domingo, 31 de agosto de 2014

Pedir a santidade - Parte II

Pedir vocações

Existe uma outra realidade que é muito importante e que queremos confiar à intercessão de São Maximiliano: é o pedido pelas vocações.
Sem vocação a Igreja seria como uma árvore sem vida, como um jardim sem flores, como um rio sem água. As vocações são os sinais concretos da vitalidade da igreja.
São Maximiliano foi um mestre na arte de descobrir nos jovens os sinais de uma verdadeira vocação à vida consagrada e foi pai e formador de numerosos jovens que se confiaram a ele com plena disponibilidade.
Ao longo de toda a sua vida e, particularmente, durante os últimos anos, Padre Kolbe foi educador incomparável, mestre de vida espiritual, guia luminoso.
Por onde ele passava semeava a paz, a concórdia, o amor recíproco; dissipava as duvidas, infundia coragem. Por natureza e empenho pessoal era um extraordinário formador. Por isso, nós hoje podemos invocar a sua intercessão no discernimento e nos cuidados com as nossas vocações religiosas.

Pedir o espírito missionário

Existe um terceiro pedido que queremos confiar à intercessão de São Maximiliano que, agora no céu, está trabalhando com  ambas as mãos. A ele peçamos que obtenha para nós genuíno e profundo amor à missão.
Padre Kolbe é certamente a pessoa justa para fazer esse tipo de pedido. Ele, de fato, foi um homem marcado pela paixão de levar todos os homens a Deus.
“Seria necessário não esquecer que sob o sol não existe apenas a Polônia e o Japão, mais que um número ainda maior de corações palpitam além das fronteirais destes países”.
A sua visão do mundo a evangelizar é, ao mesmo tempo, universal e pessoal. E ele não cessa de frisar com essas palavras, que brotam frequentemente: “todo” e “cada um”.
“Existe um universo, mas cada ser que o compõe é um mundo em si. Para todos e também para cada um Cristo versou seu sangue: por todos que se encontram espalhados no mundo, não importa o lugar, sem distinção de raça, de nacionalidade, de língua...e também por aqueles que viverão, não importa em que tempo, até o fim do mundo”.
A paixão pela salvação dos irmãos o conquistou totalmente, tanto que desejava ser considerado como um louco, por causa dessa paixão. Assim, de fato, lemos em uma carta que ele escreveu a um jovem confrade que se preparava para partir a missão no Japão. É interessante ler a conclusão dessa carta: “coragem, caro irmão, vem morrer de fome, de fadiga, de humilhação pela Imaculada”.
Mais uma vez sentimos que, pedindo a intercessão de São Maximiliano para que tenhamos um iluminado ardor missionário, colocamo-nos em boas mãos. Ele, que gastou cada segundo da sua vida no serviço aos irmãos, alcançará para nós esse dom.
Quis apresentar São Maximiliano como um potente intercessor para cada um nós, para toda a igreja e todo o mundo.

Na festa dos 60 anos de seu martírio, a ele queremos confiar de modo especialíssimo três grandes e importantes intenções: Santidade, vocação e impulso missionário.

Padre Faccenda - Fundador do Instituto

sábado, 30 de agosto de 2014

Luzes que brilham

Era noite. Não lembro se de natal ou de ano novo. Uma lembrança é certa: pela primeira vez pensei em dar a vida pelo reino de Deus. Fui com meu pai participar da missa em uma pequena capela num bairro pobre de São Bernardo-SP. Enquanto o sacerdote levantava a hóstia consagrada, as pessoas ajoelhadas adoravam o Senhor dos Senhores, e pela janela se via as luzes dos fogos de artifícios. As pessoas lá de fora paravam para se admirar das cores que enfeitavam o céu, nós, de dentro, silenciávamos os nossos corações fascinados pela beleza do mistério do amor encarnado.

Outra noite brilhante, foi quando fui buscar com meu namorado a sua irmã que retornava da escola. Tínhamos deixado o carro próximo do ponto de ônibus, e fomos esperá-la no meio da multidão. Abraçados, vimos um automóvel parar na rua ao lado. No escuro da noite, crianças começaram a aparecer e se colocavam ao redor do carro. Um casal desce, abre a porta e começa a distribuir os pedaços de pizza. Quanta alegria e que luz emanava daquele gesto. No meu coração um desejo: quero viver assim, fazendo o bem! Sentimentos misturados e uma intuição brilhava dentro do mais profundo do meu ser: talvez o Senhor me chame para uma vida doada para sempre e sem limites, totalmente, sem ninguém ao meu lado, somente Ele.

As noites foram passando e as luzes foram ficando mais fortes e a escuridão foi clareando. Ainda jovem, mas já sem o namorado, rezava o terço todos os sábados com um grupo de amigos, na casa de um casal que tinha oferecido um lugar especial a Nossa Senhora, eles a tinham colocado no jardim daquele lar, dentro de uma pequena gruta. Em uma das noites de oração, ao olhar para as estrelas que brilhavam... vi mais um sinal, uma paz atingiu minha alma e dentro do meu coração a certeza de que Deus realmente me chamava para estar só com Ele.

A luz mais forte que brilhou em mim, foi quando meu ex-namorado, após ter me pedido em casamento, me disse ao retornar de um passeio, que eu era como a luz do candeeiro (cf. Lc 8,16), tinha que brilhar a luz que brilhava em mim. Juntos choramos, na varanda da minha casa, ao perceber que Deus nos havia juntado por um tempo, mas que seu amor era maior do que o nosso amor.

E assim, continuei os meus passos com o meu único amor, Jesus Cristo. Caminhei com Ele, como Maria, guardando e meditando todas as coisas (cf. Lc 2,51). Deste modo, pude perceber e dizer o meu sim definitivo e eterno. Deus é amor, me ama e posso amá-lo, no serviço aos irmãos; o primeiro passo é seguir as luzes que brilham dentro e ao nosso redor.

Lourdes Crespan
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Encontros que transformam a vida

"Raquel, vamos na lenha?", perguntava dona Margarida à sua neta, que respondia: "Vamos, vó!" Juntas percorriam uma trilha de terra por quase meia hora. De volta para a casa, na cabeça da neta, um pequeno fecho de lenha, preparado pelas mãos ágeis da avó, e no coração de Raquel uma grande alegria. E isso acontecia quase todas as manhãs.

Com os seus 10 anos de vida, observava atentamente tudo aquilo que estava ao redor daquela trilha, o mato, o silêncio, as montanhas, o céu, e pensava consigo mesmo: "O mundo é tão grande e o céu infinito." E isso a enchia de paz.

Filha mais velha da família Soares, a neta de dona Margarida vivia em uma casa simples com os seus pais, duas irmãs e um irmão, em Tombadouro, Minas Gerais. A avó morava bem perto, também os outros tios e tias, na mesma rua. O quintal era grande e ficava no fundo da casa, tinha muitas árvores, inclusive, uma mangueira.

Além de gostar de brincar com as crianças, no fundo do quintal da casa, Raquel também gostava muito de participar da Igreja, do coral, das coroações de Nossa Senhora, da catequese: "Depois de receber a primeira eucaristia, me apaixonei mais ainda por Jesus, me despertou um amor muito grande por Ele."

Com Jesus Cristo vivo em seu coração, Raquel começa a refletir e perceber a importância da vida sacramental e do compromisso assumido no santo batismo, e inicia a catequese do crisma. "Com o sacramento do crisma, aumentou ainda mais a minha responsabilidade, me despertou o desejo de ser catequista."

Movida pela unção do Espírito Santo, Raquel dá os primeiros passos como catequista. Os sacramentos do batismo, da primeira eucaristia, do crisma, são alicerces para a sua vida cristã e sinais para uma descoberta ainda mais significativa. Uma pergunta inquietava o seu coração: "O que Deus quer da minha vida?"

Ela não tinha resposta, somente rezava, sabia que a oração iria ajudá-la a intuir a vontade de Deus. Pedia para que a luz que um dia brilhou continuasse a refletir os seus passos. A resposta veio em um retiro espiritual, neste encontro Raquel descobriu o amor de Deus por ela, sentiu-se amada por Ele: "Encontrei-me com o meu Deus, não com o Deus das experiências dos outros; cresceu em mim o desejo de estar mais próximo dele, de rezar mais, de colocar-me a escuta."

Desta forma, Raquel começa a confiar em Deus e diz o seu primeiro sim à vida consagrada. Hoje, Raquel Soares está com 25 anos e se prepara para iniciar o período de formação no Instituto Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe, para depois de três anos, se entregar totalmente a Cristo por meio dos votos de castidade, pobreza e obediência.

Lourdes Crespan
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Vidas que se cruzam: entrega e amor

Ainda adolescente, Marisa Cristina Vieira deixa-se guiar pela sabedoria de uma pessoa querida. Seus olhos atentos observam cada ângulo daquele lugar tão sonhado, que há tempos ouvira dizer. Era como se já fosse seu, íntimo e único.

- Olha que linda imagem, filha.

Marisa estava diante do monumento de Nossa Senhora, na antiga Milícia da Imaculada, em Santo André- SP. Esta apresentação foi o maior presente de sua mãe. "O amor que ela tinha por Nossa Senhora me ajudou a descobrir a minha vocação, a preparar o terreno do meu coração, a estar sensível ao chamado de Deus."

De fato, é com dona Bernadete que Marisa aprende a rezar a consagração a Imaculada. No quarto, a filha tentara rezar a oração por várias vezes, mas sozinha não conseguia. Juntas, se consagram, mãe e filha. Elas estavam unidas por um único fio condutor: o amor incondicional a Virgem Maria.

Seguindo os passos da mãe, Marisa começa a trabalhar também na MI, participa do retiro e se torna membro oficial da associação mariana, missionária e kolbiana, por meio da consagração a Imaculada. Era início dos anos noventa.

Aparentemente, nada mudou; no coração da jovem, somente uma única certeza: sou de Maria, pertenço  a Ela, isto é, sou de Cristo. "A consagração me deu coragem para correr atrás do que eu queria, de conhecer a vontade de Deus para mim, de vencer a timidez, o medo."

A partir de então, Marisa começa a perceber o verdadeiro significado da palavra alegria. Esse sentimento tão buscado e também vivido, ganha novas proporções. Na Milícia, experimenta "a alegria de estar bem em um lugar, da amizade, de poder estar trabalhando para Nossa Senhora, de conhecê-la mais, de amá-la, de se formar".

Sendo assim, troca as baladas de sábado à noite pelo plantão telefônico na rádio. Ali rezava o terço, atendia o telefone, ouvia as pessoas, se doava. "O plantão chamava mais atenção, não que as outras coisas que vivia não me davam alegria, mas esta era maior."

Ela deixa-se guiar e educar, conhece o Instituto Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe e aceita o convite de ir em missão por um mês, na Bolívia. Durante este tempo, percebe a riqueza da vida comunitária, "o quanto é feliz estar juntas em uma família, unidas por um mesmo ideal: rezar juntas, brincar juntas, estar juntas, sair em missão juntas".

Hoje, Marisa é uma consagrada do Instituto e afirma que o mais importante na descoberta vocacional é buscar um acompanhamento espiritual. "Se tivesse me escondido no meu medo, Deus não teria realizado tantas coisas. Eu tive quem me ajudasse. Pude seguir o caminho e vencer o meu próprio medo. Sozinho a gente não consegue."

Lourdes Crespan
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Vocação: comprometimento e abertura!

Milícia da Imaculada! Desta forma a voluntária Bete Lima acolhe a ligação de uma jovem, que gostaria de colocar suas intenções para o santo terço. No diálogo, elas vão se conhecendo e percebendo que Nossa Senhora estava construindo o reino de Cristo.

Marlete, de origem mineira, havia telefonado para agradecer a Deus por meio de Nossa Senhora, a graça de ter encontrado um trabalho. De simples ouvinte, após esta ligação, se torna voluntária da Milícia da Imaculada.

"Nossa Senhora me quer para trabalhar na obra dela, me senti realizada." Assim pensou a recém consagrada ao desligar o telefone. Marlete, no final de semana, havia participado do retiro dos jovens da MI e entregado a sua vida nas mãos da Imaculada.

O ideal de São Maximiliano Kolbe foi conquistando o coração da filha mais nova da família Alves de Lacerda, que antes de chegar em São Paulo, viveu em Minhas Gerais e no Paraná. De sua infância lembra da seringueira que ficava na frente da porta da cozinha e das brincadeiras com os sete irmãos.

Quando criança, ao voltar da escola, escutava sempre a oração da Ave Maria que, pontualmente, às seis horas da tarde, invadia os ouvidos dos habitantes daquela pequena cidade onde morava.

Na terra da garoa, sem as ruas de terras, os campos, as brincadeiras, Marlete se depara com uma outra vida, novas amizades, planos, projetos. Recebe o sacramento do crisma, tinha o desejo de frequentar o grupo de jovens, mas a timidez a impedia.

Foi na Universidade São Marcos, estudando Administração de Empresas, por meio de uma amiga, decide fazer o encontro de jovens, mas era muito longe, por isso, não consegue ir com assiduidade às reuniões.

Mas a grande descoberta de sua vida se dá  na Paróquia Santíssima Virgem, em São Bernardo do Campo, com os jovens da CJC, onde se engaja na equipe de liturgia e vive o retiro da Milícia da Imaculada. "Foi algo realmente mais comprometedor, o encontro."

A consagração a Nossa Senhora transforma a vida da Marlete, que nunca havia pensado em ser freira ou missionária. "Pela primeira vez me senti completa, estava super feliz com aquilo que fazia. Meu caminho na MI me ajudou a dizer o meu primeiro sim."

Mas ao mesmo tempo, sentimentos contrários penetravam em sua alma, ela sempre desejou casar e ter filhos. "Se fazer a consagração como eu tinha feito na MI, enquanto leiga, trabalhando voluntariamente, me realizava, imagina como seria consagrar a vida totalmente a Deus."

Comprometimento e abertura são palavras-chaves para dizer o sim. Hoje, Marlete é Missionária da Imaculada-Padre Kolbe e exerce a função de diretora da comunidade de Campo Grande - MS.

Lourdes Crespan

Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Ouvir a voz de Deus

Em uma manhã de sol, o olhar de uma jovem que buscava resposta para a sua vida cristã, encontra nas mãos sujas e nos pés descalços de pessoas que trabalhavam no lixão do Alvarenga, na divisa entre as cidades de São Bernardo e Diadema, em São Paulo, a motivação de sua vida: "Quero fazer a vontade de Deus, aonde o Senhor me mandar eu vou." Era meados de 2000.

Do alto da colina, montanhas de lixos eram derramados dos caminhões, que ali chegavam e logo saiam. Os catadores de lixos ficavam embaixo daquela chuva de restos de coisas que não mais serviam, cada um com seus apetrechos e correndo para separar o melhor produto encontrado para depois ser vendido por quase nada.

Josenilda Araujo de Oliveira não era a única a observar a cena, com ela estava também o Grupo Franciscano e algumas Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe. O objetivo da visita era distribuir as cestas básicas e rezar com aquelas pessoas. "Foi no lixão, através da oração do Pai Nosso, que eu peguei na mão de um deles, suja, olhava para os rostos deles, sujos, para as crianças com os pés no chão; naquela sujeira toda, percebi a presença de Deus."

Durante a oração, um caminhão chega e começa a jogar o lixo. Aquele momento é invadido por uma certa incerteza; no ar um silêncio. De repente uma voz: "Continuem, pegamos o material depois." De mãos dadas, o lixão se torna Igreja e Deus se faz presença. "Uma experiência muito forte, Deus me chamou ali. Deus me chamou no lixão, com os pobres. Ou  me tirou do lixo, era como que me despertasse para a vida, para algo maior, para a presença dele."

Olhando para o céu, era como se Josenilda tivesse ouvido a voz de Deus, nasce nela o desejo de segui-lo. Na época, ela nem sabia o significado da palavra seguir, tão pouco poderia explicar o que era vocação, desejava somente fazer o bem ao próximo. Naquele instante, lembrou de Madre Teresa de Calcutá, que vivia sua doação ao próximo sem querer nada em troca.

Viver a caridade com simplicidade nos ajuda a compreender o projeto de Deus em nossas vidas: "No serviço simples é que encontramos a vocação. No grupo franciscano era muito simples, ajudávamos as pessoas, montávamos as cestas. O importante era o amor que se colocava nelas."

No coração dessa jovem, uma inquietude ardia. "Depois que voltei do lixão, faltava algo, aos poucos percebi que desejava estar mais com Deus, ser totalmente dele." Hoje, Josenilda é uma consagrada com os votos de pobreza, castidade e obediência, mas antes do sim definitivo foi preciso dar o primeiro passo: escutar a voz de Deus por meio da caridade ao próximo.

Que possamos ouvir a voz de Deus assim!

Lourdes Crespan
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Pedir a santidade - Parte I

Eis a força de Padre Kolbe, a oração. A sua capacidade de intercessão se baseia, sem dúvida alguma, como no caso de Maria, na sua amizade com Deus e na sua intensa participação no sacrifício de Cristo. Mas o “motor” que anima e move a sua capacidade de interceder é, com toda a certeza, a oração, pois Padre Kolbe foi um homem imerso na oração.

Foi o seu intenso e constante relacionamento com Deus que lhe permitiu manter o equilíbrio entre as numerosas atividades e os exigentes empenhos de sua vida. A oração mantinha o seu coração aberto às necessidades dos irmãos e da humanidade. A oração sempre foi nascente à qual ele recorreria para alimentar as suas energias apostólicas. A oração o sustentou no campo de concentração, fazendo dele um mártir da caridade e um luminoso exemplo de esperança, que rompeu as trevas do bunker da morte.

Terminada a sua vida terrena, Padre Kolbe não cessou de “trabalhar”, mas como costumava afirmar: enquanto, na terra, devia segurar na mão da Imaculada para pedir a sua ajuda, agora, no céu, pode trabalhar com ambas as mãos. Portanto, é nosso grande intercessor junto ao trono de Deus.

Pareço ver Padre Kolbe todo atento cuidando da Milícia da Imaculada, vejo-o levando nossos pedidos a Deus Pai, através de Maria, que ele sempre venerou como medianeira de todas as graças.


A escritura sugere discernir bem aquilo que devemos pedir, porque muitas vezes não sabemos nem mesmo o que é conveniente pedir (cf. Rom 8,24). Por causa dessa incapacidade de saber o que é melhor para nós, às vezes pedimos coisas sem importância, sem necessidade ou até mesmo nocivas. Por isso, a graça mais importante a pedir é a santidade.

Pedir a santidade

Uma santidade entremeada com aquelas virtudes que admiramos em São Maximiliano: profunda consciência dos próprios pecados, unida a um grande desejo de conversão, para entrar na intimidade da vida trinitária; um amor terno e eficaz a Maria Imaculada, pelo qual nos doamos a Ela através da consagração, para ser instrumento de salvação para a humanidade; uma serena humildade que nos torna plenamente obedientes à vontade de Deus; uma caridade a toda prova para com os irmãos, que nos torna pacientes, benignos, que nos faz superar a inveja, o ciúme, as antipatias, o egoísmo e que nos torna capazes de perdoar sempre, de compreender tudo, de esperar contra toda desesperança (cf. 1Cor 13).

Peçamos a Deus, pela intercessão de São Maximiliano o dom de uma verdadeira santidade. E, junto com a santidade, peçamos também o dom da oração que sustenta e alimenta o nosso empenho de santidade.

Padre Faccenda
Fundador do Instituto

Continua...

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Festa de São Maximiliano Kolbe

“A oração é um meio desconhecido e, todavia, o mais eficaz para restabelecer a paz nas almas, para dar a  estas a felicidade”. São Maximiliano

Caríssimas missionárias e voluntários, 

Quero propor, para a festa de São Maximiliano, uma reflexão sobre um momento da vida de Pe. Kolbe em diálogo com seus frades, que o nosso padre Luigi muitas vezes citou nos seus escritos para lembrar-nos de um valor fundamental para a nossa vida cristã e consagrada: a importância de uma sólida vida espiritual.

“As publicações estão no topo, as tiragens chegam às estrelas. Setecentos frades se consagram, sem reservas, ao apostolado “mais moderno” da época: a imprensa. Eis um breve momento de “relax”, no fim da tarde. Estes circundam o seu Padre, que naquela tarde apresenta-lhes uma armadilha. Depois de ter abraçado a todos com o olhar intenso e penetrante, pergunta  a queima-roupa: “E agora, o que devemos fazer?”.

Um pouco surpresos, os frades começam a refletir: os chefes de grupos, os especialistas logo têm uma resposta. Um jovem, cheio de energia, esclarece a situação: “Tudo o que precisa fazer é dobrar o rendimento!”. Segue um momento de silêncio. O Padre com a cabeça baixa parece estar absorto em oração. Mas eis que uma voz tímida se faz ouvir: “Precisa antes de tudo crescer interiormente, o rendimento será uma consequência disso...”. Os frades trabalhadores nunca viram o Padre tão feliz e radiante, como quando ouviu aquela resposta. Explodia de alegria. “Sim, meus filhos, é exatamente a qualidade que conta antes de tudo! A quantidade nos será dada por acréscimo...”

Consequentemente, mesmo que tivéssemos que suspender as nossas obras, mesmo se devêssemos nos dispersar como folhas espalhadas por um vento de outono, se no fundo do nosso coração o ideal de Niepokalanow permanecer e continuar a florescer, ai então poderemos dizer que estamos em pleno progresso...” (Orientações de Vida Espiritual, VIII pp. 269-270).

O Papa Francisco também nos exorta a não “não nos cansemos de procurar o Senhor — de nos deixarmos buscar por Ele — de cuidar da nossa relação com Ele no silêncio e na escuta orante. Mantenhamos fixo o nosso olhar sobre Ele, centro do tempo e da história; reservemos espaço à sua presença em nós; é Ele o princípio e o fundamento que cobre de misericórdia as nossas debilidades e tudo transfigura e renova; Ele é aquilo que de mais precioso somos chamados a oferecer à nossa gente (...) Dele — ainda que o ignorasse — vive cada homem” (19 de maio de 2014).

Caríssimos, quantas vezes nós também experimentamos na nossa vida que somente na relação constante com Deus se pode encontrar a força para viver intensamente cada acontecimento, sobretudo os mais sofridos. Com grande confiança, portanto, peçamos ao “Patrono dos nossos tempos difíceis” para interceder pelo dom da paz na Terra Santa e pela liberdade religiosa dos cristãos perseguidos no Oriente Médio. Entregamos a São Maximiliano o próximo ano jubilar para que possamos vivê-lo em espírito de louvor, agradecimento e humildade.

O meu desejo para esta festa é que todos possamos crescer na amizade com o Senhor, em alegrar-se com a sua Palavra para ser em todos os lugares portadores de paz e alegria evangélica.
Um abraço fraterno a todos e às suas famílias!

Giovanna Venturi
Diretora Geral do Instituto

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Nono dia da novena a São Maximiliano Kolbe: "Faze-te ao largo...”

                “…quando acabou de falar, disse a Simão: «Faze-te ao largo; lançai vossas redes para a pesca.“ (Lc 5,4)

Em nome do Pai...

Canto/invocação ao Espírito Santo


Da Palavra do Santo Padre:
Os desafios existem para serem superados. Sejamos realista, mas sem perder a alegria, a audácia e a dedicação cheia de esperança!
Pequenos mas fortes no amor de Deus, como são Francisco de Assis, todos nós, cristãos, somos chamados a cuidar da fragilidade do povo e do mundo em que vivemos. (E.G. nn. 109. 216)

G.- O Salmo 111 celebra a grandeza e a felicidade do homem justo. A sua vida abençoada por Deus também é lembrada depois da morte. Com toda a Igreja contemplamos a fecundidade da vida de padre Kolbe com as palavras do Salmo:

Feliz o homem que teme o Senhor,
e põe o seu prazer em observar os seus mandamentos.
Será poderosa sua descendência na terra,
e bendita a raça dos homens retos.
Suntuosa riqueza haverá em sua casa,
e para sempre durará sua abundância.
Como luz, se eleva, nas trevas, para os retos,
o homem benfazejo, misericordioso e justo.

Feliz o homem que se compadece e empresta,
que regula suas ações pela justiça.
Nada jamais o há de abalar:
eterna será a memória do justo.

Não temerá notícias funestas,
porque seu coração está firme e confiante no Senhor.
Inabalável é seu coração, livre de medo,
até que possa ver confundidos os seus adversários.
Com largueza distribuiu, deu aos pobres;
sua liberalidade permanecerá para sempre.

“Gostaria de ser reduzido a pó pela causa da Imaculada, pela causa de Deus, e que este meu pó fosse jogado ao vento e assim se dispersasse pelo mundo inteiro, a fim de que não fique nada: só então a minha doação à Imaculada estaria perfeitamente realizada.” (Bar Joachim, il martirio di san Massimiliano Kolbe)

Momento de silêncio reflexivo

São Maximiliano que reconheceste teu irmão no prisioneiro Francesco Gajowniczek, ajuda-nos a responder ao grito de Deus: Onde está o teu irmão?


“Quem dera que se ouvisse o grito de Deus, perguntando a todos nós: «Onde está o teu irmão?» (Gn 4,9). A pergunta é para todos!” (E.G. n ° 211)

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Oitavo dia da novena a São Maximiliano Kolbe: Não estou eu aqui, que sou tua Mãe?

Em nome do Pai...

Invocação ao Espírito Santo

Da Palavra do Santo Padre:
Sempre que olhamos para Maria voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto. Nela, vemos que a humildade e a ternura não são virtudes dos fracos, mas dos fortes, que não precisam de maltratar os outros para se sentir importantes.
Ela é a missionária que se aproxima de nós, para nos acompanhar ao longo da vida, abrindo os corações à fé com o seu afeto materno. Como uma verdadeira mãe, caminha connosco, luta connosco e aproxima-nos incessantemente do amor de Deus. (E.G. nn. 288, 286)

G.- Com Maria, avançamos confiantes para esta promessa e dizemos-lhe:

Virgem e Mãe Maria,
Vós que, movida pelo Espírito,
acolhestes o Verbo da vida
na profundidade da vossa fé humilde,
totalmente entregue ao Eterno,
ajudai-nos a dizer o nosso «sim»
perante a urgência, mais imperiosa do que nunca,
de fazer ressoar a Boa-Nova de Jesus.

Alcançai-nos agora um novo ardor de ressuscitados
para levar a todos o Evangelho da vida
que vence a morte.
Dai-nos a santa audácia de buscar novos caminhos
para que chegue a todos
o dom da beleza que não se apaga.

Estrela da nova evangelização,
ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão,
do serviço, da fé ardente e generosa,
da justiça e do amor aos pobres,
para que a alegria do Evangelho
chegue até aos confins da terra
e nenhuma periferia fique privada da sua luz.

Mãe do Evangelho vivo,
manancial de alegria para os pequeninos,
rogai por nós.   
Ámen. Aleluia!

Dos escritos de são Maximiliano:
Espero que, com a ajuda da Imaculada, conseguirás levar a término tudo o que havias iniciado e a perseverar em teu lugar até a morte gloriosa. A verdade é que não seria digno de um cavaleiro desertar por qualquer motivo. A vida é tão breve, estes poucos anos que vivemos nesta terra passam tão rápido: como se poderia ainda privá-los da oferta que desses nós fizemos à Imaculada?
Sei muito bem que às vezes a vida em terra de missão é dura, todavia, tente imaginar como será doce o momento da morte para aquele que, naquele instante supremo, poderá dizer que ofereceu muito, muitíssimo em sacrifício à maculada.
Reza nas dificuldades, reza muito e alcançarás a preciosa graça da perseverança. A Imaculada te abençoe. (SK  813)

Momento de silêncio reflexivo

São Maximiliano, Maria tornou-te semelhante a si mesma, nutriu-te com o leite da sua graça.
Ajuda-nos a nos deixarmos conduzir por ela, a nos deixarmos plasmar cada vez mais livremente por ela.

Ave Maria...
Glória ao Pai...

São Maximiliano Kolbe, rogai por nós.

domingo, 10 de agosto de 2014

Sétimo dia da novena a São Maximiliano Kolbe: Não deixemos que nos roubem a alegria da evangelização!

Em nome do Pai...

Canto/ Invocação ao Espírito Santo

Da palavra do Santo Padre:
A alegria do Evangelho é tal que nada e ninguém no-la poderá tirar (cf. Jo 16, 22). Os males do nosso mundo – e os da Igreja – não deveriam servir como desculpa para reduzir a nossa entrega e o nosso ardor. Vejamo-los como desafios para crescer. Além disso, o olhar crente é capaz de reconhecer a luz que o Espírito Santo sempre irradia no meio da escuridão, sem esquecer que, «onde abundou o pecado, superabundou a graça» (Rm 5, 20). A nossa fé é desafiada a entrever o vinho em que a água pode ser transformada, e a descobrir o trigo que cresce no meio do joio. (E.G. n° 84)
Chamados para iluminar e comunicar vida, acabam por se deixar cativar por coisas que só geram escuridão e cansaço interior e corroem o dinamismo apostólico. (E.G. n° 83)

G.- A riqueza dos dons e a magnificência das vestes da esposa, da qual fala o salmo 44, indicam os dons de graça e de vida interior com os quais o esposo a adornou e a variedade dos povos que esta traz em si mesma e a sua fecunda maternidade espiritual. Com o poeta, louvemos o nome do rei com todos os povos da terra:

Filhas de reis formam vosso cortejo;
posta-se à vossa direita a rainha, ornada de ouro de Ofir.
Ouve, filha, vê e presta atenção:
esquece o teu povo e a casa de teu pai.
De tua beleza se encantará o rei;

Ele é teu senhor, rende-lhe homenagens.
Habitantes de Tiro virão com seus presentes,
os ricos do povo implorarão teu favor.
Toda formosa, entra a filha do rei,
com vestes bordadas de ouro.

Em roupagens multicores apresenta-se ao rei,
após ela vos são apresentadas as virgens, suas companheiras.
Levadas entre alegrias e júbilos,
ingressam no palácio real.

Tomarão os vossos filhos o lugar de vossos pais,
vós os estabelecereis príncipes sobre toda a terra.
Celebrarei vosso nome através das gerações.
E os povos vos louvarão eternamente.

Dos escritos de são Maximiliano:
Pois bem, vós sabeis quantas pessoas na terra ainda não conhecem Deus, não conhecem a Imaculada e, consequentemente, às vezes se perguntam por fim o porque da sua existência.
Esses não possuem a felicidade, sobretudo nas dificuldades da vida e nos sofrimentos.
Não sabem que o fim do homem é Deus e que cada realidade deste mundo é apenas um meio para alcançar Deus na eternidade, no paraíso. Não sabem que a Medianeira de todas as graças, a Mão espiritual de todos os homens é Maria Imaculada; que recorrendo a Ela, amando-A, aproximam-se de Deus da maneira mais fácil e mais rápida. (SK 758) 

Momento de silêncio reflexivo
São Maximiliano, alegre missionário do Evangelho nas estradas do mundo.


Qual é a fonte da verdadeira alegria na minha vida?

Pai Nosso...
Ave Maria...
Glória ao Pai...

Oremos:
Ó Deus, que destes à Igreja e ao mundo São Maximiliano Maria Kolbe, sacerdote e mártir, ardente de amor pela Virgem Imaculada, inteiramente dedicado à missão apostólica e ao serviço heroico do próximo, pela sua intercessão concede-nos, para a glória do vosso nome, empenharmo-nos sem reserva pelo bem da humanidade, para imitar na vida e na morte o Cristo teu Filho. Amém.

sábado, 9 de agosto de 2014

Sexto dia da novena a São Maximiliano Kolbe: Não deixemos que nos roubem a força missionária!

E nome do Pai...

Invocação ao Espírito Santo

Da palavra do Santo Padre:
Onde há vida, fervor, paixão de levar Cristo aos outros, surgem vocações genuínas.
Os jovens chamam-nos a despertar e a aumentar a esperança, porque trazem consigo as novas tendências da humanidade e abrem-nos ao futuro, de modo que não fiquemos encalhados na nostalgia de estruturas e costumes que já não são fonte de vida no mundo atual.
Os desafios existem para ser superados. Sejamos realistas, mas sem perder a alegria, a audácia e a dedicação cheia de esperança.  (cfr E.G. nn. 107-108-109)

G.- Bem-aventurados e felizes são aqueles que habitam na casa do Senhor!, mas a felicidade deles, diz o salmista, contagia também os peregrinos que vêm de longe. Com o  salmo 83 expressamos a alegria e o abandono em Deus:

Como são amáveis as vossas moradas,
Senhor dos exércitos!
Minha alma desfalecida se consome
suspirando pelos átrios do Senhor.
Meu coração e minha carne  exultam pelo Deus vivo.

Felizes os que habitam em vossa casa, Senhor:
aí eles vos louvam para sempre.
Feliz o homem cujo socorro está em vós,
e só pensa em vossa santa peregrinação.

Seu vigor aumenta à medida que avançam,
porque logo verão o Deus dos deuses em Sião. 
Senhor dos exércitos, escutai minha oração,
prestai-me ouvidos, ó Deus de Jacó.

Porque o Senhor Deus é nosso sol e nosso escudo,
o Senhor dá a graça e a glória.
Ele não recusa os seus bens
àqueles que caminham na inocência.
Ó Senhor dos exércitos,
feliz o homem que em vós confia.


Dos escritos de são Maximiliano:
Queridos Filhos! Sei que tendes saudades da ordinaria atmosfera conventual, mas confortemo-nos com a esperança de que as circunstâncias de emergência atuais não durarão para sempre e chegará a hora em que a paz predominará novamente e cada um retornará ao trabalho de antes pela causa da Imaculada nas almas. De resto, esta missão continua ainda, embora de outra forma e em outras circunstâncias.
Quantas almas agradecerão a Imaculada (e... vós) por toda a eternidade, porque exatamente por causa da dispersão atual terão tido a possibilidade de vos encontrar e de aproximar-se da Imaculada, Mãe das almas!
Rezemos, portanto,  suportemos as pequenas cruzes, amemos muito as almas de todos os nossos próximos, sem nenhuma excecão, amigos e inimigos, e tenhamos confiança, façamos tudo isso com o único objetivo de que Ela se torne, o quanto antes, e em toda a terra, a Rainha de todos e de cada um singularmente. (SK 892) 

Momento de silêncio reflexivo
São Maximiliano, peregrino do amor  de mãos abertas.


Onde encontro a força para levar Jesus a cada canto da terra?

Pai Nosso...
Ave Maria...
Glória ao Pai...

Oremos:
Ó Deus, que destes à Igreja e ao mundo São Maximiliano Maria Kolbe, sacerdote e mártir, ardente de amor pela Virgem Imaculada, inteiramente dedicado à missão apostólica e ao serviço heroico do próximo, pela sua intercessão concede-nos, para a glória do vosso nome, empenharmo-nos sem reserva pelo bem da humanidade, para imitar na vida e na morte o Cristo teu Filho. Amém.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Quinto dia da novena a São Maximiliano Kolbe: Não deixemos que nos roubem a esperança!

Em nome do Pai...

Invocação ao Espírito Santo

Da palavra do Santo Padre:
É verdade que, em alguns lugares, se produziu uma «desertificação» espiritual, fruto do projeto de sociedades que querem construir sem Deus ou que destroem as suas raízes cristãs. Mas «é precisamente a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer, a sua importância vital para nós, homens e mulheres.  No deserto, é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expressos implícita ou negativamente. E, no deserto, existe sobretudo a necessidade de pessoas de fé que, com as suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança». Em todo o caso, lá somos chamados a ser pessoas-cântaro para dar de beber aos outros. Às vezes o cântaro transforma-se numa pesada cruz, mas foi precisamente na Cruz que o Senhor, trespassado, se nos entregou como fonte de água viva.  (E.G. n° 86)

G.- Na viajem da vida, que se torna incerta também devido à nossa fraqueza e inconstância, a palavra do salmo 22 infunde coragem e segurança. O Senhor vem ao nosso encontro para restaurar-nos e nos guiar por caminhos justos:

O Senhor é meu pastor, nada me faltará.
Em verdes prados ele me faz repousar
Conduz-me junto às águas refrescantes,
restaura as forças de minha alma.
Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome.

Ainda que eu atravesse o vale escuro,
nada temerei, pois estais comigo.
Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo.
Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos.
Derramais o perfume sobre minha cabeça,
e transborda minha taça.

A vossa bondade e misericórdia
hão de seguir-me por todos os dias de minha vida.
E habitarei na casa do Senhor por longos dias.

Dos escritos de são Maximiliano:
A Imaculada nos conduz com mão forte e amorosa, em meio aos espinhos, por caminhos intransitáveis, entre abismos e em meio a vendavais. O demônio, por sua vez, esforça-se para prejudicar-nos de todos os modos.
Nós, porém, procuremos estar sempre unidos cada vez mais ao redor dela e assim vamos adiante, ou melhor, voamos a grande velocidade.
Glória a Ela por tudo. (SK 497)

Momento de silêncio reflexivo
São Maximiliano, tu despertavas a esperança em ti e a reacendia nos outros.

Como fazer crescer a esperança em mim e como acendê-la naqueles que encontro?

Pai Nosso...
Ave Maria...
Glória ao Pai...

Oremos:
Ó Deus, que destes à Igreja e ao mundo São Maximiliano Maria Kolbe, sacerdote e mártir, ardente de amor pela Virgem Imaculada, inteiramente dedicado à missão apostólica e ao serviço heroico do próximo, pela sua intercessão concede-nos, para a glória do vosso nome, empenharmo-nos sem reserva pelo bem da humanidade, para imitar na vida e na morte o Cristo teu Filho. Amém.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Quarto dia da novena a São Maximiliano Kolbe: Não deixemos que nos roubem a comunidade!

Em nome do Pai...

Canto

Da palavra do Santo Padre:
«…A vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros”. Isto é, definitivamente, a missão».   Recuperemos e aumentemos o fervor de espírito, «a suave e reconfortante alegria de evangelizar, mesmo quando for preciso semear com lágrimas! (...) E que o mundo do nosso tempo, que procura ora na angústia ora com esperança, possa receber a Boa Nova dos lábios, não de evangelizadores tristes e descoroçoados, impacientes ou ansiosos, mas sim de ministros do Evangelho cuja vida irradie fervor, pois foram quem recebeu primeiro em si a alegria de Cristo». (E.G. n° 10)

G. Um hino de louvor se eleva a Deus com o salmo 68 e um convite a reconhecer e honrar sua potencia. É Ele que dá força ao seu povo:

Os justos, porém, exultam
e se rejubilam em sua presença,
e transbordam de alegria.
Contemplam a vossa chegada, ó Deus,
a entrada do meu Deus, do meu rei, no santuário;

Vêm na frente os cantores, atrás os tocadores de cítara;
no meio, as jovens tocando tamborins.

Bendizei a Deus nas vossas assembleias,
bendizei ao Senhor, filhos de Israel!

Reconhecei o poder de Deus!
Sua majestade se estende sobre Israel,
sua potência aparece nas nuvens.

É ele que dá ao seu povo a força e o poder.
Bendito seja Deus!

Dos escritos de são Maximiliano:
O amor recíproco não consiste no fato de que ninguém nunca nos faça mal, mas que nos esforcemos de não causar desgostos aos outros e nos habituemos a perdoar rápida e completamente tudo aquilo que nos fere. Nesta harmonia consiste a essência do amor recíproco. Escreve Santa Teresa: “Tu Jesus  queres amar através de mim todos aqueles que me mandaste amar!” Quanto mais profundo será tal amor, tanto mais eficaz será a atividade missionária (SK 925).

Momento de silêncio reflexivo

São Maximiliano, humilde e simples irmão de todos.
Como cuidamos uns dos outros, como nos animamos mutuamente e como nos acompanhamos?

Pai Nosso...
Ave Maria...
Glória ao Pai...


Oremos:

Ó Deus, que destes à Igreja e ao mundo São Maximiliano Maria Kolbe, sacerdote e mártir, ardente de amor pela Virgem Imaculada, inteiramente dedicado à missão apostólica e ao serviço heroico do próximo, pela sua intercessão concede-nos, para a glória do vosso nome, empenharmo-nos sem reserva pelo bem da humanidade, para imitar na vida e na morte o Cristo teu Filho. Amém.


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Terceiro dia da novena a São Maximiliano Kolbe: Não deixemos que nos roubem o ideal do amor fraterno!

Em nome do Pai...

Canto/ Invocação ao Espírito Santo

Da palavra do Santo Padre:
Peçamos ao Senhor que nos faça compreender a lei do amor. Que bom é termos esta lei! Como nos faz bem, apesar de tudo amar-nos uns aos outros! Sim, apesar de tudo! (E.G. n° 101)

G. O amor fraterno é como o orvalho que cai abundantemente e trazendo refrigério e  vida. Onde reina o amor fraterno, Deus concede bênçãos e vida.
Com o Salmo 132, expressamos o valor de viver em comunhão:

Oh, como é bom, como é agradável
para irmãos unidos viverem juntos.
É como um óleo suave derramado sobre a fronte,
e que desce para a barba, a barba de Aarão,
para correr em seguida até a orla de seu manto.
É como o orvalho do Hermon,
que desce pela colina de Sião;
pois ali derrama o Senhor a vida
e uma bênção eterna.

Dos escritos de são Maximiliano:
E agora continuamos e continuaremos a cumprir a missão de amor ao próximo, seja ele quem for, para amenizar a dor dos que sofrem e transformar o seu destino, e ao mesmo tempo acender  nos seus corações um amor gratuito à Imaculada, Mãe que ama todas as almas do mundo inteiro (SK 914).

Momento de silêncio reflexivo

São Maximiliano, foste uma testemunha luminosa de comunhão fraterna.
Como nos ajudamos a não deixar que nos “roubem” o amor fraterno?

Pai Nosso...
Ave Maria...
Glória ao Pai...

Oremos:
Ó Deus, que destes à Igreja e ao mundo São Maximiliano Maria Kolbe, sacerdote e mártir, ardente de amor pela Virgem Imaculada, inteiramente dedicado à missão apostólica e ao serviço heroico do próximo, pela sua intercessão concede-nos, para a glória do vosso nome, empenharmo-nos sem reserva pelo bem da humanidade, para imitar na vida e na morte o Cristo teu Filho. Amém.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Segundo dia da novena: Não deixemos que nos roubem o entusiasmo missionário!


Em nome do Pai...

Canto/ Invocação do Espírito Santo

Da palavra do Santo Padre:
É impressionante como até aqueles que aparentemente dispõem de sólidas convicções doutrinais e espirituais acabam, muitas vezes, por cair num estilo de vida que os leva a agarrarem-se a seguranças econômicas ou a espaços de poder e de glória humana que se buscam por qualquer meio, em vez de dar a vida pelos outros na missão. (E.G.n.80)

G. Agradecemos a Deus com o Salmo 125. O coração do salmista transborda com a lembrança do passado e o impulsiona a pedir a Deus a restauração do seu povo.

Quando o Senhor reconduzia os cativos de Sião,
estávamos como sonhando.
Em nossa boca só havia expressões de alegria,
e em nossos lábios canto de triunfo.

Entre os pagãos se dizia:
O Senhor fez por eles grandes coisas.
Sim, o Senhor fez por nós grandes coisas;
ficamos exultantes de alegria!

Mudai, Senhor, a nossa sorte,
como as torrentes nos desertos do sul.
Os que semeiam entre lágrimas,
recolherão com alegria.

Na ida, caminham chorando,
os que levam a semente a espargir.
Na volta, virão com alegria,
quando trouxerem os seus feixes.

Dos escritos de são Maximiliano:
Querido Filho, com a tua doença contribui muitíssimo para conquistar o mundo inteiro e cada alma à Imaculada e através dela ao Santisimo Coração de Jesus. Alegra-te, então, pois tens a possibilidade de fazer muito por Ela. E, além disso, incentiva a alegria fr. Cirilo. Todos aqueles que te rodeiam, e que de alguma forma estão em contato contigo, sejam tocados pela serenidade e a alegria do espírito na Imaculada. Ela mesma vai  te ensinar a fazê-lo nas diversas circunstâncias.
Alegra-te, então, querido Filho. A consciência de pertencer totalmente à Imaculada nos encha de uma alegria ilimitada.  (SK 834)) 

Momento de  silêncio reflexivo

São Maximiliano Kolbe, tu sempre  contagiaste teus irmãos com a paixão missionária  e mantiveste vivo o entusiasmo no anúncio do Evangelho em Niepokalanów. 


Na minha vida, na minha comunidade como mantenho vivo o entusiasmo missionário?

Pai Nosso...
Ave Maria...
Glória ao Pai...

Oremos:
Ó Deus, que destes à Igreja e ao mundo São Maximiliano Maria Kolbe, sacerdote e mártir, ardente de amor pela Virgem Imaculada, inteiramente dedicado à missão apostólica e ao serviço heroico do próximo, pela sua intercessão concede-nos, para a glória do vosso nome, empenharmo-nos sem reserva pelo bem da humanidade, para imitar na vida e na morte o Cristo teu Filho. Amém.

Jesus te ama incondicionalmente

Você já deve ter ouvido muitas vezes que Jesus te ama do jeito que você é. Ou talvez seja a primeira vez que você esteja lendo isso. Se você...