Primeira aula do Curso de Teologia Espiritual

Ano da Fé: Carta apostólica Porta Fidei

 
 
1.BATISMO: PORTA DE ENTRADA DA FÉ.
O Batismo é a porta de entrada para a fé, para uma vida em comunhão com Deus na Igreja. Com o Batismo se professa a fé na Trindade (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo).
 
2.REDESCOBERTA DO CAMINHO DA FÉ.
Em meio a profunda crise de fé que a sociedade está passando, o Papa propõe que se redescubra o caminho da fé para fazer brilhar a alegria do encontro com Cristo.

3.JESUS, PALAVRA ENCARNADA.
Adquirir o hábito de alimentar-se com a Palavra de Deus e a Eucaristia, poi só Jesus Cristo satisfaz plenamente o coração do homem, só Ele é o caminho para a salvação.

4.PROCLAMAÇÃO DO ANO DA FÉ.
O Papa proclamou o ano da fé com início em 11.10.2012 (50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e 20 anos do Catecismo da Igreja católica) e término em 24.11.2013 (Solenidade do Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo). O Papa proclamou o ano da fé com o objetivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé.

5.SUBSÍDIO PARA OS CRISTÃOS.
Este ano se faz necessário também como subsídio para orientar os cristãos, bem como toda a Igreja, para o século que iniciamos.

6.A FÉ COMO RESPOSTA.
O ano da fé é um convite para uma renovada conversão a Jesus Cristo, com o testemunho dos crentes e da Igreja, guiada e fortalecida pelo próprio Cristo, pois a fé é a resposta ao amor de Deus.

7.A FÉ TORNA A PESSOA FECUNDA.
Cristo chama o homem e este é atraído para Cristo, que o impele a evangelizar. Esta missão deve ser renovada continuamente a fim de que a mensagem seja transmitida com alegria, com convicção, com entusiasmo e isso torna a pessoa fecunda.

8.PROFISSÃO DO CREDO.
O Papa convoca toda a Igreja para celebrar o ano da fé de forma fecunda e digna, para intensificar a reflexão sobre a fé, professando publicamente a profissão do CREDO e revigorar a adesão ao Evangelho.

9.LITURGIA E EUCARISTIA.
A celebração da fé ajudará a redescobrir a importância da liturgia e, principalmente, a centralidade da Eucaristia.

10.CONTEÚDOS DA FÉ.
Há um percurso para se entender os conteúdos da fé: primeiro, quanto se professa com a boca, pressupõe-se que se creia, pois o coração é que dá esse indício do dom da fé em Deus. Portanto, o coração indica o ato pessoal e livre que acolhe o conteúdo da fé; a boca indica os conteúdos professados.

11.IMPORTÂNCIA DO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA.
O Papa fala da importância do Catecismo da Igreja Católica, um dos frutos mais valiosos do Concílio Vaticano II, e norma segura para o ensino da fé, a serviço da comunidade eclesial. O centro do Catecismo é a pessoa de Jesus Cristo; nele sobressai a doutrina confiada à Igreja, bem como a profissão de fé, a liturgia, os sacramentos e a vida moral.

12.FÉ E CIÊNCIA.
A Igreja nunca leve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambos tendem, embora por caminhos diferentes, para a verdade.

13.REVISÃO DEVIDA E TESTEMUNHOS DE FÉ.
Para viver o ano da fé é necessário fazer uma revisão da própria vida, marcada pelo pecado, mas em busca da santidade. O Papa cita as seguintes pessoas como exemplos de testemunhos da fé: Maria e José, Apóstolos, discípulos, Mártires, homens e mulheres consagrados e leigos.

14.TESTEMUNHO DE CARIDADE.
O ano da fé será uma oportunidade para intensificar o testemunho da caridade, já que fé e caridade andam juntas, uma sustenta a outra. É a fé que permite reconhecer Jesus nos irmãos.

15.NÃO SER INDOLENTE NA FÉ.
O Papa frisa a importância de não se negligenciar e não ser indolente na fé, pois devemos ser sinais de fé pelo testemunho (testemunho credível).

Enfim, o Papa finaliza o documento, dedicando o ano da fé a Nossa Senhora, que é “feliz porque acreditou"! Porém para fazer tudo isso devemos também criar em nós as disposições necessárias, isto é, desejar fortemente viver e comunicar o que iremos iniciar a estudar, caso contrário se tornaria um estudo árido e pesado. Temos que desejar como relata este dito dos Padres do deserto que é muito iluminante:

Um discípulo foi até o seu mestre e lhe perguntou: "Mestre, quero encontrar a Deus."
O mestre sorriu; e como fazia calor, convidou o jovem a tomar banho junto a ele em um rio.
Enquanto os dois mergulhavam na água do rio, o mestre agarrou o moço segurando com força a cabeça dele debaixo da água. O jovem se agitou mexendo-se ansiosamente, até que após alguns instantes o mestre deixou ele re-emergir da água.
O mestre então perguntou-lhe: "O que mais você desejava enquanto estava de baixo da água?" E ele respondeu: "O ar."
O mestre disse-lhe : "Você deseja Deus da mesma forma que desejava o ar?" "Então vai encontrá-lo!"
Mas, se não tiver em você esta sede ardente, de nada servirão os seus esforços e o seu estudo.
Não poderá encontrar a fé, se você não a desejar como o ar para respirar.
 
Marina Melis
Diretora local

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