Novena a São Maximiliano Kolbe

Introdução


Este ano a novena e a festa de São Maximiliano Kolbe situam-se na preparação de uma nova Assembleia Geral do nosso Instituto e do caminho que a Igreja se propôs a percorrer nestes últimos anos para aprofundar na sinodalidade.
Vamos nos deixar guiar pela voz do Papa Francisco e também de São Maximiliano Kolbe. Confiaremos a Maria Imaculada as nossas comunidades e também a realidade atual do mundo inteiro, para celebrar no dia 14 de agosto a vitória da misericórdia e do amor de Padre Kolbe, um martírio fecundo que é sem dúvida um testemunho para o mundo de hoje.

Convite a oração:

G: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
T: Amém.
G: Não existe amor maior
T: do que dar a vida pelos amigos.
G: Não foram vocês que ME escolheram, mas fui EU que escolhi vocês. Eu os destinei para ir e dar fruto, e para que o fruto de vocês permaneça. O Pai dará a vocês qualquer coisa que vocês pedirem em meu nome. O que eu mando é isto: amem-se uns aos outros.”

CANTO:

Oração preparatória para todos os dias a São Maximiliano Kolbe:

São Maximiliano,
na miséria de  Auschwitz,
levaste amor à vida
aos seus companheiros de prisão,
derramaste sementes de esperança
no meio do desespero
e ofereceste ao mundo
o testemunho de que “Só o amor constrói”.

Ajuda-nos a tornamo-nos como Tu.
Faz com que contigo, com Maria e com a Igreja,
nossa vida também proclame que “Só o amor constrói”.
Faz que, aos famintos, aos oprimidos,
aos desabrigados, aos abandonados
e aos desesperados
saibamos levar a força invencível
do amor de Cristo,
que vive e reina por toda a eternidade. Amém.


Primeiro dia (5 de agosto): Amor que se manifesta e cresce

Convite a oração: início da novena.

PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO:
“Enfim, o amor coloca-nos em tensão para a comunhão universal. Ninguém amadurece nem alcança a sua plenitude, isolando-se. Pela sua própria dinâmica, o amor exige uma progressiva abertura, maior capacidade de acolher os outros, numa aventura sem fim, que faz convergir todas as periferias rumo a um sentido pleno de mútua pertença. Disse-nos Jesus: «Vós sois todos irmãos» (Mt 23, 8)”. 

TESTEMUNHO DE SÃO MAXIMILIANO KOLBE:
“No dia 28 de mayo de 1941, a SS embarcou 300 presioneiros de Pawiak em vagões de carga fechados a fim de nos deportar para Auschwitz.

Depois que os homens da SS nos apinharam nos carros sem janelas, fez-se um lúgubre silêncio. A aglomeração e a falta de ar no carro tornavam a atmosfera sufocante… insuportável. Além disso, o fato de sabermos que estávamos a caminho de um campo concentraçção nos deixava deprimidos. Mas de repente, para minha surpresa e grande alegria, alguém começou a cantar. Imediatamente acompanhei a melodia e o mesmo fizeram outros. Interessei-me em saber quem começou o canto e me disseram que foi Padre Maximiliano Kolbe, Franciscano fundador de Niepokalanów….

Sob a influência dos cânticos e dos relatos religiosos e patrióticos de Padre Maximiliano, sentimo-nos realmenye melhor, esquecendo nosso triste destino”. (Ladislau Swies)

Oração dos fiéis:
A cada intenção respondemos: “Padre bom, ensina-nos a amar”.

- Que o amor vivido por São Maximiliano Kolbe, nos impulsione a sentirmo-nos irmãos do mundo inteiro. Rezemos.
- Que saibamos acolher o próximo sem fazer distinções, com um coração aberto à escuta e com gestos maternos. Rezemos.
- Que possamos reconhecer que o amor ao próximo, nos move a buscar o melhor para suas vidas e assim poder cultivar verdadeiras relações fraternas. Rezemos.

Pai Nosso. Ave María. Glória.

AO PADROEIRO DO NOSSO DIFÍCIL SÉCULO:

São Maximiliano, tu que ofereceste a vida por um desconhecido
afirmaste o imenso valor do ser humano,
ajuda-nos a reconhecer cada pessoa
como imagem de Deus, e respeitar esta imagem
em nós mesmos e nos outros com ternura e disponibilidade.

O progresso torna as experiências possíveis
que nossos antecessores jamais poderiam ter sonhado.
Tu também valorizaste com intuição profética
os meios de comunicação.

Ajuda-nos a construir redes de comunhão e solidariedade
cada vez mais amplas e fortes, tecidas com inteligência e fortaleza,
com amor pela verdade e respeito pela criação.

Um caminho de longos séculos
levou muitos povos à conquista
de bem-estar econômico e liberdade,
enquanto a maioria da humanidade
ainda vive em condições de pobreza e opressão.

Tu foste protagonista de um dos momentos
mais terríveis da história, ajuda-nos a não desperdiçar os sacrifícios
e as lágrimas de quem, como tu, lutou por um mundo melhor.

Torna-nos dóceis, como os servos de Caná,
à voz de Maria, que sempre compreende o que falta
para fazer felizes os homens e as mulheres do nosso tempo. Amém.

Canto a Maria:


Segundo dia (6 de agosto): O valor da solidariedade

Convite a oração: início da novena.

PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO:
“A solidariedade se expressa concretamente no serviço, que pode assumir formas muito diversas de cuidar dos outros. O serviço está ‘em grande parte, cuidando da fragilidade. Servir significa cuidar dos frágeis de nossas famílias, de nossa sociedade, de nosso povo’. O serviço sempre olha o rosto do irmão, toca sua carne, sente sua proximidade e até mesmo em alguns casos ‘sofre’ e busca a promoção do irmão. Por isso o serviço nunca é ideológico, pois não se servem ideias, mas sim pessoas”.

TESTEMUNHO DE SÃO MAXIMILIANO KOLBE:
“Vivendo dia após dia, como fazia o Padre Kolbe, colocando suas mãos nas mãos de Deus, parecia ter dentro de si um ímã espiritual com o qual atraía cada um de nós para si, para Deus e para Nossa Senhora. Continuamente dizia que Deus é bom e misericordioso. Ele gostaria de ter convertertido todo o campo, incluindo os nazistas. Não apenas rezava por eles, mas também nos exortava a rezar pela conversão deles.

Lembro-me, disse um ex-prisioneiro, daquela vez em que deu seus sapatos de madeira, ainda em bom estado, a outro companheiro, pegando para si os sapatos que o companheiro usava”. (Enrico Sienkiewicz)

Oração dos fiéis:
A cada intenção respondemos: “Padre bom, ensina-nos a ser solidarios”.

- Que saibamos viver o serviço como dom gratuito e expressá-lo generosamente para o bem dos nossos irmãos. Rezemos.
- Que como São Maximiliano aprendamos a cuidar da fragilidade do próximo. Rezemos.
- Que ressoe em nós a necesidade de viver como irmãos que sabem se receber mutuamente, assim como somos. Rezemos.

Pai Nosso. Ave María. Glória.

AO PADROEIRO DO NOSSO DIFÍCIL SÉCULO: final da oração do primeiro dia.

Canto a Maria:


Terceiro dia (7 de agosto): Fecundo intercâmbio

Convite a oração: início da novena.

PALAVRA DO PAPA FRANCISCO:
“Precisamos nos comunicar, descubrir as riquezas de cada um, valorizar o que nos une e ver as diferenças como oportunidades de crescimento no respeito de todos. É necessário um diálogo paciente e confiante, para que as pessoas, as famílias e as comunidades possam transmitir os valores da sua própia cultura e acolher o que há de bom na experiência dos outros”.

TESTEMUNHO DE SÃO MAXIMILIANO KOLBE:
“Um dia estava cavando junto com outros companheiros de prisão, tirando esterco de uma fossa para levá-lo para os campos. Um companheiro, lá de cima recebeu o estrume e o levou para fora. De repente, chegou um guarda com cachorro, começou a torturá-lo e incitar o cachorro contra ele. O cachorro começou a mordê-lo. O pobre prisioneiro permaneceu surpreendentemente calmo: nem mesmo um grito saiu dele. O prisioneiro disse abertamente que era sacerdote. Só depois da morte do Padre Kolbe soube que esse pobre prisioneiro era ele”. (Gajowniczek)

Oração dos fiéis:
A cada intenção respondemos: “Padre bom, que saibamos nos valorizar”.

- Senhor, ensina-nos a descobrir o valor e a dignidade de cada pessoa como um verdadeiro filho teu. Rezemos.
- Que as diferenças que encontramos com os irmãos não sejam motivo de divisão, mas que possamos vivê-las como oportunidades de crescimento. Rezemos.
- Para todas as famílias e comunidades, para que, conhecendo o martírio de São Maximiliano, se desenvolvam nos valores que dão vida para eles. Rezemos.

Pai Nosso. Ave María. Glória.

AO PADROEIRO DO NOSSO DIFÍCIL SÉCULO: final da oração do primeiro dia.

Canto a Maria:


Quarto dia (8 de agosto): O prazer de reconhecer o outro

Convite a oração: início da novena.

PALAVRA DO PAPA FRANCISCO:
“Isto implica o hábito de reconhecer, ao outro, o direito de ser ele próprio e de ser diferente. A partir deste reconhecimento feito cultura, torna-se possível a criação dum pacto social. Sem este reconhecimento, surgem maneiras sutis de fazer com que o outro perca todo o seu significado, se torne irrelevante, fazer com que na sociedade não lhe seja reconhecido qualquer valor. Por trás da repulsa de certas formas visíveis de violência, muitas vezes esconde-se outra violência mais dissimulada: a daqueles que desprezam o diferente, sobretudo quando as suas reivindicações prejudicam de alguma maneira os próprios interesses”. (F.T. 218)

TESTEMUNHO DE SÃO MAXIMILIANO KOLBE:
“Com sua atitude diante do sofrimento, ele surpreendia médicos e enfermeiros. Suportava com coragem e com resignação a vontade de Deus, repetindo muitas vezes: “Por Jesus Cristo estou disposto a sofrer ainda mais. A Imaculada está comigo, e me ajuda!”. (Szeda)

Oração dos fiéis:
A cada intenção respondemos: “Padre de bondade, ajudá-nos a reconhecer-nos como irmãos”.

- Por toda a Igreja, pelo Papa Francisco, Bispos, Sacerdotes, Consagrados e todo o povo de Deus, para que fiéis à sua missão, possam testemunhar o amor que só vem de Deus. Rezemos.
- Pelas diversas formas de violência que ocorrem em nossas famílias e na sociedade, para que o testemunho de São Maximiliano nos oriente a todos a viver com serenidade as diferenças. Rezemos.
- Para aqueles que se esforçam para construir um mundo melhor, para que as dificuldades que surgem no caminho não os desanimem e perseverem em seu objetivo. Rezemos.

Pai Nosso. Ave María. Glória.

AO PADROEIRO DO NOSSO DIFÍCIL SÉCULO: final da oração do primeiro dia.

Canto a Maria:


Quinto dia (9 de agosto): “Construir em comum”

Convite a oração: início da novena.

PALAVRA DO PAPA FRANCISCO:
“Uma sã abertura nunca ameaça a identidade, porque, ao enriquecer-se com elementos doutros lugares, uma cultura viva não faz uma cópia nem mera repetição, mas integra as novidades segundo modalidades próprias. Isto provoca o nascimento duma nova síntese que, em última análise, beneficia a todos, já que a cultura donde provêm estas contribuições acaba mais desenvolvida. Por isso, exortei os povos nativos a cuidarem das suas próprias raízes e culturas ancestrais, mas esclarecendo que não era «minha intenção propor um indigenismo completamente fechado, a-histórico, estático, que se negue a toda e qualquer forma de mestiçagem», pois «a própria identidade cultural aprofunda-se e enriquece-se no diálogo com os que são diferentes, e o modo autêntico de a conservar não é um isolamento que empobrece». O mundo cresce e enche-se de nova beleza, graças a sucessivas sínteses que se produzem entre culturas abertas, fora de qualquer imposição cultural.” (F.T. 148)

TESTEMUNHO DE SÃO MAXIMILIANO KOLBE:
“A Imaculada transformará esses sofrimentos em bem. Entregamos nossa vida a Ela, prometemos conquistar almas para ela, prometemos ser sua propriedade, devemos agradecer a ela se somos úteis aqui hoje... fomos trazidos aqui gratuitamente, temos um lugar onde podemos nos refugiar, não nos falta um pedaço de pão. Os outros não sabem resignar-se, desanimam-se e blasfemam, olhando para nós, nosso comportamento de aceitação torna-os necessariamente bons. Se quiséssemos vir a este campo de concentração para um apostolado, talvez tivéssemos tantos documentos quanto precisássemos e eles não nos teriam permitido. Por isso, aproveitemos a graça que a Imaculada nos concede.” (Padre Kolbe)

Oração dos fiéis:
A cada intenção respondemos: “Padre de misericórdia, escuta nossa oração”.

- Por todas as nações, para que saibam aproveitar do intercâmbio cultural sem medo de perder a própria identidade. Rezemos.
- Por uma fraternidade universal onde todos nos sintamos respeitados e valorizados. Rezemos.
- Para aqueles que sofrem encontrem em Cristo conforto e força para enfrentar a prova da dor. Rezemos.

Pai Nosso. Ave María. Glória.

AO PADROEIRO DO NOSSO DIFÍCIL SÉCULO: final da oração do primeiro dia.

Canto a Maria: 


Sexto dia (10 de agosto): “Sociedades abertas que integran a todos”

Convite a oração: início da novena.

PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO:
“A história do bom samaritano repete-se: torna-se cada vez mais evidente que a incúria social e política faz de muitos lugares do mundo estradas desoladas, onde as disputas internas e internacionais e o saque de oportunidades deixam tantos marginalizados, atirados para a margem da estrada. Na sua parábola, Jesus não propõe vias alternativas, como, por exemplo, no caso daquele homem ferido ou de quem o ajudou terem dado espaço nos seus corações ao ódio ou à sede de vingança, que sucederia? Jesus não Se detém nisso. Confia na parte melhor do espírito humano e, com a parábola, anima-o a aderir ao amor, reintegrar o ferido e construir uma sociedade digna de tal nome.” (F.T. 71)

TESTEMUNHO DE SÃO MAXIMILIANO KOLBE: 
“Quando todos nós esperávamos impacientes a liberação e o regreso para casa, o Padre Kolbe se abandonava nas mãos de Deus e da Imaculada. Jamais dizia que queria voltar a Niepokalanów, em vez disso dizia: o melhor será o que Deus e a Imaculada proporcionarem…”. (Dziuba)

Oração dos fiéis:
A cada intenção respondemos: “Jesus manso e humilde, tende piedade de nós”.

- Por todos os gravemente feridos do nosso tempo por causa do ódio, das injustiças e da marginalização, para que encontrem em nós proximidade e a solidaridade concreta. Rezemos.
- Para que o tempo desta novena seja ocasião de uma verdadeira conversão do coração e atenção às necessidades dos nossos irmãos. Rezemos.
- Para que a memória do martírio de São Maximiliano nos ajude a compreender que doar-se é o que dá sentido à vida. Rezemos.

Pai Nosso. Ave María. Glória. 

AO PADROEIRO DO NOSSO DIFÍCIL SÉCULO: final da oração do primeiro dia.

Canto a Maria:


Sétimo dia (11 de agosto): “As ofertas recíprocas”

Convite a oração: início da novena.

PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO:
“A chegada de pessoas diferentes, que provêm dum contexto vital e cultural distinto, transforma-se num dom, porque «as histórias dos migrantes são histórias também de encontro entre pessoas e entre culturas: para as comunidades e as sociedades de chegada são uma oportunidade de enriquecimento e desenvolvimento humano integral para todos». Por isso, «peço especialmente aos jovens que não caiam nas redes de quem os quer contrapor a outros jovens que chegam aos seus países, fazendo-os ver como sujeitos perigosos e como se não tivessem a mesma dignidade inalienável de todo o ser humano»”. (F.T. 133)

TESTEMUNHO DE SÃO MAXIMILIANO KOLBE:
“Na terça-feira, 29 de julho de 1941, logo após a chamada do meio-dia, o som da sirene foi um alarme, pois faltava um preso. As SS imediatamente interromperam o trabalho e começaram a convocar os prisioneiros do campo na praça do chamado, para contá-los.

Todo o esquadrão foi obrigado a ficar em formação até às nove da noite e sem comer. Quando finalmente puderam retornar aos blocos, os internos do bloco 14, apesar da pesada jornada de trabalho e da fraqueza devido à falta de comida e água, não conseguiam dormir. Sofriam pensando no que poderia acontecer no dia seguinte se o fugitivo não aparecesse.

O destino iminente transformou aquela noite em um pesadelo. O dia seguinte. Feita a convocação, os demais pavilhões foram levados ao trabalho, enquanto os internos do bloco 14 foram retidos no pátio principal.

Os prisioneiros foram deixados o dia todo sob um sol quente, sem comida e nem água. À tarde, o oficial disse: ‘O fugitivo não foi encontrado. Portanto, de acordo com a regra, dez prisioneiros serão escolhidos para morrer no bunker da fome’”.

Oração dos fiéis:
A cada intenção respondemos: “Senhor, dai-nos a alegria de nos sentirmos irmãos de todos”.

- Para que o exemplo de São Maximiliano, pregador da Boa Nova em terras distantes, nos impulsione a descobrir e a viver o nosso compromisso missionário. Rezemos.
- Para que a nossa vida quotidiana seja sempre animada pelos valores do Evangelho. Rezemos.
- Para que no mundo inteiro a Milícia da Imaculada, fundada por São Maximiliano, seja sinal de unidade e fraternidade. Rezemos.

Pai Nosso. Ave María. Glória.

AO PADROEIRO DO NOSSO DIFÍCIL SÉCULO: final da oração do primeiro dia.

Canto a Maria: 


Oitavo dia (12 de agosto): “Liberdade, igualdade e fraternidade”

Convite a oração: início da novena.

PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO:
“A fraternidade não é resultado apenas de situações onde se respeitam as liberdades individuais, nem mesmo da prática duma certa equidade. Embora sejam condições que a tornam possível, não bastam para que surja como resultado necessário a fraternidade. Esta tem algo de positivo a oferecer à liberdade e à igualdade. Que sucede quando não há a fraternidade conscientemente cultivada, quando não há uma vontade política de fraternidade, traduzida numa educação para a fraternidade, o diálogo, a descoberta da reciprocidade e enriquecimento mútuo como valores? Sucede que a liberdade se atenua, predominando assim uma condição de solidão, de pura autonomia para pertencer a alguém ou a alguma coisa, ou apenas para possuir e desfrutar. Isso não esgota de maneira alguma a riqueza da liberdade, que se orienta sobretudo para o amor.” (F.T. 103)

TESTEMUNHO DE SÃO MAXIMILIANO KOLBE:
“Terminada a seleção, foram escolhidos os dez presos. Para eles, foi a última chamada. Pensávamos que o pesadelo de ficar parado havia acabado: a cabeça explodia, as pernas estavam inchadas, estávamos com fome. De repente, um movimento foi visto na minha fila, alguém começou a caminhar entre os prisioneiros. Era o Padre Maximiliano. Caminhava com passos pequenos, precisava segurar os tamancos de madeira com a ponta dos pés para não cair. Se dirigiu para as SS que estavam perto da primeira fila dos prisioneiros. Todos trememos, porque isso violava uma das proibições mais rígidas e brutais do campo. Sair da fila significava morrer. Tínhamos certeza de que São Maximiliano seria morto antes que pudesse prosseguir. Mas algo extraordinário acontece... algo que nunca aconteceu na história dos 700 campos de concentração que um prisioneiro saísse da fila sem ser punido.

- ‘O que este porco polonês quer?’.
- ‘Eu quero morrer no lugar dele", indicando com a mão direita para Gajowniczek que estava perto’. 
- ‘Quem és?’. 
- ‘Sou um sacerdote católico polonés’. 
- 'Por que queres morrer no lugar dele?’. 
- ‘Tem mulher e filhos’. 

Todos temíamos o que aconteceria. O comandante estava convencido de que era o senhor da vida e da morte. Depois de alguns segundos, aceitou o pedido do Padre Maximiliano. Significava que o bem havia triunfado sobre o mal”. (Miguel Micherdzinski) 

Oração dos fiéis:
A cada intenção respondemos: “Senhor, que saibamos viver no teu amor”.

- Para que quem se inspira em São Maximiliano "semeia" por toda parte o "amor criativo" que ele doou. Rezemos.
- Para que, animados pelo exemplo de São Maximiliano, reine em cada coração o desejo de dar tudo por Cristo.  Rezemos.
- Para que o amor dos crentes supere toda divisão e discórdia. Rezemos.

Pai Nosso. Ave María. Glória.

AO PADROEIRO DO NOSSO DIFÍCIL SÉCULO: final da oração do primeiro dia.

Canto a Maria:


Nono dia (13 de agosto): Dar testemunho de Cristo

Convite a oração: início da novena.

PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO:
“«Sereis minhas testemunhas» – A chamada de todos os cristãos a testemunhar Cristo.

É o ponto central, o coração do ensinamento de Jesus aos discípulos em ordem à sua missão no mundo. Todos os discípulos serão testemunhas de Jesus, graças ao Espírito Santo que vão receber: será a graça a constituí-los como tais, por todo o lado aonde forem, onde quer que estejam. Tal como Cristo é o primeiro enviado, ou seja, missionário do Pai (cf. Jo 20, 21) e, enquanto tal, a sua «Testemunha fiel» (Ap 1, 5), assim também todo o cristão é chamado a ser missionário e testemunha de Cristo. E a Igreja, comunidade dos discípulos de Cristo, não tem outra missão senão a de evangelizar o mundo, dando testemunho de Cristo. A identidade da Igreja é evangelizar.

(...) é pedido aos discípulos para construírem a sua vida pessoal em chave de missão: são enviados por Jesus ao mundo não só para fazer a missão, mas também e sobretudo para viver a missão que lhes foi confiada; não só para dar testemunho, mas também e sobretudo para ser testemunhas de Cristo.”
  (MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA FRANCISCO
PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES DE 2022)

TESTEMUNHO DE SÃO MAXIMILIANO KOLBE:
“Os alemães permitiram que Francisco Gajowniczek voltasse à fila e o Padre Maximiliano ocupou seu lugar. Os condenados tiraram os sapatos, não eram necessários. As portas do bunker da fome só seriam abertas para remover os cadáveres. Maximiliano era o último do grupo e ajudava o outro preso a andar. Diante do bloco, eles foram obrigados a tirar todas as roupas e foram levados para a cela. Piso frio, áspero e úmido, paredes escuras, a luz do sol mal penetrava. ‘Vão secar como tulipas!’, o carcereiro rosnou, batendo a porta. (Miguel Micherdzinski)

Foi assim que o Padre Kolbe entrou em um poço escuro como um fragmento de luz”.

Oração dos fiéis:
A cada intenção respondemos: “Senhor, que saibamos viver a essência da missão”.

- Pela Igreja universal para que sempre e em toda parte testemunhe Cristo. Rezemos.
- Por todos aqueles que sofrem na alma e no corpo. Rezemos.
- Por todo o Instituto das Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe que se prepara para a sua próxima Assembleia Geral. Rezemos.

Pai Nosso. Ave María. Glória.

AO PADROEIRO DO NOSSO DIFÍCIL SÉCULO: final da oração do primeiro dia.

Canto a Maria:


Fonte: Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe

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