domingo, 27 de abril de 2014

Homilia da canonização de João Paulo II e João XXIII, papas

No centro deste domingo, que encerra a Oitava de Páscoa e que João Paulo II quis dedicar à Misericórdia Divina, encontramos as chagas gloriosas de Jesus ressuscitado.

Já as mostrara quando apareceu pela primeira vez aos Apóstolos, ao anoitecer do dia depois do sábado, o dia da Ressurreição. Mas, naquela noite, Tomé não estava; e quando os outros lhe disseram que tinham visto o Senhor, respondeu que, se não visse e tocasse aquelas feridas, não acreditaria. Oito dias depois, Jesus apareceu de novo no meio dos discípulos, no Cenáculo, encontrando-se presente também Tomé; dirigindo-se ele, convidou-o a tocar as suas chagas. E então aquele homem sincero, aquele homem habituado a verificar tudo pessoalmente, ajoelhou-se diante de Jesus e disse: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20, 28).

Se as chagas de Jesus podem ser de escândalo para a fé, são também a verificação da fé. Por isso, no corpo de Cristo ressuscitado, as chagas não desaparecem, continuam, porque aquelas chagas são o sinal permanente do amor de Deus por nós, sendo indispensáveis para crer em Deus: não para crer que Deus existe, mas sim que Deus é amor, misericórdia, fidelidade. Citando Isaías, São Pedro escreve aos cristãos: «pelas suas chagas, fostes curados» (1 Ped 2, 24; cf. Is 53, 5).

João XXIII e João Paulo II tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus, tocar as suas mãos chagadas e o seu lado trespassado. Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão (cf. Is 58, 7), porque em cada pessoa atribulada viam Jesus. Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, da sua misericórdia, à Igreja e ao mundo.

Foram sacerdotes, bispos e papas do século XX. Conheceram as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. Mais forte, neles, era Deus; mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da história; mais forte, neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta nestas cinco chagas; mais forte era a proximidade materna de Maria.

Nestes dois homens contemplativos das chagas de Cristo e testemunhas da sua misericórdia, habitava «uma esperança viva», juntamente com «uma alegria indescritível e irradiante» (1 Ped 1, 3.8). A esperança e a alegria que Cristo ressuscitado dá aos seus discípulos, e de que nada e ninguém os pode privar. A esperança e a alegria pascais, passadas pelo crisol do despojamento, do aniquilamento, da proximidade aos pecadores levada até ao extremo, até à náusea pela amargura daquele cálice. Estas são a esperança e a alegria que os dois santos Papas receberam como dom do Senhor ressuscitado, tendo-as, por sua vez, doado em abundância ao Povo de Deus, recebendo sua eterna gratidão.
Esta esperança e esta alegria respiravam-se na primeira comunidade dos crentes, em Jerusalém, de que nos falam os Atos dos Apóstolos (cf. 2, 42-47). É uma comunidade onde se vive o essencial do Evangelho, isto é, o amor, a misericórdia, com simplicidade e fraternidade.

E esta é a imagem de Igreja que o Concílio Vaticano II teve diante de si. João XXIII e João Paulo II colaboraram com o Espírito Santo para restabelecer e atualizar a Igreja segundo a sua fisionomia originária, a fisionomia que lhe deram os santos ao longo dos séculos. Não esqueçamos que são precisamente os santos que levam avante e fazem crescer a Igreja. Na convocação do Concílio, João XXIII demonstrou uma delicada docilidade ao Espírito Santo, deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado. Este foi o seu grande serviço à Igreja; foi o Papa da docilidade ao Espírito.

Neste serviço ao Povo de Deus, João Paulo II foi o Papa da família. Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de ser lembrado: como o Papa da família. Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu.

Que estes dois novos santos Pastores do Povo de Deus intercedam pela Igreja para que, durante estes dois anos de caminho sinodal, seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à família. Que ambos nos ensinem a não nos escandalizarmos das chagas de Cristo, a penetrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama.

Papa Francisco
Praça São Pedro, Vaticano
27 de abril de 2014

Fonte: Boletim da Santa Sé - Foto: Giovanna Crudo/MIPK

Assista ao vídeo da canonização: https://www.youtube.com/watch?v=EKgSnrPdqHU

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Canonização de São Maximiliano Kolbe

1. "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos" (Jo 15, 13).

A partir de hoje a Igreja deseja chamar "Santo" um homem a quem foi concedido realizar de maneira absolutamente literal as referidas palavras do Redentor.

De fato, no final de Julho de 1941, quando por ordem do chefe do campo foram colocados em fila os prisioneiros destinados a morrer de fome, este homem, Maximiliano Maria Kolbe, apresentou-se espontaneamente, declarando-se pronto a morrer em substituição a um deles. Esta disponibilidade foi acolhida, e ao Padre Maximiliano, após mais de duas semanas de tormentos por causa da fome, foi enfim tirada a vida com uma injeção mortal, a 14 de agosto de 1941.

Tudo isto ocorreu no campo de concentração de Auschwitz, onde foram levadas à morte durante a última guerra cerca de quatro milhões de pessoas, entre as quais também a Serva de Deus Edite Stein (a carmelitana Irmã Teresa Benedita da Cruz), cuja causa de Beatificação está em andamento junto da competente Congregação. A desobediência a Deus, Criador da vida, que disse "não matarás", causou nesse lugar o imenso morticínio de tantos inocentes Contemporaneamente, então, a nossa época permaneceu assinalada de maneira tão horrível pelo extermínio do homem inocente.

2. Padre Maximiliano Kolbe, sendo também ele um prisioneiro do campo de concentração, reivindicou, em lugar da morte, o direito à vida de um homem inocente, um dos quatro milhões. Este homem (Franciszek Gajowniczek) vive ainda e está presente entre nós. Padre Kolbe reivindicou em favor dele o direito à vida, ao declarar a disponibilidade de morrer em lugar dele, porque era um pai de família e a sua vida era necessária aos seus entes queridos. Padre Maximiliano Maria Kolbe reafirmou assim o direito exclusivo do Criador à vida do homem inocente e deu testemunho a Cristo e ao amor. Escreve de facto o apóstolo João: "Nisto conhecemos a caridade: Ele (Jesus) deu a Sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos" (1 Jo 3, 16).

Dando a sua vida por um irmão, Padre Maximiliano, que a Igreja já desde 1971 venera como "beato", de modo particular tornou-se semelhante a Cristo.

3. Nós, portanto, que hoje, domingo 10 de Outubro, nos reunimos diante da basílica de São Pedro em Roma, desejamos exprimir o especial valor que aos olhos de Deus tem a morte por martírio do Padre Maximiliano Kolbe: "É preciosa aos olhos do Senhor a morte dos Seus fiéis" (Sl 115/116 15), assim repetimos no salmo responsorial.

Verdadeiramente é preciosa e inestimável! Mediante a morte que Cristo sofreu na Cruz completou-se a redenção do mundo pois esta morte tem o valor do amor supremo. Mediante a morte, sofrida pelo Padre Maximiliano Kolbe, um límpido sinal deste amor foi renovado no nosso século, que em grau tão elevado e de múltiplos modos é ameaçado pelo pecado e pela morte.
 
Eis que, nesta solene liturgia da canonização, parece apresentar-se entre nós aquele "mártir do amor" de Oswiecim (como o chamou Paulo VI) e dizer: "eu sou Vosso servo, Senhor, sou Vosso servo nascido da Vossa serva, a quem quebrastes as cadeiras" (Sl 115/116, 16).
 
E, quase recolhendo num só o sacrifício de toda a sua vida, ele, sacerdote e filho espiritual de São Francisco, parece dizer: "Que darei eu ao Senhor por todos os Seus benefícios? 

Elevarei o cálice da salvação invocando o nome do Senhor" (Sl 115/116, 12 s.).

São, estas, palavras de gratidão. A morte sofrida por amor, em lugar do irmão, é um ato heróico do homem mediante o qual, juntamente com o novo Santo, glorificamos a Deus. D'Ele de facto provém a Graça de tal heroísmo, deste martírio.

4. Glorificamos portanto, hoje, a grande obra de Deus no homem. Diante de todos nós, aqui reunidos, Padre Maximiliano Kolbe eleva o seu "cálice da salvação", no qual está contido o sacrifício de toda a sua vida, ratificada com a morte de mártir "por um irmão".

Para este definitivo sacrifício, Maximiliano preparou-se seguindo a Cristo desde os primeiros anos da sua vida na Polônia. Daqueles anos provém o misterioso sonho de duas cordas: uma branca e outra vermelha, entre as quais o nosso santo não escolhe, mas aceita as duas. Desde os anos da juventude, de facto, permeava-o um grande amor por Cristo e o desejo do martírio.

Este amor e este martírio acompanharam-no na vocação franciscana e sacerdotal, para a qual se preparava tanto na Polônia como em Roma. Este amor e este desejo seguiram-no através de todos os lugares do serviço sacerdotal e franciscano na Polônia, e também do serviço missionário no Japão.

5. A inspiração de toda a sua vida foi a Imaculada, à qual confiava o seu amor por Cristo e o seu desejo de martírio. No mistério da Imaculada Conceição manifestava-se diante dos olhos da sua alma aquele mundo maravilhoso e sobrenatural da Graça de Deus oferecida ao homem. A fé e as obras de toda a vida do Padre Maximiliano indicam que ele entendia a sua colaboração com a Graça divina como uma milícia sob o sinal da Imaculada Conceição. A característica mariana é particularmente expressiva na vida e na santidade do Padre Kolbe. Com esta característica foi marcado também todo o seu apostolado, tanto na Pátria como nas missões. Na Polónia e no Japão foram centro deste apostolado as especiais cidades da Imaculada ("Niepokalanów" polaco, "Mugenzai no Sono" japonês).

6. Que aconteceu no Bunker da fome no campo de concentração em Oswiecim (Auschwitz), a 14 de Agosto de 1941?

A isto responde a presente liturgia: "Deus provou" Maximiliano Maria "e achou-o digno de Si" (cf. Sab 3, 5). Provou-o "como ouro na fornalha e aceitou-o como holocausto" (cf. Sab 3, 6).

Embora "aos olhos dos homens tenha sido atormentado", todavia "a sua esperança está cheia de imortalidade", pois "as almas dos justos estão na mão de Deus e nenhum tormento as tocará". E quando, humanamente falando, lhes chegam o tormento e a morte, quando "aparentemente estão mortos aos olhos dos insensatos...", quando "a sua saída deste mundo é considerada uma desgraça...", "eles estão em paz": eles experimentam a vida e a glória "na mão de Deus" (cf. Sab 3, 1-4).

Tal vida é fruto da morte à semelhança da morte de Cristo. A glória é a participação na Sua ressurreição.

Que aconteceu, então, no Bunker da fome, no dia 14 de Agosto de 1941?

Cumpriram-se as palavras dirigidas por Cristo aos Apóstolos para que "fossem e dessem fruto e o seu fruto permanecesse" (cf. Jo 15, 16).

De modo admirável perdura na Igreja e no mundo o fruto da morte heróica de Maximiliano Kolbe!

7. Para quanto ocorreu no campo de "Auschwitz" olhavam os homens. E embora aos olhos deles devesse parecer que "tivesse morrido" um companheiro de tormento, e de maneira humana pudessem considerar "a sua saída" como "uma desgraça", todavia na consciência deles esta não era simplesmente "a morte".

Maximiliano não morreu, mas "deu a vida... pelo irmão".

Manifestava-se nesta morte, terrível sob o ponto de vista humano, toda a definitiva grandeza do ato humano e da escolha humana: ele, por amor, ofereceu-se espontaneamente à morte.

E nesta sua morte humana manifestava-se o transparente testemunho dado a Cristo: o testemunho dado em Cristo à dignidade do homem, à santidade da sua vida e à força salvífica da morte, na qual se manifesta o poder do amor.
 
Precisamente por isto a morte de Maximiliano Kolbe se tornou um sinal de vitória. Foi esta a vitória alcançada sobre o inteiro sistema do desprezo e do ódio para com o homem e o que é divino no homem, vitória semelhante àquela obtida por Nosso Senhor Jesus Cristo no Calvário.

"Vós sereis Meus amigos se fizerdes o que Eu vos mando" (Jo 15,14).

8. A Igreja aceita este sinal de vitória, obtida mediante a força da Redenção de Cristo, com veneração e gratidão. Procura decifrar a sua eloquência com toda a humildade e amor.

Como sempre, quando proclama a santidade dos seus filhos e das suas filhas, assim também neste caso, ela procura agir com toda a precisão e a responsabilidade devidas, penetrando em todos os aspectos da vida e da morte do Servo de Deus.

Todavia a Igreja deve, ao mesmo tempo, estar atenta, entendendo o sinal da santidade dado por Deus no seu Servo terreno, para não deixar perderem-se a sua plena eloquência e o seu significado definitivo.

E por isso, ao julgar a causa do Beato Maximiliano Kolbe tiveram de ser tomadas em consideração — já depois da beatificação — as inúmeras vozes do Povo de Deus, e sobretudo dos nossos Irmãos no episcopado, tanto da Polônia como também da Alemanha, que pediam fosse Maximiliano Kolbe proclamado santo como mártir.

Diante da eloquência da vida e da morte do Beato Maximiliano, não se pode não reconhecer o que parece constituir o principal e essencial conteúdo do sinal dado por Deus à Igreja e ao mundo na sua morte.

Não constitui esta morte enfrentada espontaneamente, por amor ao homem, um particular cumprimento das palavras de Cristo?

Não torna ela Maximiliano particularmente semelhante a Cristo, Modelo de todos os Mártires, que na Cruz dá a própria vida pelos irmãos?

Não possui precisamente tal morte uma especial e penetrante eloquência para a nossa época?

Não constitui ela um testemunho particularmente autêntico da Igreja no mundo contemporâneo?

9. E por isso, em virtude da minha autoridade apostólica decretei que Maximiliano Maria Kolbe, venerado que era como Confessor a partir da Beatificação, fosse de agora em diante venerado também como Mártir!

"É preciosa aos olhos do Senhor a morte dos Seus fiéis!".

Amém.

Papa João Paulo II
10 de Outubro de 1982

terça-feira, 22 de abril de 2014

Pobres servos do Senhor estamos a serviço dos pobres

"Para que os nossos corações e o nosso olhar sejam sempre límpidos e simples para acolher a presença do Ressuscitado em cada circunstância da nossa história." (Intenções de abril)

Sentir Jesus vivo: é uma maravilha que se realiza através da constante oração. Dar do “tu” ao Senhor é possível se nos alimentamos da comunhão e da intimidade com Ele. Segundo São Maximiliano M. Kolbe, de fato, “a oração é a expressão de uma alma bela. O corpo humano teve origem do pó e depois da morte se transformará em pó. Também todas as atividades humanas são dirigidas à mãe-terra. Somente na oração o homem eleva o coração ao Paraíso e entra em diálogo com o Criador do universo, com a Causa Primeira de tudo, com Deus” (SK 1208). Rezar, segundo o mártir franciscano, significa elevar-se até o Criador, dirigir-se a Deus acima de qualquer atração terrena, acima de cada obstáculo do mundo, além de cada barreira que se impõe entre o homem e o seu Senhor. A oração é o colóquio com Deus, uma conversa com Ele, Criador do universo. Trata-se de um diálogo verdadeiro e pessoal em que o Altíssimo fala ao homem e este responde. A oração é falar com Deus de modo direto, habitual, perseverante. Para São Maximiliano, a oração é o contínuo fluir do diálogo entre o homem e Deus-Trindade, um encontro amoroso e incessante, no qual a criatura pode adorar, honrar, bendizer e glorificar o próprio Criador, e está disponível a escutar-lhe a voz e a vontade. Em cada instante, o fiel pode abrir o seu ânimo ao Altíssimo e exprimir-lhe amor e gratidão e, ao mesmo tempo, receber a ajuda necessária para o próprio caminho espiritual. Este diálogo contínuo é o caminho para acolher constantemente no próprio coração a presença do Ressucitado. A oração nos oferece, então, a oportunidade de fazer uma experiência do Ressuscitado, de percebê-lo na própria existência e em cada evento da vida. É o grande ensinamento de Maximiliano, que vive na presença do Redentor, experimentando a alegria profunda de uma comunhão com Ele.

O santo tem na Santa Missa o privilégio de estar com  Cristo vivo na glória. Não é por acaso que ele atribui à Eucaristia um valor central, seja pelo próprio percurso pessoal de conversão como pelo desenvolvimento das obras que nasceram da sua adesão à vontade de Deus. Quando em 1927 funda a Cidade da Imaculada na Polônia, o primeiro edifício a ser construído foi uma igrejinha de madeira, onde, desde o momento da sua consagração, os frades celebram o Sacrifício. No dia a dia, Maximiliano se nutre da inesgotável fonte de graça que é a Eucaristia: cada dia na celebração e na adoração acontece o diálogo vital e constante com o Ressuscitado, que se transforma em comunhão sólida e indissolúvel. Quando está ao lado do altar, vive uma experiência de ressurreição e de profunda introdução no mistério pascal.

Existe uma grande ligação entre o amor e o zelo com que vive a celebração da Missa e o martírio: Kolbe, imergindo-se dia após dia no mistério de Jesus que se doa para a humanidade, que se torna pão repartido para todos os homens, aprende a transformar a sua vida em uma contínua oferta a Deus e em favor dos irmãos. Entre a Eucaristia e Auschwitz há uma indissolúvel ligação, enquanto é da kenosi do Senhor que o franciscano polonês aprende o caminho do martírio. Sobre o altar está na escola do Crucificado, que representa para ele um modelo de primeira grandeza ao qual conformar-se, em perfeito acordo com o que o Pobrezinho de Assis ensina.

A Imaculada está presente neste encontro entre o santo e o Ressuscitado, por ser medianeira e mãe. A intercessão, o exemplo e a proteção de Maria são fundamentais, dado que Ela leva o santo a experimentar a presença do Senhor no momento em que celebra a Missa diária. De fato, segundo o franciscano polonês: “Não tem melhor preparação para a Santa Comunhão que oferecê-la toda à Imaculada [....]. Ela preparará o nosso coração da melhor maneira e podemos estar certos de procurar em Jesus a alegria maior, de manifestar-lhe o maior amor.” (SK 643).

E ainda ele exortava que “depois da Santa Comunhão, rezemos novamente à Imaculada, para que Ela mesma queira acolher Jesus na nossa alma e fazê-lo feliz como ninguém conseguiu até agora” (SK 1234). E tudo é cumprido com a ajuda da Imaculada, cuja presença amorosa garante uma participação fervorosa e frutuosa na Missa, onde o fiel é chamado a render a máxima glória ao Senhor. O amor pela Imaculada tem também uma função eucarística, visto que, aproximando-se dela, graças ao seu exemplo e à sua intercessão, o fiel pode viver com maior zelo o mistério da presença real do Salvador no Sacramento e, portanto, com maior liberdade, convicção e concentração, nutrir-se do banquete da Eucaristia. O exemplo de Maximiliano nos convida a valorizar, ao máximo, o momento em que participamos da Santa Missa: É o lugar do nosso encontro com o Ressuscitado, é a divina escola onde aprendemos a entrar em uma dinâmica pascal, em um percurso exodal que nos conduz, com o apoio delicado e eficaz da Imaculada, à vida eterna.

Para Reflexão

- A minha oração me permite fazer experiência constante do Cristo Ressuscitado?
- A minha oração é um encontro com o Senhor, uma experiência de que Ele está vivo e presente no meu caminho?
- A minha oração vai além do ritualismo quando me coloco em comunhão com o Ressuscitado?
- Maria é a mulher que experimenta na glória a realidade da ressurreição: Ela me recorda que também eu sou projetado para a glória eterna?

Fonte: Milícia da Imaculada Internacional

A união entre dois santos: a cela do amor sempre aberta

Papa João Paulo II e Maximiliano Kolbe
Bombas, aviões, gritos, desespero, lágrimas, pessoas que caminham sem rumo e sem direção pelas estradas da cidade, escondendo-se dos soldados para não se tornarem prisioneiros. Nossa história começa na Polônia, durante a segunda guerra mundial.


Maximiliano Kolbe e Papa João Paulo II viveram tudo isso, guardaram em suas memórias tantas imagens de horror e de ódio, de sofrimento e de dor, de um tempo difícil na sociedade do século XX. Mas em seus corações e mentes sabiam que o amor é maior que tudo e que vence o mal.

Estes dois filhos da Polônia, em tempos diferentes, estiveram no mesmo lugar: no bunker da fome. Padre Kolbe, franciscano menor conventual, viveu ali por quinze dias. Papa João Paulo II, conhecido pelos amigos e familiares como Karol Wojtyla, entrou na cela somente por alguns momentos, com uma vela e um ramalhetes de flores.

Gestos simples e profundos, em um único lugar, com um único ideal: dar a vida pelo irmão. A cela do amor sempre aberta une a vida desses dois poloneses, que traziam consigo um amor especial por Nossa Senhora, a Virgem que soube ouvir a voz de Deus, silenciar o coração, oferecer a vida e testemunhar a sua fé.

Durante os ataques, João Paulo II acompanhou o extermínio de tantas pessoas. Ele ainda não era sacerdote, era aluno da universidade e tinha sonhos de se tornar um ator. Mas seus olhos foram atraídos por um amor ainda maior, na dor e no sofrimento humano, descobre a riqueza de Deus, e que o amor é maior do que a morte.

"Só o amor constrói", destaca Padre Kolbe, diante da tragédia causada pelo pecado. A morte não vence o amor, pelo contrário, com Cristo, as cruzes se tornam caminho para a vitória. De seu convento anunciava a boa-nova por meio da imprensa, mas que no tempo de guerra, não teve medo de abrir as portas e acolher os doentes e refugiados.

Da mesma forma, no campo de concentração de Auschwitz, Maximiliano Kolbe segue os passos do mestre e decidi sair da fila e diz: "Quero dar a vida no lugar daquele homem". "Mas quem é você?", pergunta o comandante. "Um sacerdote católico". A troca é aceita e feita imediatamente, e Maximiliano desce os degraus do bunker da fome, nu, com mais nove prisioneiros.

Karol Woytila é ciente de toda essa história, é um polonês, que teve que fugir para não ser pego pela Gestapo ou assassinado pelos soldados da SS. Perde amigos e parentes, mas em seu coração, na maior dor que poderia sentir, descobre a sua vocação: ser sacerdote católico.

O sim de Padre Kolbe é total e ilimitado, principalmente no bunker da fome. Transforma aquele lugar de sofrimento e dores, em um lugar de paz. Como nos conta o prisioneiro-intérprete Bruno Burgowiec:

"Devido ao silêncio e à acústica, a voz de Padre Kolbe rezando espalhava-se pelas outras celas, onde podia ser ouvida bem. Esses outros prisioneiros juntaram-se a ele na oração. A partir de então, todos os dias, da cela onde se encontravam aquelas pobres almas e das celas vizinhas, vinha o som da recitação de orações, do terço e de hinos. Padre Kolbe começava e os outros respondiam em grupo. Quando essas orações e hinos fervorosos ressoavam em todos os cantos do bunker, eu tinha a impressão de estar em uma igreja." (TREECE, 1996, p.255)

No meio daquela escuridão, Maximiliano Kolbe resplandece a luz de Cristo, semeia o amor onde havia ódio, espalha união no lugar da discórdia, mostra a verdade onde prevalecia a mentira, leva esperança aos desesperados, ensina como ser alegre nos lugares onde só a tristeza reinava.

No auge de seu apostolado, Padre Kolbe chega escrever: "Viver, trabalhar, sofrer, e se preciso for, morrer." E assim aconteceu com o "mártir da caridade", no final dos quinze dias no bunker da fome, os soldados da SS injetam ácido fênico em um de seus braços. Era 14 de agosto de 1941.

"Quando viam a porta da cela aberta, os prisioneiros infelizes, chorando, imploravam um pedaço de pão e um pouco d’água, que nunca conseguiram. [...] Padre Kolbe nunca pedia nada nem se queixava. Olhava direta e atentamente nos olhos dos que entravam na cela. [...] Os homens da SS não conseguiam enfrentar seu olhar e costumavam esbravejar: 'Olhe para o chão e não para nós'. [...] À medida que os prisioneiros ficavam mais fracos, as orações continuavam, só que em sussurros. Mesmo quando, durante a inspeção, os outros estavam sempre deitados no cimento, Padre Kolbe ainda estava de pé ou ajoelhado com a fisionomia serena. Dessa maneira, passaram-se duas semanas. Os prisioneiros iam morrendo, um após outro e, a essa altura, só restavam quatro, entre eles Padre Kolbe, que ainda estava consciente. Os homens da SS decidiram que as coisas estavam demorando muito... Um dia chamaram do hospital o criminoso alemão Bock, para dar injeções de ácido fênico nos prisioneiros. [...] Vi Padre Kolbe, rezando, estender ele mesmo o braço ao assassino. Não aguentei. Com a desculpa de ter trabalho a fazer, saí. Mas assim que os SS e o algoz foram embora, voltei. Os outros cadáveres nus, enegrecidos, estavam no chão, seus rostos mostrando os sinais de sofrimento. Padre Kolbe estava sentado, ereto, encostado à parede. Seu corpo não estava sujo como os outros; estava limpo e resplandecente. A cabeça estava um pouco inclinada para um lado. Tinha os olhos abertos. Sereno e puro, seu rosto parecia radiante. Qualquer um teria notado e pensado que ali estava um santo." (TREECE, 1996, p.257-258)

Em 1982, no dia de 10 de outubro, Papa João Paulo II, declara o mártir de Auschwitz um santo da Igreja: "(...) sendo também ele um prisioneiro do campo de concentração, reivindicou, no 'lugar da morte', o direito à vida de um homem inocente, um dos quatro milhões. (...) reafirmou assim o direito exclusivo do Criador à vida do homem inocente e deu testemunho a Cristo e ao amor."

"Maximiliano não morreu... deu a vida", exclama Papa João Paulo II, quase no final de sua mensagem sobre o mártir da caridade. Agora do céu, o Santo de Auschwitz pode festejar a canonização de um outro polonês: Papa João Paulo II, que se tornará santo no dia 27 de abril, festa da Misericórdia, pelas mãos de Papa Francisco. Junto com ele, o Sumo Pontífice eleva também aos altares o Papa João XXIII.

Assim, a história destes dois grandes homens e santos estará unida eternamente por uma cela de amor, que se mantém sempre aberta. Precisamos anunciar ao mundo que "só o amor constrói", participe e divulgue o projeto "A Cela de Amor Sempre Aberta" idealizado pelas Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe, na Polônia: http://www.kolbemission.org/flex/cm/pages/ServeBLOB.php/L/IT/IDPagina/6956

Salve Maria Imaculada e viva os novos santos de Deus!

Lourdes Crespan
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe
São Bernardo - SP


Fonte: FACCENDA, Luigi M. Era Mariana. Quarta edizione. Bologna. Edizioni dell'Immacolata, 1995. / TREECE, Patrícia. Maximiliano Kolbe: o Santo de Auschwitz. Tradução Barbara Theoto Lambert. Santo André. Edições da Imaculada, 1998.

Experiência missionária na Bolívia

Missionária Alejandra, novo membro da comunidade de Campo Grande - MS
"Sim" é a primeira palavra que vem na minha cabeça, quando penso na missão nestes cinco anos.

"Sim" ao amor e ao chamado de Deus, que mais uma vez me pede para deixar minha terra, minhas coisas e segui-lo na vida junto com os irmãos bolivianos. Descobrindo e amando uma cultura diferente da minha e daquela que conheci ao longo da mina vida consagrada.

"Sim" a uma experiência que me permitiu por em prática as palavras do querido e amado Papa João Paulo II, quando nos dizia: “novos métodos, novas expressões” para comunicar e anunciar o Evangelho, para partilhar e divulgar o nosso carisma mariano e missionário.

Nestes anos de missão, tive a oportunidade e aprendi muito com o serviço pastoral na paróquia, na qual está inserida a nossa comunidade, neste espaço, percebi a diversidade de dons e carismas, que me fizeram sair de mim mesma e, ao mesmo tempo, enriquecer-me com a vida dos irmãos com os quais tive a oportunidade de partilhar.

Nesta experiência de vida e de missão pude tocar com a mão a pobreza material e espiritual de tantas pessoas, colocando em prática a co-responsabilidade que deve animar a nossa vida e que dá movimento a nossa caminhada, percebi isto, ao colaborar indiretamente com as crianças do Projeto Adoção à Distância, do nosso Instituto, suas risadas, seus medos, suas alegrias, suas bagunças, me fizeram amá-las e pensar no futuro delas com dor, mais na certeza e confiança das pessoas, dos padrinhos, que na generosidade deles, tornam possível uma vida mais bonita para elas. 

A fortaleza , a alegria e o exemplo de Nossa Senhora, têm me ajudado muito nos momentos difíceis da mina experiência missionária e na entrega renovada de cada dia aos pés do altar; é isto que me dá confiança, me ensina a viver a minha entrega ao Senhor e dizer "sim", sem medo.

Outra palavra que tem me acompanhado muito neste tempo é "obrigada", primeiramente ao Deus da vida, pelo seu infinito amor para comigo;
obrigada porque no seu imenso amor olhou para mim e me escolheu;
obrigada pela sua fidelidade que sustenta mina fidelidade;
obrigada a todas as pessoas que neste tempo de caminhada em terra boliviana, tem caminhado ao meu lado, aos sacerdotes, às irmãs, aos laicos, aos jovens, que com sua oração e exemplo, têm partilhado suas vidas e assim tenho crescido e amadurecido na minha vida, como pessoa e como consagrada;
obrigada ao Instituto por confiar mais uma vez em mim.

Peço ao Senhor e a Imaculada, força, disponibilidade e muita generosidade nesta nova etapa da mina vida. Obrigada.

Alejandra Camila Moreno
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe
Campo Grande - MS


Assista também ao vídeo:https://www.youtube.com/watch?v=pvp9S0ybkn4

sábado, 19 de abril de 2014

Comentário do Evangelho segundo São João 20, 1-9

A alegria do Ressuscitado gera fé!

"No primeiro dia que se seguia ao sábado, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda estava escuro. Viu a pedra removida do sepulcro. Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram! Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro. Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou. Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão. Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu. Em verdade, ainda não haviam entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dentre os mortos." (João 20, 1-9)

Depois de 40 dias nos preparando para o grande evento da Páscoa, hoje, podemos gritar bem forte que Cristo Ressuscitou! Aleluia! Aleluia tão esperado, cheio de esperança! Não sei se vocês estavam ansiosos para cantar logo o Aleluia, mas eu sim, e o meu coração pulou de alegria ao escutá-lo ontem, na grande Vigília Pascal. Escutando as pessoas que cantavam na missa, com um entusiasmo o Aleluia, era impossível não se alegrar e não se emocionar. De verdade, o nosso Senhor ressuscitou! Quem não se alegra com essa alegria de que o Ressuscitado está agora no meio de nós?! No meio de nós como Luz nova que vem iluminar todas as nações que estão nas trevas. Na Vigília Pascal, que começa no escuro, logo vê uma grande luz que ilumina tudo e todos. Jesus é essa Luz e nos convida para participarmos dela! É lindo ver nesse evangelho de João que os discípulos vão até o túmulo de Jesus e o encontra vazio. Jesus já não está mais no túmulo. Ele ressuscitou! Ele é a Luz do novo dia!

Segundo o biblista José Bortolini: “Aqui no capítulo 20 de João como vimos à cima, inicia com o túmulo vazio e termina com os livros cheios de sinais. É interessante que Pedro vai até o túmulo vazio e não crê, apesar do testemunho da comunidade. Também Tomé não crê, a tal ponto exigir uma prova da ressurreição. Quem crê é o discípulo amado que vê o túmulo vazio e acredita. Maria Madalena também ao escutar a palavra de Jesus crê nele. Por isso o capítulo 20 pode ser considerado uma catequese sobre a ressurreição de Jesus”. É mesmo uma catequese! Tanto é que, vemos Maria Madalena ir ao sepulcro de madrugada para “ver” o Senhor. É interessante que ela vai de madrugada (nasce um novo dia), mas para ela ainda é trevas.  As trevas representam o “mundo”, a negação da vida, que não aderiu a Jesus.

Maria Madalena é figura simbólica da comunidade sem perspectiva de fé.  Por isso, vai ao sepulcro vazio e não vê mais o seu Senhor. Enquanto sabe que o Senhor não está ali vai correndo ao encontro dos discípulos.  Ao encontra-los, fala do “roubo do corpo”. Os dois discípulos saem correndo. O discípulo amado chega primeiro. Pedro entra, porém não acredita e o discípulo amado não entra e acredita.

Nós vemos esse discípulo que amava muito o Senhor, ele corre rápido porque ama. Também Maria Madalena era aquela que também amava muito, tanto é que no evangelho de João20 1-9, Jesus aparece para uma mulher, a primeira que descobre o sinal do Ressuscitador. Mulher sensível, cheia de afeto, de ternura. Maria era aquela do cântico dos cânticos: Encontrei o amor de minha vida: agarrei-me a ele e não soltarei. Levanta-te, minha amiga, minha formosa, e vem. (Cânticos dos Cânticos 2,10) Vivamos agora com grande alegria porque sabemos que o Senhor Ressuscitou!!!! Aleluia! Que a alegria tome conta dos nossos corações! Feliz Páscoa! E que sejamos testemunhas do Ressuscitado na nossa vida!

Maria do Socorro Domingos Ferreira
Missionária da Imaculada Padre Kolbe


Fonte:
BORTOLINI, José. Roteiros Homiléticos Anos A,B,C. Festas e Solenidades Domenicais. São Paulo: Paulus, 2008. / Como ler o Evangelho de João. Caminho da Vida. São Paulo: Paulus, 1994.

Tríduo Pascal: Recolher os frutos da travessia! (Domingo de páscoa)

O canto de louvor é a oração que brota da nossa travessia! Entramos na quaresma de um jeito e estamos saindo de outro jeito. Saindo diferentes! ... porque deixamos Cristo nos tocar, mover e converter! Por isso, junto com a Virgem Maria, cantamos o nosso 'magnificat' ao Senhor pelas maravilhas, pelas luzes, pela libertação, pela força e por tantas bênçãos e dons que Ele concedeu a cada um de nós nestetempo. Recolhamos com sabedoria os frutos dessa travessia... construindo um sentido diferente para as nossas vidas!

Passos para a oração...


1. Invocação ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora. Um coração desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus, para amar a todos, servir a todos, sofrer por todos. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir com humildade e fidelidade à vontade divina. Amém.

2. Reflexão
"Cristo nos deu a sua própria vida para que pudéssemos ter gosto pela vida. Para que fôssemos o 'celebrante' da vida. Apenas quando se vive de plenitude, quando se enche a vida de significado, de sentido, e não apenas de coisas e de fazeres, se está em condição de cantar, de magnificar o Senhor, como a Virgem." (Padre Faccenda)

3. Oração pessoal

Converso com Deus...

4. Prece a Virgem Maria

Ó Virgem Maria, dai-me um coração disponível como o teu e ajudai-me a escutar a voz de Deus, guardando em meu coração a Sua Palavra e praticando na minha vida a Sua vontade. Amém.

Rosana de Jesus Coelho
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

Para ajudar na meditação:


sexta-feira, 18 de abril de 2014

Tríduo Pascal: Recolher os frutos da travessia! (Sábado santo)

O canto de louvor é a oração que brota da nossa travessia! Entramos na quaresma de um jeito e estamos saindo de outro jeito. Saindo diferentes! ... porque deixamos Cristo nos tocar, mover e converter! Por isso, junto com a Virgem Maria, cantamos o nosso “magnificat” ao Senhor pelas maravilhas, pelas luzes, pela libertação, pela força e por tantas bênçãos e dons que Ele concedeu a cada um de nós nestetempo. Recolhamos com sabedoria os frutos dessa travessia... construindo um sentido diferente para as nossas vidas!

Passos para a oração...

1. Invocação ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora. Um coração desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus, para amar a todos, servir a todos, sofrer por todos. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir com humildade e fidelidade à vontade divina. Amém.

2. Reflexão

"Precisa eliminar com urgência aquele vazio central. E encontrar o Centro para a nossa vida. É magnifico viver." (Padre Faccenda)

3. Oração pessoal

Converso com Deus...

4. Prece a Virgem Maria

Ó Virgem Maria, dai-me um coração disponível como o teu e ajudai-me a escutar a voz de Deus, guardando em meu coração a Sua Palavra e praticando na minha vida a Sua vontade. Amém.

Rosana de Jesus Coelho
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

Para ajudar na meditação:


Tríduo Pascal: Recolher os frutos da travessia! (Sexta-feira santa)

O canto de louvor é a oração que brota da nossa travessia! Entramos na quaresma de um jeito e estamos saindo de outro jeito. Saindo diferentes! ... porque deixamos Cristo nos tocar, mover e converter! Por isso, junto com a Virgem Maria, cantamos o nosso “magnificat” ao Senhor pelas maravilhas, pelas luzes, pela libertação, pela força e por tantas bênçãos e dons que Ele concedeu a cada um de nós nestetempo. Recolhamos com sabedoria os frutos dessa travessia... construindo um sentido diferente para as nossas vidas!

Passos para a oração...

1. Invocação ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora. Um coração desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus, para amar a todos, servir a todos, sofrer por todos. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir com humildade e fidelidade à vontade divina. Amém.

2. Reflexão

"Não basta (como observei atualmente em algumas pessoas) alcançar os anos da vida. É necessário alcançar vida nos anos. Viver portanto de vida. Não viver de vazio." (Padre Faccenda)

3. Oração pessoal

Converso com Deus...

4. Prece a Virgem Maria

Ó Virgem Maria, dai-me um coração disponível como o teu e ajudai-me a escutar a voz de Deus, guardando em meu coração a Sua Palavra e praticando na minha vida a Sua vontade. Amém.

Rosana de Jesus Coelho
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

Para ajudar na meditação:


quinta-feira, 17 de abril de 2014

Tríduo Pascal: Recolher os frutos da travessia! (Quinta-feira santa)

O canto de louvor é a oração que brota da nossa travessia! Entramos na quaresma de um jeito e estamos saindo de outro jeito. Saindo diferentes! ... porque deixamos Cristo nos tocar, mover e converter! Por isso, junto com a Virgem Maria, cantamos o nosso “magnificat” ao Senhor pelas maravilhas, pelas luzes, pela libertação, pela força e por tantas bênçãos e dons que Ele concedeu a cada um de nós neste tempo. Recolhamos com sabedoria os frutos dessa travessia... construindo um sentido diferente para as nossas vidas!

Passos para a oração...


1. Invocação ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora. Um coração desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus, para amar a todos, servir a todos, sofrer por todos. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir com humildade e fidelidade à vontade divina. Amém.

2. Reflexão

"Viver. Não deixar de viver. Mas não basta viver. Precisa saber porque se vive. Não basta olhar o calendário, o relógio. Precisa dar um significado ao dia, a hora, aos minutos." (Padre Faccenda)

3. Oração pessoal

Converso com Deus...

4. Prece a Virgem Maria

Ó Virgem Maria, dai-me um coração disponível como o teu e ajudai-me a escutar a voz de Deus, guardando em meu coração a Sua Palavra e praticando na minha vida a Sua vontade. Amém.

Rosana de Jesus Coelho
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

Para ajudar na meditação:


Tríduo Pascal - 2014

O que é o Tríduo Pascal?

O Tríduo Pascal são os três dias santos em que a Igreja faz memória do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.

Na tarde da Quinta-feira Santa inicia efetivamente o Tríduo Pascal, com a memória da Última Ceia, na qual Jesus instituiu o Memorial da sua Páscoa, dando cumprimento ao rito pascal hebraico. A Quinta-feira Santa, enfim, encerra-se com a Adoração eucarística, na recordação da agonia do Senhor no Horto das Oliveiras.

Na Sexta-feira Santa faremos memória da paixão e da morte do Senhor; adoraremos Cristo Crucificado, participaremos nos seus sofrimentos com a penitência e o jejum.

Na noite do Sábado Santo, celebraremos a solene Vigília Pascal, na qual nos é anunciada a ressurreição de Cristo, a sua vitória definitiva sobre a morte que nos interpela a ser nele homens novos.

Como viver o Tríduo Pascal?


Com certeza, este não será o primeiro Tríduo Pascal que vivemos e nem será o último, mas podemos escolher de fazer desse ano um momento de grande experiência com Deus.

Gostaríamos de usar a palavra “ousar”. Ousar na experiência de viver o Tríduo Pascal....Fazer uma experiência além do que você esteja acostumado. Olhar a cruz com olhos de amor... Passar com Jesus os caminhos que ele passou, desde o lava-pés, a instituição da Eucaristia, seu caminho pelo calvário, suas dores, a chegada da morte, o medo, a coragem, a missão, nossa salvação, até o ápice da Ressurreição.
Talvez não seja fácil, pois mais uma vez requer um sacrifício nosso, em especial quanto ao tempo. Mas te desafiamos a separar uns minutos para você fazer a sua própria experiência com Deus.

Para muitos santos, esses dias do Tríduo Pascal eram quando eles conseguiam uma maior entrega à Deus em seus momentos de oração pessoal, pois a cruz os levava a uma experiência mística com Deus, experiência que suscitava o desejo de viver com Jesus esse sacrifício.

A cruz era uma fonte inesgotável de devoção para Santa Teresinha do Menino Jesus, que aos 13 anos fez uma experiência fantástica com Jesus e nos relata: “Num domingo, ao olhar uma estampa de Nosso Senhor na cruz, senti-me profundamente impressionada com o sangue que caía de uma de suas divinas mãos. Senti grande aflição pensando que esse sangue caía no chão sem que ninguém se apressasse em recolhê-lo. Tomei a resolução de estar sempre, em espírito, ao pé da cruz…” (A 45v)

A cruz deve ser para nós cristãos um sinal de força, coragem, vitória sobre toda e qualquer dificuldade. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3, 16).

“Na expressão "Jesus desceu à mansão dos mortos”, o símbolo confessa que Jesus morreu realmente e que, por sua morte por nós, venceu a morte e o diabo, “o dominador da morte” (Hb 2, 14). O Cristo morto, em sua alma unida à sua pessoa divina, desceu à Morada dos Mortos. Abriu as portas do Céu aos justos que o haviam precedido.” (Catecismo da Igreja Católica - 636, 637).

A morte de Jesus na cruz foi a nossa salvação, pois Cristo desceu aos infernos para remir nossos pecados e salvar a todos: os que o precederam, os que estavam vivos naquele momento e todos os que vieram depois Dele, como nós.

Mas Ele não parou aí, Ele foi além... Ele venceu a morte. Por isso, no Sábado Santo, ficamos à espera do Senhor que nos dará a Vida Eterna.

Convidamos você fazer essa espera, junto com Maria, aquela que é modelo de Fé e esperança.
Se voltarmos às mulheres do Evangelho, podemos ver mais um ponto: Elas encontram o túmulo vazio, o corpo de Jesus não está lá…E eis que aparecem dois homens em trajes resplandecentes, dizendo: “Porque buscais o Vivente entre os mortos? Não está aqui; ressuscitou!” (Lc 24, 5-6).

“Jesus não é um morto, ressuscitou, é o Vivente! Não regressou simplesmente à vida, mas é a própria vida, porque é o Filho de Deus, que é o Vivente (cf. Nm 14, 21-28; Dt 5, 26, Js 3, 10). Jesus já não está no passado, mas vive no presente e lança-Se para o futuro; Jesus é o 'hoje' eterno de Deus. Assim se apresenta a novidade de Deus diante dos olhos das mulheres, dos discípulos, de todos nós: a vitória sobre o pecado, sobre o mal, sobre a morte, sobre tudo o que oprime a vida e lhe dá um rosto menos humano. E isto é uma mensagem dirigida a mim, a ti, amada irmã, a ti amado irmão. Quantas vezes precisamos que o Amor nos diga: Porque buscais o Vivente entre os mortos? Os problemas, as preocupações de todos os dias tendem a fechar-nos em nós mesmos, na tristeza, na amargura… e aí está a morte. Não procuremos aí o Vivente! Aceita então que Jesus Ressuscitado entre na tua vida, acolhe-O como amigo, com confiança: Ele é a vida! Se até agora estiveste longe d’Ele, basta que faças um pequeno passo e Ele te acolherá de braços abertos. Se és indiferente, aceita arriscar: não ficarás desiludido. Se te parece difícil segui-Lo, não tenhas medo, entrega-te a Ele, podes estar seguro de que Ele está perto de ti, está contigo e dar-te-á a paz que procuras e a força para viver como Ele quer.” (Homilia do Santo Padre Francisco - Sábado Santo, 30/03/13)

Impulsionados pelas palavras de Padre Faccenda: “Quanto mais é o amor, mais é a doação. Quem ama completamente, se doa completamente.”, permitamos que esses dias de Tríduo Pascal e a Ressurreição de Jesus mudem nossas vidas, mudem nossa expressão de amor para Deus e para nosso próximo e que isso gere frutos de generosidade, bondade e misericórdia em nossos corações. Pois, assim como diz São Paulo aos Coríntios: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.” Mas Ele ressuscitou! Aleluia!

Boa Semana Santa! e Feliz Páscoa!

Diana Darré e Evandro de Oliveira
Voluntários da Imaculada-Padre Kolbe

Fontes:

http://www.carmelitas.org.br/site/a-cruz-em-santa-teresinha-do-menino-jesus/
http://www.vatican.va/holy_father/francesco/homilies/2013/documents/papa-francesco_20130330_veglia-pasquale_po.html

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Semana santa com Padre Faccenda (Quinta-feira)

Passos para a oração...

 1. Invocação ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora. Um coração desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus, para amar a todos, servir a todos, sofrer por todos. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir com humildade e fidelidade à vontade divina. Amém.



2. Reflexão

"Perdoar e compartilhar." (Padre Faccenda)

3. Oração pessoal

Converso com Deus...

4. Prece a Virgem Maria

Ó Virgem Maria, dai-me um coração disponível como o teu e ajudai-me a escutar a voz de Deus, guardando em meu coração a Sua Palavra e praticando na minha vida a Sua vontade. Amém.

Rosana de Jesus Coelho
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

Para ajudar na meditação:


terça-feira, 15 de abril de 2014

Semana santa com Padre Faccenda (Quarta-feira)

Passos para a oração...

1. Invocação ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora. Um coração desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus, para amar a todos, servir a todos, sofrer por todos. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir com humildade e fidelidade à vontade divina. Amém.

2. Reflexão

"Tudo o que temos e somos recebemos de Deus." (Padre Faccenda)

3. Oração pessoal

Converso com Deus...

4. Prece a Virgem Maria

Ó Virgem Maria, dai-me um coração disponível como o teu e ajudai-me a escutar a voz de Deus, guardando em meu coração a Sua Palavra e praticando na minha vida a Sua vontade. Amém.

Rosana de Jesus Coelho
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

Para ajudar na meditação:


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Hino às Sete Dores da Santíssima Virgem

Bendita sejais, Senhora das Dores,
Ouvi nossos rogos, Mãe dos pecadores.

Ó mãe dolorosa, que aflita chorais,
Repleta de angústia, Bendita sejais.

A voz de Simeão no templo escutais
Cruéis profecias, Bendita sejais

O Céu manda um Anjo dizer que fujais
Da fúria de Herodes, Bendita sejais

Voltando do Templo, Jesus não achais
Que susto sofrestes, Bendita sejais



Que dor indisível, quando O encontrai
Com a cruz às costas, Bendita sejais

A dor ainda cresce quando contemplais
Jesus expirando, Bendita sejais

No vosso regaço, seu corpo abrigais
Com ele abraçada, Bendita sejais.

Sem filho e tal filho então suportais
Cruel solidão, Bendita sejais.

Que espada pungente, vós experimentais,
Que o peito vos vara, bendita sejais!

A todos que passam tristes perguntais,
Se há dor como a vossa, bendita sejais!

Das lágrimas ternas, que assim derramais,
Nós somos a causa, Bendita sejais.

Que tristes suspiros, então, não lançais,
Que chegam aos céus! Bendita sejais!

Cantora: Maria do Rosário

Fonte: Carlos Adriano Wandembruck



Semana santa com Padre Faccenda (Terça-feira)

Passos para a oração...

1. Invocação ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora. Um coração desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus, para amar a todos, servir a todos, sofrer por todos. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir com humildade e fidelidade à vontade divina. Amém.

2. Reflexão

"Assim como devemos nos tornar adultos no corpo, assim devemos nos tornar adultos na caridade." (Padre Faccenda)

3. Oração pessoal

Converso com Deus...

4. Prece a Virgem Maria

Ó Virgem Maria, dai-me um coração disponível como o teu e ajudai-me a escutar a voz de Deus, guardando em meu coração a Sua Palavra e praticando na minha vida a Sua vontade. Amém.

Rosana de Jesus Coelho
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

Para ajudar na meditação:


domingo, 13 de abril de 2014

Semana santa com Padre Faccenda (Segunda-feira)

Passos para a oração...

1. Invocação ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora. Um coração desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus, para amar a todos, servir a todos, sofrer por todos. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir com humildade e fidelidade à vontade divina. Amém.

2. Reflexão

"Iniciando o rosário em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, você se coloca na presença da Santíssima Trindade." (Padre Faccenda)

3. Oração pessoal

Converso com Deus...

4. Prece a Virgem Maria

Ó Virgem Maria, dai-me um coração disponível como o teu e ajudai-me a escutar a voz de Deus, guardando em meu coração a Sua Palavra e praticando na minha vida a Sua vontade. Amém.

Rosana de Jesus Coelho
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

Para ajudar na meditação:


sábado, 12 de abril de 2014

Comentário do Evangelho Segundo São Mateus 27,11-54 (breve)

Domingo de Ramos

“A mãe Igreja propõe-nos este ano o relato da Paixão segundo São Mateus. Mateus segue o relato fundamental que encontramos em Marcos, de forma mais simples. Mateus no relato tradicional acrescenta vários retoques para torná-los mais compreensível para todos os cristãos e assim envolver-se no dramático acontecimento da prisão, da condenação e da morte do Senhor Jesus.”

E por que Mateus faz isso? Porque ele escreve o seu Evangelho para os judeus que esperavam um Messias triunfador, poderoso e um rei superior a todos os soberanos deste mundo. Assim, ele responde com as profecias do Antigo Testamento que anunciam um Messias que sofreria muito, seria perseguido, humilhado e até morto, como vemos no Servo sofredor de Isaias capítulos 42-53. É esta figura do servo sofredor que nos ajuda a compreender os eventos dramáticos que iremos celebrar nesta semana.

Com o Domingo de Ramos abre-se a semana santa. Uma semana antes da morte de Jesus. Nesta semana Jesus sobe para Jerusalém e antes de morrer é aclamado como Rei. Mas rei de quem e como? Jesus é rei da nossa vida, mas não é um rei com poder, com súditos aos seus pés, servindo-o com uma riqueza esbanjadora, e sim um rei solidário, com um espirito generoso, misericordioso. De rico se faz pobre, nascendo em um estabulo (cf. Lc 2,7), de divino se faz homem (cf. Fil. 2,6-7).

Que rei é esse que renuncia todos os “seus poderes”? Nesta experiência Jesus quer mostrar-nos que não é a riqueza de poderes que nos fazem melhores que os outros. Ao contrário, é servindo os mais pobres, os necessitados, os abandonados e principalmente os excluídos que não tem voz nem vez. O reinado de Jesus é um reino de justiça, paz, amor e onde não existe a violência, como vemos nos escritos dos Padres da Igreja no século II:

“Desarmando Pedro, Jesus tirou as armas das mãos de todos os soldados” – Tertuliano.

“Nós cristãos não empunhamos mais a espada, não aprendemos mais a arte da guerra, porque através de Jesus nos tornamos filhos da paz” – Orígenes.

Esse reinado de Jesus foi uma missão recebida pelo Pai. Deus amou tanto o mundo que enviou o seu Filho Amado (Jo 3, 16) não para morrer numa cruz. Se pensarmos assim vemos um Deus não misericordioso e sim um Deus carrasco. A cruz foi consequência. Consequência de Jesus realizar a vontade do Pai (Jo 3,17; 6,38). Qual é essa vontade? Que todos sejamos salvos e sejamos filhos de Deus. Esta é a vontade de Deus expressa no seu projeto de amor para cada um de nós. Esse projeto de amor no qual somos chamados a participar e também nos sentirmos filhos seus.

Um exemplo muito claro da vontade do Pai é quando Jesus está no horto das Oliveiras e diz: “Pai que não seja a minha vontade mais a sua” (cf. MT 26,42; MC 14, 36; LC 22,42). Jesus é livre em aceitar ou não o projeto de Deus. Jesus aceita e assume com todas as consequências, até morrer na cruz (cf. MT 27,45-50; MC 15,33-39; LC 23,44-46).

O Papa Francisco, em sua mensagem para o Domingo de Ramos nos provoca a nos compadecer com as pessoas que sofrem neste mundo e a não parar no sofrimento, mas ressuscitar com Cristo.

“E é precisamente aqui que refulge o seu ser Rei segundo Deus: o seu trono real é o madeiro da Cruz! Recordemos a eleição do rei David: Deus escolhe não o mais forte, o mais valoroso, mas o último, o mais novo, aquele que ninguém tinha considerado. O que conta não é a força terrena. Diante de Pilatos, Jesus diz: Eu sou Rei; mas a sua força é à força de Deus, que enfrenta o mal do mundo, o pecado que desfigura o rosto do homem. Jesus toma sobre Si o mal, a sujeira, o pecado do mundo, incluindo o nosso pecado, e lava-o; lava-o com o seu sangue, com a misericórdia, com o amor de Deus. Olhemos ao nosso redor… Tantas feridas infligidas pelo mal à humanidade: guerras, violências, conflitos económicos que atingem quem é mais fraco, avidez de dinheiro, de poder, corrupção, divisões, crimes contra a vida humana e contra a criação! E os nossos pecados pessoais: as faltas de amor e respeito para com Deus, com o próximo e com a criação inteira. Na cruz, Jesus sente todo o peso do mal e, com a força do amor de Deus, vence-o, derrota-o, na sua ressureição.”

Peçamos a intercessão a Maria que nos ajude viver a alegria de caminhar com Jesus nesta Semana Santa, de estar com Ele e contemplar com amor os mistérios que irá passar. E que nos ajude a não parar na Cruz e sim na ressurreição de Cristo.

Maria do Socorro Domingos Ferreira
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

Quaresma com Padre Faccenda (Domingo de Ramos)

Passos para a oração...

1. Invocação ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora. Um coração desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus, para amar a todos, servir a todos, sofrer por todos. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir com humildade e fidelidade à vontade divina. Amém.

2. Reflexão

"O rosário é uma oração bíblica, trinitária, cristocêntrica, litúrgica, recomendada pela Igreja." (Padre Faccenda)

3. Oração pessoal

Converso com Deus...

4. Prece a Virgem Maria

Ó Virgem Maria, dai-me um coração disponível como o teu e ajudai-me a escutar a voz de Deus, guardando em meu coração a Sua Palavra e praticando na minha vida a Sua vontade. Amém.

Rosana de Jesus Coelho
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

Para ajudar na meditação:


sexta-feira, 11 de abril de 2014

Quaresma com Padre Faccenda (Sábado da quinta semana)

Passos para a oração...

1. Invocação ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora. Um coração desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus, para amar a todos, servir a todos, sofrer por todos. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir com humildade e fidelidade à vontade divina. Amém.

2. Reflexão

"Recitar o rosário é um ato de fé em Deus e em Maria." (Padre Faccenda)

3. Oração pessoal

Converso com Deus...

4. Prece a Virgem Maria

Ó Virgem Maria, dai-me um coração disponível como o teu e ajudai-me a escutar a voz de Deus, guardando em meu coração a Sua Palavra e praticando na minha vida a Sua vontade. Amém.

Rosana de Jesus Coelho
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

Para ajudar na meditação:


quinta-feira, 10 de abril de 2014

Quaresma com Padre Paccenda (Sexta-feira da quinta semana)

Passos para a oração...

1. Invocação ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora. Um coração desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus, para amar a todos, servir a todos, sofrer por todos. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir com humildade e fidelidade à vontade divina. Amém.

2. Reflexão

"Através da oração doamos vida aos outros, assim como doamos sangue." (Padre Faccenda)


3. Oração pessoal

Converso com Deus...

4. Prece a Virgem Maria

Ó Virgem Maria, dai-me um coração disponível como o teu e ajudai-me a escutar a voz de Deus, guardando em meu coração a Sua Palavra e praticando na minha vida a Sua vontade. Amém.

Rosana de Jesus Coelho
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

Para ajudar na meditação:


quarta-feira, 9 de abril de 2014

Quaresma com Padre Faccenda (Quinta-feira da quinta semana)


Passos para a oração...

1. Invocação ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora. Um coração desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus, para amar a todos, servir a todos, sofrer por todos. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir com humildade e fidelidade à vontade divina. Amém.

2. Reflexão

"Devemos rezar, louvar e adorar." (Padre Faccenda)

3. Oração pessoal

Converso com Deus...

4. Prece a Virgem Maria

Ó Virgem Maria, dai-me um coração disponível como o teu e ajudai-me a escutar a voz de Deus, guardando em meu coração a Sua Palavra e praticando na minha vida a Sua vontade. Amém.

Rosana de Jesus Coelho
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

Para ajudar na meditação:


terça-feira, 8 de abril de 2014

Quaresma com Padre Faccenda (Quarta-feira da quinta semana)

Passos para a oração...

1. Invocação ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora. Um coração desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus, para amar a todos, servir a todos, sofrer por todos. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir com humildade e fidelidade à vontade divina. Amém.

2. Reflexão

"Na liturgia, o Senhor confia ao seu povo as maravilhas do seu amor." (Padre Faccenda)

3. Oração pessoal

Converso com Deus...

4. Prece a Virgem Maria

Ó Virgem Maria, dai-me um coração disponível como o teu e ajudai-me a escutar a voz de Deus, guardando em meu coração a Sua Palavra e praticando na minha vida a Sua vontade. Amém.

Rosana de Jesus Coelho
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

Para ajudar na meditação:


segunda-feira, 7 de abril de 2014

O mártir e o crucificado: Auschwitz e o Calvário

Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13). São as palavras de Cristo pronunciadas na véspera da sua paixão... Estas palavras foram confirmadas no dia seguinte, seladas com o dom da vida pelos amigos, ou seja, por todos os homens. Um homem, um discípulo de Cristo, um filho de São Francisco realizou em sentido analógico, mas muito autêntico, o mesmo gesto de Cristo quando, no campo de concentração, deu a vida por um outro homem”.
Se portanto é possível – mantendo-se em um nível analógico – instituir um paralelo entre a paixão de Cristo e o sacrifício do mártir franciscano, diremos que Padre Kolbe viveu, em várias etapas, a experiência da paixão.

“A minha alma está triste”
“E, levando consigo Pedro, Tiago e João, começou a apavorar-se e a angustiar-se. E disse-lhes: ‘A minha alma está triste até a morte. Permanecei aqui e vigiai’” (Mc 14,33-34).
Na noite de 16 de fevereiro de 1941, véspera da sua prisão, Padre Kolbe se entretém com um grupo de jovens frades falando sobre a graça do martírio que – afirma – quase certamente lhe seria concedida. De volta à sua cela, como Cristo na véspera da paixão, Padre Kolbe não consegue dormir. Intui, de fato, que “a hora” está para chegar. Às duas da madrugada, acorda um irmão e reza com ele, na sua cela. Às quatro, um outro irmão recebe a sua visita e nota a palidez de seu rosto.

“Amigo, por isso estás aqui”
“Eis que veio Judas, um dos doze acompanhado de grande multidão com espadas e paus, da parte dos chefes e sacerdotes e dos anciãos do povo” (Mt 26,47).
Como Jesus, Maximiliano prevê e preanuncia a sua prisão definitiva: “Disse-me abertamente – conta um confrade – que na metade de fevereiro a Gestapo viria por causa dele. Notei que ele não parecia assustado, mas multiplicou os seus esforços para preparar espiritualmente o convento inteiro para a eventualidade da perseguição.” No dia 17 de fevereiro de 1941, três automóveis escuros vem buscar Padre kolbe, também ele traído, mesmo se por superficialidade, por um ex-membro de Niepokalanów. Antes que o levem embora, dirige-se aos seus frades, demonstrando extraordinária calma e consciência, e se despede com uma exortação: “Não esqueçam o amor”.

“Caçoavam e espancavam-no”
“Prenderam-no e levaram-no... caçoavam de Jesus, espancavam-no e o interrogavam: ‘Faz uma profecia: quem é que te bateu?’... levaram-no para o Sinédrio” (Lc 22,54-56).
Padre Maximiliano, que já conhecia os deságios da prisão em Lamsdorf, Amitz e Ostrzeszow, é conduzido a Varsóvia e preso em Pawiak, cárcere de triagem para os campos de extermínio. O hábito franciscano o expõe a maus-tratos e humilhações de todos os gêneros, todavia a sua paz interior nunca é abalada. Caminha à luz da fé e do abandono em Deus Amor.

“Então eles tomaram a Jesus. E ele saiu, carregando a sua cruz, e chegou ao chamado 'Lugar da Caveira' – em hebraico chamado Gólgota” (Jo 19,17).
No dia 2 de maio de 1941 Padre Kolbe é conduzido a Auschwitz. É a hora do calvário. A cruz é cada vez mais pesada. Um sobrevivente descreve os abusos sofridos por ele. “Aqui ele tem como kapó Krott, o sanguinário”, que o persegue com um ódio indescritível. Deve transportar, correndo, pesadíssimos trocos de árvore e quando cai, vencido pelo peso, chovem os golpes sobre as suas costas dilacerada e reduzida a retalhos. Uma vez o kapó, por puro sadismo, manda o carrasco mais forte dar-lhe cinquenta chicotadas. O padre não se mexeu mais. Krott, achando que ele está morto, deixa-o ali mesmo”.

“Ofereço a vida”
“Eu sou o bom Pastor... Eu dou minha vida pelas minhas ovelhas...Ninguém a tira de mim, mas eu a dou livremente” (Jo 10,14.15.18).
No final de julho um prisioneiro do mesmo bloco que Padre Kolbe consegue fugir. A represália é imediata: dez prisioneiros morrerão no seu lugar, no bunker da fome. Mas entre as filas dos sobreviventes, em um dos prisioneiros amadurece a mais inesperada das decisões. Sai das fileiras, dá alguns passos e, indicando um dos condenados que grita desesperado, diz com tom calmo e decisivo: “gostaria de morrer no lugar daquele homem que tem mulher e filhos, sou um padre católico”. A proposta é aceita. Como Cristo, também Padre Kolbe entra na paixão de livre e espontânea vontade: “Pelo homem, Maximiliano Kolbe morreu, ou melhor, não morreu, mas deu a vida” (João Paulo II).

“Eis o homem!”

“Eis o homem... Eu não encontro culpa nele” (Jo 19,5.6).
Diante da força de coragem do prisioneiro número 16670, o comandante do campo, Fritsch, parece experimentar um momento de incerteza atônita e recua ligeiramente. Dali a pouco também os carcereiros, que assistem a lenta agonia, encontram-se obrigados a manifestar a sua admiração: “Eis um cavalheiro. Um assim, aqui, nós nunca tivemos”.

“Tomaram suas roupas”
“Os soldados, quando crucificaram Jesus, tomaram suas roupas e repartiram em quatro partes, uma para cada soldado e a túnica” (Jo 19,23).
Aos condenados é dada a ordem de despirem-se diante da repartição; entram nus na sua última morada. O Homem da cruz está nu, com os braços escancarados, para que o amor possa melhor difundir-se no mundo. Também Padre Kolbe está nu, na cela da morte, para partilhar até as últimas consequências a sorte dos seus companheiros. O seu corpo será queimado, as suas cinzas espalhadas ao vento para melhor difundir-se em tantos cantos do mundo.

“A si mesmo não pode salvar”
“A outros salvou, a si mesmo não pode salvar!” (Mc 15,31).
Nem mesmo Padre Kolbe salva a si mesmo, mas a um outro, tantos outros porque, não é obrigado, oferece-se espontaneamente. Jesus morre pelo mundo inteiro. Padre Kolbe dá a vida por um só homem. “Vida por vida”. A sua vida é espalhada em libação pelo mundo inteiro porque, como diz um ditado rabínico: “Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro”. Jesus não desceu da cruz. Padre Maximiliano não permaneceu na fila. Nas filas das seguranças humanas. Sai, expõe-se, faz a sua oferta. Não oferece qualquer coisa de si, oferece a vida. A sua vida.

“Pai, perdoa-lhes”
“Perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34).
Padre Kolbe olha com amor os seus algozes, até mesmo no bunker da fome, mas eles não suportam o seu olhar e gritam: “Não nos olhe deste modo!” . Olhar nos olhos compromete. Refletir uma vida de mentira nos olhos bons de Padre Kolbe causa desconforto, por isso gritam com ele: “Olha para o chão”. Olhará também para o chão, mas nada nem ninguém lhe impedirá de responder ao mal com o bem, como Jesus.

“Tenho sede!” (Jo 19,28).
A sede que Deus tem do homem se manifesta de modo poderoso no Gólgota.
A morte dos dez prisioneiros é alucinante, a intensidade do sofrimento os leva à loucura. O pior de tudo é a sede, terrível na escura cela do bunker. Mas é outra sede aquela que os leva a cantar hinos e cânticos religiosos: é sede de Deus.

“Tudo está consumado!” diz o Homem do Calvário.
Consummatuns est” repete o homem de Auschwitz.
A vida de um homem termina. Não fica nada senão o amor.

Jesus morre fora dos muros da cidade. Maximiliano Kolbe morre exilado, fora do convento. Não na paz de um claustro franciscano, mas no horror desumano de um campo de concentração. As dificuldades, as incompreensões, as provas mais duras não o condicionaram na sua oferta. Inflamaram-no cada vez mais no amor de Deus e do próximo, convicto que “a cruz é escola de amor”.

Angela Esposito
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe
Polônia


Todo o dia 14, as Missionárias da Polônia estarão depositando na cela de Padre Kolbe as intenções enviadas para o e-mail: celakolbe@kolbemission.org

Jesus te ama incondicionalmente

Você já deve ter ouvido muitas vezes que Jesus te ama do jeito que você é. Ou talvez seja a primeira vez que você esteja lendo isso. Se você...