSIVA
G: Ó Pai, tu que nos deste teu Filho, luz das gentes e alegria daqueles que sabem reconhecê-lo. Dai-nos a capacidade de celebrar este Natal com a consciência que o Cristo é a verdadeira luz que orienta e ilumina o nosso caminho; e faça que as luzes efêmeras e superficiais que nestes dias nos circundam, não ofusquem a luz verdadeira que vem de ti. Por Cristo, nosso Senhor.
T: Amém

Equipe de liturgia
Missionárias da Imaculada-Padre kolbe

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Primeiro dia da novena de natal: do cansaço... ao colocar-se em caminho

G: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

CANTO

L:  Com a esperança, queremos iluminar o nosso cansaço e acender a "vela do caminho". Ajuda-nos, Senhor Jesus, a colocar-nos em caminho, mesmo quando nos sentimos cansados, e correr como mensageiros em tua direção. (se acende a vela)

G: Tu, luz de esperança que sustenta o nosso caminho.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem depressa em nosso meio!
G:Tu, luz de esperança que dissolve as nossas dúvidas.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem depressa em nosso meio!
G: Tu, luz de esperança que ilumina os nossos relacionamentos.
T: Vem, Senhor Jesus! Vem depressa em nosso meio!

Oração (todos):
Esperamos por Ti, Senhor Jesus! Esperamos pacientemente por tua chegada, por tua luz, por tua mensagem, por teu amor! Ajuda-nos a preparar o nosso coração para ti, e a reconhecer as luzes que chegam nos nossos cantos escuros. Senhor Jesus, queremos recebê-lo em nossos dias e com a tua ajuda seremos também nós os teus mensageiros para que aqueles que estão ao nosso redor possam reconhecer que tu és o broto de Deus que traz esperança ao mundo. Amém

ENTRE TANTAS PALAVRAS … A PALAVRA

Do livro do Profeta Isaías (35, 1-2a. 4.8-9)
Alegrem-se o deserto e a terra seca, rejubile-se a estepe e floresça; como o narciso, cubra-se as flores, sim, rejubile-se com grande júbilo e exulte. Dizei aos corações conturbados: "Sede fortes, não temais.  Eis que o vosso Deus vem para vingar-vos, trazendo a recompensa divina. Ele vem para salvar-vos." Ali haverá uma estrada - um caminho que será chamado caminho sagrado. O impuro não passará por ele. Ele mesmo andará por esse caminho, de modo que  até os estultos não se desgarrarão. Ali não haverá leão; o mais feroz dos animais selvagens não os trilhará, nele não será encontrado. Antes, por ele trilharão os redimidos.

REFLEXÃO

Talvez no início deste caminho estamos um pouco cansados... A fadiga se faz sentir, e não temos muitas forças para recomeçar o caminho. O Senhor, através das palavras do Profeta, nos diz: “Coragem! Não tenham medo”. Convida-nos a caminhar, a colocar-nos em jogo, como ele fez vindo nesta terra. Apesar do cansaço, podemos caminhar rapidamente, na certeza de que no final do caminho iremos encontrar o próprio Jesus, nossa esperança.

Breve silêncio

PAI NOSSO

ORAÇÃO CONCLUSIVA
G: Ó Pai, também neste ano nos chama para celebrar a vinda do teu Filho Jesus na terra: faça que estes dias da Novena nos ajudem a deixar espaço para Ti em nosso coração, para que assim possamos caminhar rapidamente pela estrada que nos conduz ao encontro contigo. Por Cristo, nosso Senhor.
T:  Amém.

Equipe de liturgia
Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Padre Kolbe e o amor maior

O Natal se aproxima e é sempre a Palavra de Deus que ilumina o nosso caminho de crentes. De discípulos do Senhor.

“Deus amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho único... A luz veio ao mundo”. (Jo 3,16.19)

A iniciativa é de Deus e diz respeito ao seu amor pela fraqueza, pela nossa fraqueza. Um amor que não está fundamentado em um bem que Ele vê em nós, mas que é pura gratuidade. “Deus – dirá Paulo – nos dá prova do seu amor por nós pelo fato que quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós” .
Deus sempre irrompe na vida humana assim como é e resolve os nossos limites assumindo-os.

“Deus amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho”. São palavras que explicam o segredo da vida: amar equivale a dar.
Deus não pede. Deus dá. Deus não exige nada e dá tudo. “Dar” é um verbo tão simples que  resume o coração de Deus: dar sem condições. Dar e basta.
Deus escreveu no mais profundo do coração do homem a palavra amor.

“Deus amou tanto o mundo que lhe deu seu filho único”. O ponto de encontro entre Deus e o mundo é o amor. Um mundo amado, eu amado.

Diante desta realidade sublime padre Kolbe fascinado, exclama:

“Quem ousaria supor que tu, Deus infinito, eterno, me amaste há séculos, ou ainda antes dos séculos?... Mesmo ainda não existindo, tu já me amavas, e exatamente pelo fato que me amavas, ó bom Deus, me chamaste do nada à existência!...

Por mim criaste os céus constelados de estrelas, por mim a terra, os mares, os montes, os rios e tantas, tantas coisa belas que há na terra... Mas isto não basta: para me mostrar de perto que me amas com tanta ternura, desceste das mais puras delícias do paraíso sobre esta terra contaminada e cheia de lágrimas…, levaste uma vida em meio a pobreza, às fadigas, aos sofrimentos; e enfim, desprezado e humilhado, quiseste ser pendurado entre tormentos em um torpe patíbulo no meio de dois  canalhas... Ó Deus de amor, redimiste-me deste modo terrível e generoso!...

Quem ousaria supor?...

Permaneceste nesta terra no Santíssimo e admirável Sacramento do altar... Agora o teu Sangue corre no meu sangue, o teu amor envolve a minha vida, dá-lhe força e a nutre...   O que poderias ter-me dado ainda, ó Deus, depois de ter-me já oferecido a tua vida?... Deste-me uma Mãe...”

Padre Kolbe acolhe o dom de Jesus e se confia à Mãe. Entrega-se totalmente em suas mãos. Com a Imaculada ao seu lado e no seu coração se deixa conduzir sobre os cumes do amor maior.  E Deus continua a sua descida por amor. Desce na noite do homem. Desce no abismo de Auschwitz – no abismo da loucura – e em todos os abismos do mal.

Deus desce no coração de quem o acolhe. E padre Kolbe, aberto ao dom de Deus, tornou-se capaz de ser uma presença de luz nas trevas. Uma testemunha de luz “no vale escuro” do pranto e do terror. 

“Deus amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho único”.  Que o  Senhor Jesus nos conceda acolhê-lo no estupor do canto e do louvor como os pastores, no estupor do silêncio e da escuta como Maria, no estupor de uma vida doada como padre Kolbe. Que o Senhor conceda a cada um de nós acolhê-lo no estupor da adesão livre e alegre. E a paz habitará nos nossos corações.

Angela Esposito
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe
Polônia 

Todo o dia 14, as Missionárias da Polônia estarão depositando na cela de Padre Kolbe as intenções enviadas para o e-mail: celakolbe@kolbemission.org

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Papa Francisco e a Padroeira da América Latina

"Amanhã é a festa de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira de toda a América. Nesta ocasião, quero saudar os irmãos e irmãs do continente, e o faço pensando em Nossa Senhora de Tepeyac.

Quando apareceu a São Juan Diego, seu rosto era o de uma mulher mestiça e suas vestes estavam cheias de símbolos da cultura indígena. Seguindo o exemplo de Jesus, Maria está perto de seus filhos, como uma mãe carinhosa acompanha o seu caminho, partilha as alegrias e as esperanças, os sofrimentos e as angústias dos homens de Deus, que são chamados a fazer parte de todos os povos da terra.

A aparição da imagem da Virgem na tilma (manto) de Juan Diego era um sinal profético de um abraço, o abraço de Maria a todos os habitantes das vastas terras americanas, que já estavam lá e os que virão depois.

Este abraço de Maria apontou o caminho que sempre caracterizou a América: uma terra onde povos diferentes podem conviver, uma terra capaz de respeitar a vida humana em todas as fases, desde o nascimento até a velhice, capaz de acolher os migrantes, assim como os pobres e marginalizados de todas as idades. Uma terra generosa.

Esta é a mensagem de Nossa Senhora de Guadalupe, e esta é a minha mensagem, a mensagem da Igreja. Encorajo todos os habitantes do continente americano a ter os braços abertos como a Virgem Maria, com amor e ternura.

Eu oro por todos vós, queridos irmãos e irmãs em todas as Américas, e peço que oreis por mim. Que a alegria do Evangelho esteja sempre em seus corações. O Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos acompanhe."

Papa Francisco
Audiência geral, 11/12/12013

Foto: Rádio Vaticano

Nossa Senhora de Guadalupe e as flores de Tepeyac

Em vista da festa de Nossa Senhora de Guadalupe, que a Igreja celebra no dia 12 de dezembro, queremos trazer à você um breve histórico sobre a Virgem de Guadalupe, Padroeira da América Latina.

Em um sábado de 1531 em meados de dezembro, um índio chamado Juan Diego, caminhava de seu povoado até à cidade do México afim de participar das aulas de catecismo e da Santa Missa. Ao chegar junto à colina chamada Tepeyac ele escutou uma voz que o chamava por seu nome.

Ele subiu ao cume e viu uma Senhora de sobre-humana beleza, cujo vestido era brilhante como o sol, a qual com palavras muito amáveis e atentas lhe disse: "Juanito: o menor de meus filhos, eu sou a sempre Virgem Maria, Mãe do verdadeiro Deus, por quem se vive. Desejo vivamente que me construa aqui um templo. Vá ao Senhor Bispo e lhe diga que desejo um templo neste plano. Anda e ponha nisso todo seu esforço".

Retornou a seu povo e procurou o bispo local e lhe contou como se encontrou  com a Virgem e qual o seu desejo, porém o bispo, usando de prudência, não se pronunciou a respeito, preferindo aguardar uma confirmação. Juan Diego se retirou e seguiu para seu povo. Novamente Juan Diego encontra-se com a Virgem Maria e lhe explicou o ocorrido. A Virgem lhe pediu que no dia seguinte ele fosse novamente falar com o bispo e lhe repetisse a mensagem.

Juan Diego fez o que a Virgem lhe pediu e retornou ao bispo, desta vez o bispo, logo depois de ouvir Juan Diego, disse que ele devia ir e dizer à Senhora que lhe desse algum sinal que provasse que ela era a Mãe de Deus e que era sua vontade construir um templo.

De volta, Juan Diego se encontrou com Maria e lhe narrou o que o bispo havia lhe dito. A Virgem lhe mandou então, que retornasse no dia seguinte no mesmo lugar, pois ali Ela lhe daria o sinal.

Mas no dia seguinte Juan Diego não pôde voltar para colina, pois seu tio Juan Bernardino estava muito doente. A madrugada de 12 de dezembro Juan Diego partiu a toda pressa para conseguir um sacerdote a seu tio, pois ele estava muito doente, quase morrendo. Ao chegar ao lugar por onde devia encontrar-se com a Senhora, ele preferiu tomar outro caminho para evitar de encontrar-se com Ela. Mas de repente, Nossa Senhora saiu a seu encontro e lhe perguntou aonde ia. O índio envergonhado lhe explicou o que estava acontecendo. A Virgem disse a Juan Diego: “Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua “tilma” (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu,nada omita…”

Uma vez diante de Dom Zumárraga, Juan Diego desdobrou sua “tilma” (manto), e caíram ao chão as rosas e no manto do humilde indígena estava o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe pintada prodigiosamente. Vendo isto, o bispo levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era 12 de dezembro de 1531.

Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego foi visitar o seu tio, que em saúde perfeita narrou: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou comigo. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado o porquê”. Diante de tudo isso muitos se converteram e o santuário foi construído.

O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem.

No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do referido bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.

Declarou o Papa Bento XIV, em 1754: “Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros… uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus não agiu assim com nenhuma outra nação”.

Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII no dia 12 de outubro de 1945.

Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

Diana Darre e Evandro Oliveira
Voluntários da Imaculada - Padre Kolbe

À Virgem da Esperança

"Virgem da esperança, mãe dos pobres,
Senhora dos que peregrinam, ouvi-nos.
Hoje nós vos pedimos pela América Latina,
o continente que vós visitais de pés descalços, oferecendo
a vossa riqueza: o menino que apertais entre os braços.
Menino frágil que nos torna fortes.
Menino pobre que nos torna ricos.
Menino escravo que nos torna livres.

Virgem da esperança, a América acorda,
nos seus cumes desponta a luz de um novo dia:
é a aurora, anúncio de salvação.
Sobre povos que caminhavam nas trevas
uma luz já resplandece.
Esta luz quem nos deu foi o Senhor,
em Belém, naquela noite longínqua.
Queremos caminhar na esperança.

Mãe dos pobres,
falta o pão na mesa de muitos lares.
Falta o pão da verdade a muitas mentes.
Falta o pão do amor a muitos corações.
Falta o pão do Senhor a muitos povos.
Vós conheceis a pobreza, pois a experimentastes.
Dai-nos uma alma de pobre para sermos felizes,
mas aliviai a miséria dos nossos corpos.
Tirai do coração de tantos homens
o egoísmo que os torna pobres.

Nossa Senhora dos peregrinos,
somos Igreja a caminho da Páscoa.
Dai aos bispos um coração de pai.
Que os sacerdotes sejam amigos de Deus para com os irmãos.
E que os leigos sejam para o mundo
testemunhas do Senhor ressuscitado.
Ajudai-nos a caminhar
em comunhão com todos os homens,
solidários com as suas angústias e com as suas esperanças.
Que os povos da América Latina caminhem na direção
do progresso na estrada da paz e na justiça.
Padroeira da América Latina,
iluminai a nossa esperança,
aliviai a nossa pobreza,
caminhai conosco em direção ao Pai.
Amém."

Fonte: Perseverantes na oração, p.87-88

domingo, 8 de dezembro de 2013

Ó Virgem, pela tua benção é abençoada a criação inteira!

O céu e as estrelas, a terra e os rios, o dia e a noite, e tudo quanto obedece ou serve aos homens, congratulam-se, ó Senhora, porque a beleza perdida foi por ti de certo modo ressuscitada e dotada de uma graça nova e inefável. Todas as coisas pareciam mortas, ao perderem sua dignidade original que é estar em poder e a serviço dos que louvam a Deus. Para isto é que foram criadas. Estavam oprimidas e desfiguradas pelo mau uso que delas faziam os idólatras, para os quais não haviam sido criadas. Agora, porém, como que ressuscitadas, alegram-se pois são governadas pelo poder e embelezadas pelo uso dos que louvam a Deus.

Perante esta nova e inestimável graça, todas as coisas exultam de alegria ao sentirem que Deus, seu Criador, não apenas as governa invisivelmente lá do alto, mas também está visivelmente neles, santificando-as com o uso que delas faz. Tão grandes bens procedem do bendito fruto do sagrado seio da Virgem Maria.

Pela plenitude da sua graça, aqueles que estavam na mansão dos mortos alegram-se, agora libertos; e os que estavam acima do céu rejubila-se renovados. Com efeito, pelo fim se seu cativeiro, e os anjos se congratulam pela restauração de sua cidade quase em ruínas.

Ó mulher cheia e mais que cheia de graça, o transbordamento de tua plenitude faz renascer toda criatura! Ó Virgem bendita e mais que bendita, pela tua bênção é abençoada toda a natureza, não só as coisas criadas pelo Criador, mas também o Criador pela criatura!

Deus deu a Maria o seu próprio Filho único, gerado de seu coração, igual a si, a quem amava como si mesmo. No seio de Maria, formou seu filho, não outro qualquer, mas o mesmo, para que, por natureza, fosse realmente um só e o mesmo Filho de Deus e de Maria! Toda a criação é obra de Deus, e Deus nasceu de Maria. Deus criou todas as coisas, e Maria deu à luz Deus! Deus que tudo fez, formou-se a si próprio no seio de Maria. E deste modo refez tudo o que tinha feito. Ele que pode fazer tudo do nada, não quis refazer sem Maria o que fora profanado.

Por conseguinte, Deus é o pai das coisas criadas, e Maria a mãe das coisas recriadas. Deus é o Pai da criação universal, e Maria a mãe da redenção universal. Pois Deus gerou aquele por quem tudo foi feito, e Maria deu à luz aquele por quem tudo foi salvo. Deus gerou aquele sem o qual nada absolutamente existe, e Maria deu à luz aquele sem o qual nada absolutamente é bom.

Verdadeiramente o Senhor é contigo, pois quis que toda a natureza reconheça que deve a ti, juntamente com ele, tão grande benefício.

Das meditações de Santo Anselmo, bispo
Séc. XII

Fonte: Liturgia das horas

sábado, 7 de dezembro de 2013

Mensagem para a festa da Imaculada Conceição!

Caríssimas Missionárias e Voluntários, gostaria de partilhar com vocês, nesta solenidade da Imaculada, alguns trechos da exortação Apostólica “Evangelii gaudium”, que o papa Francisco nos doou na conclusão do Ano da fé.

Depois de nos ter apresentado tantas vezes Maria como mulher de fé: de uma fé límpida, genuína, humilde e corajosa, embebida de esperança e de entusiasmo pelo reino de Deus, vivida na simplicidade e no quotidiano, convida-nos a olhar para Maria como “estrela da nova evangelização”.

“Toda vez – escreve o papa – que olhamos para Maria voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto”.
“Ela é a missionária que se aproxima de nós, para nos acompanhar ao longo da vida, abrindo os corações à fé com o seu afeto materno. Como uma verdadeira mãe, caminha conosco, luta conosco e aproxima-nos incessantemente do amor de Deus.”

No estilo de Maria, que vai visitar sua prima Isabel, nós missionárias e voluntários (as) somos chamados a sair “da nossa comodidade e ter a coragem de chegar nas periferias que têm necessidade da luz do Evangelho” para ir ao encontro do outro que nos interpela com a sua dor, com a sua alegria, com os seus pedidos.

Assim como o padre escrevia:
“Nossa Senhora foi missionária em todos os momentos da vida, não teve medo...
Na escola de Maria a minha evangelização deve partir de um renovamento espiritual, quer dizer, de uma alma que se enche sempre de Deus, sem esvaziar-se nunca, como uma fonte que, mais dá, mais ainda consegue dar. Tudo isso requer fadiga, trabalho, sacrifício...” (Orientações de Vida Espiritual, IX, pp. 130; 124-125), mas somente assim seremos “pessoas-ânforas” que saciam a sede de Deus do homem contemporâneo.

Caríssimos, ajudados pela palavra viva do papa e pelo nosso padre possamos reencontrar a paixão pelo anúncio do Evangelho e possamos colaborar com a missão evangelizadora da Igreja com a “revolução da ternura” a partir das nossas comunidades e grupos: este é o augúrio para as próximas festas natalícias e o dom de graça que queremos pedir à Imaculada.

Missionária Giovanna Venturi
Diretora geral do Instituto

Feliz festa da Imaculada!

"Então, quando você voltar o olhar à Imaculada para cantar: 'Toda bela és, ó Maria, e mancha de pecado não existe em ti', se fortificará o seu compromisso para ser como Ela 'Toda bela' e 'Revestida de sol'.

Quando continuará a sua oração, dizendo a Ela: 'Tu, honra do nosso povo', sentirá aumentar em ti o desejo de imitá-la, para honrar o Instituto e a Igreja com a seriedade da sua preparação, fruto do estudo.

Quando pensar nela como Aquela que 'avança como aurora, bela como a lua, fulgurante como o sol, terrível como exército em ordem de batalha' (Ct 6,10), sentirá que Ela infunde em você a sua própria força para lutar contra o mal e conquistar o mundo inteiro para o seu Filho." (Padre Faccenda - XI OVS, p.92)

Feliz festa da Imaculada!

Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe

Nono dia da novena: Contemplamos a Imaculada, mulher de comunhão

Maria com a sua perseverança na oração com o grupo dos apóstolos depois da ressurreição é o testemunho vivente do amor que a todos une em nome de Cristo. Ao exemplo da primeira comunidade reunida com Maria, a Igreja redescobre ser autêntica na medida em que sabe oferecer ao mundo a experiência daquele amor que nasce e converge ao mesmo coração da Trindade, através da missão do Filho e do Espírito, que continua na comunidade cristã enviada pelo ressuscitado até os confins da terra.

Oração em dois coros (extraída dos prefácios das Missas da B.V. M.)

Bendizemos juntos ao Senhor,
irmãos na memória da Virgem Maria;
Exaltemos juntos o seu santo Nome
e celebremos as grandes obras do seu amor.

É justo dar glória ao Senhor
e cantar as suas misericórdias,
anunciar cada dia a sua fidelidade
e bendizer ao Senhor dos séculos.

No misterioso desenho do teu amor
fizestes surgir do ventre virginal de Maria
a luz dos povos, Cristo teu Filho,
sacramento da nossa salvação.

Ele como esposo que sai do quarto nupcial
refulge em nós Salvador e Senhor
e livrando-nos da escuridão e das sombras de morte
nos introduz no reino
da sua inextinguível luz.

E nós, com os Anjos do céu,
celebramos a grandeza do Altíssimo
e cantamos a beleza da Virgem.

Em escuta da Palavra (At 1,12-14)

Os apóstolos voltaram para Jerusalém, pois se encontravam no chamado monte das Oliveiras, não muito longe de Jerusalém: uma caminhada de sábado. Entraram na cidade e subiram para a sala de cima, onde costumavam hospedar-se. Aí estavam Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão Zelota e Judas, filho de Tiago. Todos eles tinham os mesmos sentimentos e eram assíduos na oração, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus.

Oração

Mãe orante no cenáculo.
T: Maria, rogai por nós!
Tu que imploraste o dom do Espírito.
T: Maria, rogai por nós!
Discípula perfeita de Cristo.
T: Maria, rogai por nós!
Membro eminente da Igreja.
T: Maria, rogai por nós!
Imagem da Igreja.
T: Maria, rogai por nós!
Mãe da Igreja.
T: Maria, rogai por nós!

Canto ou responsório

Dos escritos de São Maximiliano:

"Maria é unida de modo inefável ao Espírito Santo porque é a sua esposa, mas esta união acontece em um sentido incomparavelmente mais perfeito daquele que este termo possa expressar nas criaturas. De que gênero é esta união? Ela é antes de mais nada interior, é a união do seu ser com o Espírito Santo. O Espírito Santo mora nela, vive nela, e isto desde o primeiro instante da sua existência, sempre e por toda a eternidade." (SK 1318)

Oração de intercessão

Sustentados pelo exemplo e pela intercessão de Maria, dirigimos a nossa confiante oração ao Pai:  Escutai-nos, Senhor!

- Fortalecei no amor e na unidade a vossa Igreja.
- Alimentai a comunhão entre o povo de Deus, os presbíteros e os bispos.
- Fazei que as nossas comunidades ofereçam um testemunho para as pessoas que estão distantes da Igreja.
- Guiai os  passos da Igreja no desafio da nova evangelização.

E agora como filhos de Deus no Filho de Maria, oremos juntos como Jesus nos ensinou: Pai nosso...

Oração

Ó Pai, que derramastes os dons do Espírito sobre a Bem-aventurada Virgem orante com os Apóstolos no Cenáculo, fazei que perseveramos unânimes na oração com Maria nossa mãe para levar ao mundo, com a força do Espírito, o alegre anúncio da salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus,
e vive e reina convosco na unidade do Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém.

Canto final

Equipe de liturgia
Missionárias da Imaculada-PadreKolbe

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Oitavo dia da novena: Contemplamos Maria na escuta da Palavra de Deus

Maria vive ordinariamente o seu dia-a-dia na escuta atenta da palavra de Deus, na procura apaixonada da sua vontade e na fidelidade discreta ao seu projeto. Quando, entre o povo, Jesus aponta a sua mãe e os seus irmãos como àqueles que fazem a vontade do Pai, não diminui mas exalta a grandeza do testemunho de Maria, a sua vida humilde e escondida, mas não por isso menos fecunda.

Oração em dois coros (extraída dos prefácios das Missas da B.V. M.)

Bendizemos juntos ao Senhor,
irmãos na memória da Virgem Maria;
Exaltemos juntos o seu santo Nome
e celebremos as grandes obras do seu amor.

É justo dar glória ao Senhor
e cantar as suas misericórdias,
anunciar cada dia a sua fidelidade
e bendizer ao Senhor dos séculos.

No misterioso desenho do teu amor
fizestes surgir do ventre virginal de Maria
a luz dos povos, Cristo teu Filho,
sacramento da nossa salvação.

Ele como esposo que sai do quarto nupcial
refulge em nós Salvador e Senhor
e livrando-nos da escuridão e das sombras de morte
nos introduz no reino
da sua inextinguível luz.

E nós, com os Anjos do céu,
celebramos a grandeza do Altíssimo
e cantamos a beleza da Virgem.

Na escuta da Palavra (Mt 12,46-50)

Naquele tempo, enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”

Oração

Serva obediente na fé.
T: Maria, rogai por nós!
Virgem humilde e dócil.
T: Maria, rogai por nós!
Serva da Palavra.
T: Maria, rogai por nós!
Bem-aventurada porque acreditaste.
T: Maria, rogai por nós!
Bem-aventurada porque guardaste a Palavra.
T: Maria, rogai por nós!
Bem-aventurada porque fizeste a vontade do Pai.
T: Maria, rogai por nós!

Canto ou responsório

Dos escritos de São Maximiliano:

"É humildade perfeita: refugiar-se de todas aquelas palavras que podem atrair-nos à glória, à estima e à apreciação dos outros; aceitar de boa vontade toda ocasião de humilhação; aceitar as ocasiões de desprezo e de humilhação, primeiro com paciência, depois de boa vontade, sem dificuldade, e enfim com alegria." (SK 969)

Oração de intercessão

Sustentados pelo exemplo e pela intercessão de Maria, entreguemos a nossa confiante oração ao Pai: Escutai-nos, ó Senhor.

- Fazei que as famílias possam crescer no espírito do Evangelho.
- Tornai sensíveis aos valores cristãos todos aqueles que trabalham na educação.
- Suscitai nos trabalhadores o sentido do dever e da honestidade.
- Ensinai a todos os novos estilos de vida em uma renovada experiência missionária.

E agora como filhos de Deus no Filho de Maria, rezemos juntos como Jesus nos ensinou:
Pai nosso...

Oração

Olhai, ó Pai, para a humilde vossa serva, a Virgem Maria, que está diante de vós  revestida da glória do seu Filho e enfeitada de toda virtude e dom do Espírito; por sua intercessão, concedei-nos de seguir o que é verdadeiro e justo aos vossos olhos, para chegar à fonte da eterna beleza e do santo amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e vive e reina convosco, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.

Canto final

Equipe de liturgia
Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe

Jesus te ama incondicionalmente

Você já deve ter ouvido muitas vezes que Jesus te ama do jeito que você é. Ou talvez seja a primeira vez que você esteja lendo isso. Se você...