VII JMP: Olhe para mim

“Não desvies o rosto de nenhum pobre” (Tb 4,7)

Nos dias de hoje, podemos dizer que dentro daquela pessoa que vemos com dificuldade tem um coração que precisa de amor, atenção e acolhimento.

E como nós conseguimos prestar atenção naquele que precisa de nós? Olhando para as pessoas com calma, percebendo no olhar do outro, aquilo que ele precisa. 

Precisamos estar atentos aos nossos irmãos que sofrem, os que estão nas ruas, nas zonas de guerra, os que estão em um trabalho escravo, estão presos injustamente ou em uma situação difícil onde não consegue sair.

Nesse Dia Mundial dos Pobres, além de pensar em estar perto, devemos pensar nas nossas ações concretas diante do nosso irmão que precisa. O que Cristo faria se estivesse aqui olhando uma situação difícil? Qual seria a reação de Maria diante de uma criança na rua passando fome? São tantas ações concretas de amor que podemos reproduzir nas nossas vidas ajudando aquele que está em uma situação difícil.

Lembro-me do nosso Grupo Sopão, onde fazíamos a comida e levávamos para os moradores de rua, sabíamos que nunca se tratava da comida, mas daquilo que estava no nosso coração, o que nós levaríamos para aquele que estava no nosso caminho. Nas nossas orações, tínhamos Nossa Senhora e Jesus na frente, nos guiando, e quase sempre, nossas noites eram memoráveis, inesquecíveis, pois estávamos dando o nosso tempo, a nossa atenção para aquele que precisava, aquele homem deitado na calçada, aquelas crianças brincando na rua, aquele senhor com o cachorro, com frio, fome, geralmente invisíveis as pessoas ao seu redor, e nós conseguíamos olhar além, pois sabíamos que lá estava alguém que precisava do nosso amor e do nosso acolhimento, para se sentir melhor, para saber que Deus estava com eles, cuidando deles e que eles não estavam esquecidos. Eram nossos irmãos e estávamos juntos.  Com isso, nossa vida mudava e melhorava, pois lá, aprendemos o sentido da vida, e isso era tudo que importava.

Nossa frase era: “Quer ser maior, seja menor e sirva” (Mc 10, 43-45).

Guardamos nossos problemas no bolso e com isso, presenciamos pessoas lindas, com histórias incríveis, só estavam perdidas, sem sentido de vida, e essa era nossa grande missão. Trazer Cristo pra eles, para eles lembrarem que não estavam sozinhos, e que a vida valia pena. Pois se um ajudar o outro e ficarmos juntos podemos passar pela pobreza, pela dor e pelas angústias da vida.

Como nos sentimos muitas vezes, completos, felizes e cheios de Cristo em muitas noites, na verdade todas as todas as noites, pois sempre tínhamos um aprendizado.

Por isso, nesse Dia Mundial dos Pobres, podemos refletir o quanto estar aberto àqueles que precisam, se doar, prestar atenção, naquilo que realmente importa, nossas ações pode arrastar multidões e mudar vidas, pode nos transformar e nos fazer cheios do Espírito Santo, mudando a nossa vida, nos trazendo um novo olhar diante daqueles que precisam e que podemos sempre ajudar de alguma maneira.

Alyne Lopreto de Sá
Voluntária da Imaculada-Padre Kolbe

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