De Fátima para o mundo
Neste dia de festa queremos partilhar uma mensagem do nosso Padre fundador:

“Ouvi, e talvez tenha
compreendido, a linguagem de Fátima”.
Uma linguagem rica em
mistério mesmo em sua profunda simplicidade, que meditei enquanto, respirando a
paz daquelas terras remotas e hospitaleiras, eu entrava na casa dos três pastorzinhos,
visitava a igreja onde se tornaram cristãos, observava os lugares das aparições
do Anjo e orava prostrado no imenso recinto, gasto pelos pés descalços de
milhões de peregrinos e consagrado pela presença da Rainha do Céu.
Maria conversou com os
três pastorzinhos. Todavia, eu me perguntava: quem eram estes para que
recebessem um tão grande privilégio? Bastaria ter encontrado algumas crianças
daquelas regiões montanhosas para se fazer uma ideia de quanto eram pobres,
ignorantes e sem a bagagem de cultura que se adquire somente em contato com a civilização,
com o progresso e com a instrução.
Entretanto, mistério
de uma psicologia divina, foi a eles que Maria entregou uma mensagem que contém
profundas e fundamentais verdades de fé: o pecado, o inferno, a Santíssima
Trindade, a consagração ao Coração Imaculado de Maria; e, ao mesmo tempo,
agudos problemas da Igreja e da sociedade: a conversão da Rússia, a paz do
mundo.
Mensagem que, atravessando as fronteiras da península ibérica, no intervalo de poucos anos se difundiu e se afirmou em todos os continentes, em todas as nações, inclusive nas mais remotas cidades e
À luz desses pensamentos, acho que compreendo o misterioso e providencial encontro entre a mensagem de Fátima e a resposta imediata, fiel, constante do apóstolo mariano que foi o Padre Maximiliano Kolbe.
Ele não se entregou todo à mãe celeste, desde a sua juventude, desejando apenas viver, trabalhar, sofrer e morrer por Ela? Não consagrou ao Coração de Maria a
Sim, eu o via assim, na vanguarda, preparando os seus planos apostólicos; vejo-o parando – em suas viagens da Polônia ao Japão – no próprio coração de Moscou, contemplando a fortaleza comunista e dizendo com a firmeza do profeta: “Não acreditamos estar longe, nem ser um puro sonho a chegada do grandioso dia em que a estátua da Imaculada pontificará, pela ação de seus Mílites, no próprio coração de Moscou”.
Eu o via traduzindo e
imprimindo em língua russa o estatuto e as pautas da Milícia da Imaculada;
via-o editando o seu jornal “O Cavaleiro da Imaculada” na Letônia e na
Lituânia; via-o pronto para começar um Seminário nos Paises Bálticos, para que
acolhesse muitas vocações e as preparasse ao apostolado na Rússia, conforme o
espírito e os ideais da Milícia.
Enfim, eu o ouvia
repetir, incansável, ao infinito, como um testamento: “Propaguem a Milícia até
as últimas fronteiras da terra, porque a causa é santa, é vontade da divina
mãe”.
O que é que eu podia
fazer, imerso na onda de tanta luz divina? Agradeci à Imaculada por nos ter
concedido em Maximiliano
Kolbe um apóstolo apaixonado, que soube responder à mensagem
de Fátima. Eu lhe agradeci por ter-nos chamado a seguir suas pegadas através da
sua Milícia da Imaculada
e a través do Instituto “Missionárias e Missionários
da Imaculada – Padre Kolbe”.
E pedi àquele coração materno que nos transformasse em “coisa e propriedade” sua, em tudo, sem limites, para sermos em suas mãos “instrumentos” na conquista de muitos irmãos.
Padre Luigi Faccenda
Fundador do Instituto
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