Igreja aprova Diretório de Comunicação no Brasil
Após mais de 13 anos de pesquisas,
análises e práticas de comunicação vivenciadas nas dioceses, paróquias e
comunidades, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB) aprovou na quinta-feira, 13, o Diretório de Comunicação
para a Igreja no Brasil. O documento tem como principal objetivo
motivar a Igreja para a reflexão sobre os aspectos da comunicação e sua
importância na vida da comunidade eclesial.
Antes da aprovação final, o texto do Diretório foi publicado em forma de Estudo da CNBB (nº 101), “A comunicação na vida e missão da Igreja no Brasil”. A nova redação possui caraterísticas próprias da realidade da comunicação pastoral da Igreja no Brasil.
O Diretório é composto por dez capítulos, divididos em artigos que buscam apresentar diferentes aspectos do fenômeno comunicativo, são eles: 1- Comunicação e Igreja em um mundo em mudanças; 2- Teologia da Comunicação; 3- Comunicação e vivência da fé; 4- Ética e comunicação; 5- O protagonismo dos leigos na comunicação evangelizadora; 6- Igreja e mídia; 7- Igreja e mídias digitais; 8- Políticas de Comunicação; 9- Educar para a comunicação; 10- Comunicação na Igreja: atuação da Pascom. O Diretório traz ainda um glossário de comunicação que contempla termos próprios da área, relacionados à vida eclesial e da Igreja.
O Diretório será apresentado no 4º
Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação e 2º Seminário Nacional de
Jovens Comunicadores, que serão realizados de 24 a 27 de julho, em
Aparecida (SP).
Em coletiva de imprensa, o arcebispo de
Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis,
falou sobre a aprovação do Diretório de Comunicação. Segundo o cardeal, o
documento “quer contribuir para fomentar a implementação” da Cultura da
Comunicação na Igreja do Brasil.
“O Diretório de Comunicação sempre foi
um desejo da Conferência e sua produção é fruto dos trabalhos da
Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação”, destacou dom Damasceno.
O Diretório contou a colaboração efetiva
de pesquisadores, profissionais, agentes da Pastoral da Comunicação. O
arcebispo de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal
Pastoral para a Comunicação da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, ressalta
que o Diretório é resultado da abertura da Igreja no Brasil para a
comunicação.
Dom Dimas recorda que a proposta da
elaboração de um Diretório para a Igreja no Brasil nasceu durante a
gestão do cardeal Orani João Tempesta, arcebispo de Rio de Janeiro, que
esteve como presidente da então Comissão para a Educação, Cultura e
Comunicação da CNBB.
Etapas
Antes da aprovação final, o texto do Diretório foi publicado em forma de Estudo da CNBB (nº 101), “A comunicação na vida e missão da Igreja no Brasil”. A nova redação possui caraterísticas próprias da realidade da comunicação pastoral da Igreja no Brasil.
O Diretório foi apresentado aos bispos
na 51ª Assembleia Geral, ocorrida em 2013, e recebeu emendas e
sugestões. A decisão final para aprovação ficou sob a responsabilidade
do Conselho Permanente da CNBB.
“Agora a Igreja tem um documento oficial
produzido a partir das sugestões da Assembleia dos Bispos de 2013 e,
posteriormente, com as correções indicadas pelo Conselho Permanente que
aprovou o texto final”, explica dom Dimas.
Conteúdo
O Diretório é composto por dez capítulos, divididos em artigos que buscam apresentar diferentes aspectos do fenômeno comunicativo, são eles: 1- Comunicação e Igreja em um mundo em mudanças; 2- Teologia da Comunicação; 3- Comunicação e vivência da fé; 4- Ética e comunicação; 5- O protagonismo dos leigos na comunicação evangelizadora; 6- Igreja e mídia; 7- Igreja e mídias digitais; 8- Políticas de Comunicação; 9- Educar para a comunicação; 10- Comunicação na Igreja: atuação da Pascom. O Diretório traz ainda um glossário de comunicação que contempla termos próprios da área, relacionados à vida eclesial e da Igreja.
Dom Dimas destaca que a linguagem
utilizada no Diretório quer atingir a diferentes realidades pastorais,
com uma proposta de estudo e reflexão. “O texto busca refletir um pouco
sobre a comunicação da Igreja no Brasil, ao mesmo tempo indicando um
futuro promissor nesta área”, disse.
Na avaliação de dom Dimas, o Diretório
já vem produzindo frutos nas dioceses e regionais da CNBB. “Durante os
encontros diocesanos de comunicação, os agentes elaboram um Plano de
Pastoral para sua realidade, conforme as orientações e motivações do
Diretório”, comenta. Ainda de acordo com o bispo, o crescimento do
Mutirões de Comunicação, a organização da Pastoral da Comunicação e o
Encontro Nacional são resultados do trabalho da comunicação na Igreja.
Resultados
Os assessores da Comissão, Ir. Élide
Fogolari e padre Clóvis de Melo Andrade, que coordenam também a Rede de
Informática na Igreja do Brasil (RIIBRA), têm ministrado cursos por todo
o país, com a proposta de animar a Pastoral da Comunicação e a RIIBRA à
luz do Diretório.
“Cabe às dioceses e paróquias, assim
como às diferentes pastorais, movimentos e mídias católicas, estudar o
Diretório, confrontando suas proposições com a realidade local e definir
seus planejamentos e ações”, destaca Ir. Élide Fogolari.
Padre Clóvis revela que entre as
novidades do Diretório estão as diferentes reflexões sobre os aspectos
da comunicação, que incluem as mídias digitais. Ao final de cada
capítulo são propostas pistas de ações com sugestões de atividades para
formação, articulação, produção e espiritualidade da Pastoral da
Comunicação. “A presença da Igreja no ambiente digital é incentivada por
ser um lugar de testemunho e anúncio do Evangelho”, comenta padre
Clóvis.
Fonte: SECOM
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