Maria: Mãe de Deus, da Igreja e de todos nós

Ela intercede e está junto de nós para nos ajudar na caminhada e no conhecimento do seu Filho: “fazei tudo o que ele vos disser”.

Maria, Mãe de Deus.

O primeiro dos quatro dogmas marianos é o da Maternidade Divina de Maria.
O dogma que declara verdade de fé, que Maria é Mãe de Deus, foi proclamado pelo Concílio de Éfeso, no ano 431. A partir desse concílio, a Maternidade Divina de Maria é doutrina constante e unânime na Igreja.
O Concílio Vaticano II repete, na Constituição Lumen Gentium: “A Virgem Maria, que na Anunciação do anjo, recebeu o Verbo de Deus no coração e no corpo e trouxe ao mundo a Vida, é reconhecida e honrada como verdadeira Mãe de Deus e do Redentor” (n. 53).

Acrescenta ainda a Lumen Gentium: “Unida a Cristo por um vínculo estreito e indissolúvel, é dotada da missão sublime e da dignidade de ser Mãe do Filho de Deus, e, por isso, filha predileta do Pai e sacrário do Espírito Santo. Por este dom de graça exímia supera em muito todas as outras criaturas, celestes e terrestres” (n. 53).

Como falamos, o dogma foi proclamado no ano 431, mas já no século III, como se deduz de um antigo testemunho escrito, os cristãos do Egito dirigiam-se a Maria com esta oração: Sob a vossa proteção procuramos refúgio, Santa Mãe de Deus! Não desprezeis as súplicas de nós, que estamos na prova, e livrai-nos de todo perigo, ó Virgem gloriosa e bendita”.
Está é a oração mais antiga dedicada a Nossa Senhora, da qual se tem conhecimento, e ao mesmo tempo, aquilo que mais chama atenção é o fato dela ser chamada “Mãe de Deus”.

A Solenidade da Mãe de Deus é celebrada no dia 1 de janeiro.

Maria, Mãe da Igreja.

Maria é parte essencial da Igreja, e isso implica dizer que a Igreja está dentro de Maria e Maria está dentro da Igreja.
Essa verdade está explícita pelas palavras do Papa João Paulo II, na Encíclica  Redemptoris Mater, onde ele diz: “Existe uma correspondência singular entre o momento da Encarnação do Verbo e o momento do nascimento da Igreja. E a pessoa que une esses dois momentos é Maria: Maria em Nazaré e Maria no Cenáculo de Jerusalém” (Redemptoris Mater, n. 24).
Maria, Mãe da Igreja, porque se Cristo é a cabeça da Igreja, (Ef 1,22) nós seus membros, (1Cor 12:27). Se Maria é Mãe de Jesus cabeça, não poderá deixar de ser também mãe dos seus membros. Maria é mãe de todos os homens pela graça de Cristo Redentor.

Maria, mãe de todos nós.

E esta reflexão não poderia acabar, sem apresentar Maria como Mãe de cada um de nós, certo que ao ser proclamada Mãe da Igreja, ela é mãe de cada um de nós, que em virtude do batismo, somos igreja.
A maternidade de Maria se faz concreta aos pés da cruz, quando Jesus a entrega na pessoa do discípulo amado, a cada um de nós, nos oferece a Ela e nos oferece ela a nós; disse o evangelho que o discípulo a levou para casa, entre suas coisas, a fez moradora perfeita no seu lar.

E eu? E nós temos a capacidade de levá-la na nossa casa? Na casa física, certamente, e na casa que é o nosso coração, fazê-la partícipe da nossa vida, permitir que ela nos aponte o Senhor e nos ensine o jeito melhor de “fazer o que ele disser”. Ela é modelo de maternidade para cada um de nós, para homens e mulheres.

As atitudes da maternidade, quais são?
Acolhida, entrega, generosidade, abertura de mente e coração, alegria, serenidade, paciência... e quem é mãe ou pai, sabe que estas atitudes são muito importantes quando se tem que criar um filho.

Maria nos ensina que a acolhida é parte da nossa vida, não é somente para quem vai ser mãe ou pai, todos nós somos chamados a acolher o outro assim como é, com tudo aquilo que traz, e aqui também podemos colocar o ensinamento, podemos ajudar o outro com dicas para viver melhor, mas não posso pretender que faça do meu jeito.

Generosidade, saber dar o tempo para a outra pessoa, generoso/a em se doar, sem horas para esperar. E aqui podemos emendar com a paciência e muita! Que é necessária para viver a maternidade, paciência para esperar os tempos da pessoa, que não são os meus.

Abertura de mente e coração? Maria teve e muito. Pois ela tinha o seu projeto, mas Deus mudou isso, e com sua abertura de mente e coração, ela disse sim, ao novo projeto na sua vida, quanto é difícil muitas vezes para nós, abrir a mente e coração às novas propostas, não só de Deus, também do nosso diretor, da própria família,
E quando conseguimos viver tudo isso, na serenidade, na paz, é quando os milagres acontecem, assim nos ensina também o nosso fundador, Padre Faccenda, viver, testemunhar Maria com nossa vida.

Mensagem final

Agradecemos a Deus pelo dom da Maternidade de Maria, ele a escolheu, a preparou para ser a Mãe, e agradecer a Ela pelo sim generoso que a tornou Mãe de todos, além de Mãe de Deus.
Que tenhamos a capacidade de acolhê-la na nossa vida, a coragem de acolhê-la na nossa casa e permitir que nos ajude e indique a estrada para alcançar a santidade.

Alejandra Camila Moreno
Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

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