O caminho de Jesus é diferente


A liturgia do segundo domingo do advento (cf. Lucas 3, 1-6) nos anima a bem viver o apelo à conversão. Sim! O apelo a escutar as palavras de João Batista que nos interpela a decidir-nos por outro caminho que é o caminho de Jesus Cristo. Este caminho é um caminho diferente. Diferente porque nos conduz à vida – aquela vida que desejamos e sonhamos: vida de paz e de justiça em que vemos a pratica do amor e do respeito. Será que nestes dias estamos preocupados demais com algumas coisas que nos dificulta a escutar esse apelo de João Batista?

Certa vez, Maximiliano Kolbe numa viajem de trem encontra uma pessoa e se coloca a conversar com ela perguntando-lhe qual o seu trabalho e qual a meta da sua vida (cf. SK 1103). Esta pessoa – como alguns de nós hoje – responde que não tem tempo para pensar nas indagações de Maximiliano.  A primeira pergunta é bem próxima de nossas conversas – de todos os dias – com as pessoas que encontramos nas ruas, no mercado, nos estabelecimentos públicos, e pode ser respondida sem problemas. No entanto, a segunda, é uma pergunta mais ousada e requer reflexão.

Talvez a semelhança de João Batista e São Maximiliano seja a ousadia em aproximar-se das pessoas e provocá-las quanto às escolhas que estão fazendo, ou seja, quanto ao seu projeto de vida que significa como estão assumindo concretamente a própria existência. Maximiliano provocou aquela pessoa no trem a pensar durante a sua viagem qual a meta da sua vida: que vida se deseja e como concretizá-la? João Batista nos interpela a preparar o nosso coração para vivenciar um caminho diferente que é o caminho de Jesus Cristo e que significa um projeto alternativo para bem vivermos nossa relação com as pessoas, conosco mesmo, com Deus e com o mundo em que habitamos.

Que esta semana seja para nós como aquela viagem de trem – tempo de escutar e concretizar as mudanças que nos trazem uma vida nova.

Rosana de Jesus Coelho

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