Os documentos da Igreja sobre comunicação

Primeiro encontro do curso de espiritualidade. Foto: Lourdes Crespan/MIPK
No primeiro dia do curso de espiritualidade sobre comunicação apresentamos os documentos Vigilanti Cura, Miranda Prorsus, Inter Mirifica, Communio et Progressio, Redemptoris Missio, Aetatis Novae, Igreja e internet, Ética e internet.

Encíclica Vigilanti cura: apoio à Legião da Decência sobre o cinema – Pio XI (1936). É dirigida aos bispos dos Estados Unidos e tratava da “Legião da Decência”. Foi uma “cruzada nacional” para pressionar os produtores de filmes, boicotando filmes peças teatrais consideradas imorais. Pela primeira vez, toda a hierarquia da Igreja foi despertada para o problema do cinema. Foi também, pela primeira vez, abordado isoladamente uma tecnologia. Apesar de denunciar mais o mal e os perigos, recomendando cautela, a Igreja não manifesta uma visão pessimista do cinema, mas ressalta uma ação alternativa.

Miranda prorsus: primeiro grande documento sobre comunicação – Pio XII (1957). É uma síntese sobre o pensamento comunicacional da Igreja. Trata do cinema, da rádio e da televisão sob a denominação comum “comunicação”. Acentua os aspectos morais dos meios de comunicação. O tom é cauteloso e protetor.

Inter mirifica: aceitação da Igreja dos meios de comunicação – Papa João XXIII (1963). É a primeira vez que um concílio geral se volta para o problema da comunicação, assegura a obrigação e o direito de utilizar os instrumentos de comunicação social. Apresenta também a primeira orientação geral para o clero e para os leigos sobre o emprego dos meios de comunicação social.

Communio et progressio: para além do Concílio. Esta instrução pastoral é de 1971, promulgada por Papa Paulo VI. É o mais avançado documento da Igreja sobre os meios de comunicação.
A esperança e o otimismo são dominantes e o caráter moralizador desaparece. Mas, ao mesmo tempo é um documento perpassado de idealismo.

Redemptoris missio: uma reviravolta no pensamento da Igreja. Esta encíclica é de 1990 e não é específica sobre comunicação. Mas, João Paulo II ao referir-se aos novos “areópagos” modernos como lugar de evangelização (missão), coloca o mundo da comunicação em primeiro lugar e insiste  no novo contexto comunicativo como uma “nova cultura”.

Aetatis novae: nova Instrução Pastoral. A Igreja permanece silenciosa de 1971 a 1992, ou seja, 21 anos de silêncio, numa época caracterizada por profundas transformações no mundo midiático (era analógica para digital). Fala da necessidade de uma pastoral tanto “da” como “na” comunicação. Não apresenta nada novo, mas quer “oferecer um instrumento de trabalho e encorajamento”.

Igreja e internet: abertura da Igreja para a cibercultura e Ética na internet: critérios e recomendações para o bem comum. Ambos de 2002, publicado pelo Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais. Palavra-chave: interatividade.

Novos paradigmas e reflexões:

Leitura da Carta Apostólica “O rápido desenvolvimento no campo das tecnologias”, de Papa João Paulo II (2005): http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_letters/documents/hf_jp-ii_apl_20050124_il-rapido-sviluppo_po.html


Lourdes Crespan:
Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe

Fonte: PUNTEL, Joana T. Comunicação: diálogo dos saberes  na cultura midiática. São Paulo. Paulinas, 2010.

Mais informações: https://www.facebook.com/events/697871033609007/?ref=5
Esperamos por você e sua família, no dia 12 de maio, às 20h30, na Paróquia Santíssima Virgem, em São Bernardo - SP.

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